sexta-feira, 25 de janeiro de 2008

CAVALAGEM E BANCOS DE JARDIM

A Quinta da Fonte, de manhã...



cavalagem
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bancos de jardim

Junto à Qt. da Fonte existe uma grande rotunda, ovalóide, completamente relvada, com algumas árvores aqui e ali, uns belos chorões debruçados sobre o solo e uns bancos de jardim, hirtos, pedra sobre pedra, esteticamente muito bonitos, mas só isso...porque raras são as pessoas que se atrevem a sentar-se a ver passar os carros.

11 comentários:

  1. A segunda imagem não aumenta mas parece-me que os bancos não têm encosto, como diz a Clotilde. Tb julgo que os novos bancos do jardim do Palácio Anjos são num modelo sem encosto. Realmente não dá conforto nenhum, se bem que, nos modelos tradicionais a 'brigada do não faz nada' aqui da minha vila senta-se no encosto e põe os pés no assento.

    É o país (im)possível!

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  2. Isabel,

    Realmente há ALGUNS jovens que fazem férias a ""trabalhar"" nuns programas da C M O que muitas vezes descansam sentados nos encostos. Já chamei a atenção da C M O para o caso. A culpa não é só dos jovens MAS É PRINCIPALMENTE DE QUEM os não enquadra nas tarefas que estão a fazer. Há, para mim, um falta de responsabilidade e de autoridade a muitos níveis.

    Clotilde

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  3. Bom dia, Clotilde;

    Esta 'brigada' a que me refiro não está inserida em qq programa, são parte da triste realidade de todos os locais do país e do mundo e se houvesse efectivos policiais em número razoável seriam mandados descer o traseiro para o assento e colocar os sapatos no chão. Assim, os idosos do meu bairro são obrigados a procurar outros bancos para o sol da tarde e quem mora próximo aguarda que os ditos mudem de paragem para poder dormir. Por vezes muito muito tarde. Por causa do barulho que fazem.

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  4. .

    Esta 'redunda' parece mas é um belo sítio para plantar umas couves... :)

    Ainda não percebi a vantagem dum banco com costas.
    Sem costas permite que uma pessoa se sente em qualquer um dos lados, dando-lhe a possibilidade de escolha.
    Com costas, condiciona a direcção para onde a pessoa fica virada.

    Além disso, uma boa postura no sentar não exige apoio para as costas — nádegas bem assentes, pernas dobradas em ângulo recto, pés assentes horizontalmente no chão, costas verticais, bem direitas, ombros relaxados, braços descontraídos e mãos, p.ex., sobre as pernas, chega para estar confortável.

    Acho que há é muita gente com má postura no sentar, para quem até a poltrona mais XPTO do mundo é desconfortável.

    Os bancos com costas têm um inconveniente. Inconscientemente a pessoa chega-se para trás para encostar as costas tendendo muitas vezes a adoptar uma postura do tronco inclinada para a frente, para trás ou em curva, não vertical, lesiva para as vértebras com más consequências a médio e longo prazo.

    A existir encosto, na melhor hipótese, este deve ser apenas lombar — ao nível dos rins — e não passar daí para cima.

    Gosto muito dos velhos bancos de jardim da minha infância.
    Aqueles curvos de ripas de madeira.
    Mas são os piores para a coluna vertebral pela curvatura a que obrigam esta, para que uma pessoa se sinta minimamente 'amparada'.
    Têm também o problema de tornarem mais difícil o acto de levantar, em especial para idosos e deficientes motores - tenho experiência.
    Obrigam a que se chegue primeiro o rabo para a borda do banco, que está mais elevada que a curva de assento, para se conseguir puxar os pés para uma posição inferior o mais perto possível do centro de gravidade.
    Depois exige-se que se usem os braços para empurrar e içar o corpo para a posição vertical.
    Ao contrário dum banco de tampo direito.
    Façam uma experiência. Tentem levantar-se sem usar as mãos, só com os pés e as pernas, em ambos os modelos e depois digam coisas.

    .

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  5. Tem razão a Isabel. A segunda imagem não abre porque é parte da primeira (não sei porquê mas não admite o zoom).
    Tem razão o José António. Os bancos antigos que refere são muito bonitos mas pouco ergonómicos. Mas outros havia que cumpriam a função. Creio que também tem razão relativamente à má postura sentada de muitos de nós. Contudo, o apoio lombar, parece-me fundamental para a pessoas repousarem, julgo eu.
    Já agora. Hoje voltei à tal rotunda da imagem. Se repararem ao fazerem zoom da primeira foto verão que em cada dois bancos um tem um apoio de costas. Fica aqui o reparo.
    Quanto às brigadas de jovens. parece-me, como diz a Clotilde, que o problema é de quem os monitoriza.
    Porém era minha humilde intenção levantar outro problema que a imagem sugere. A cavalagem refere-se aos carros. Se a foto tivesse sido feita duas horas mais tarde veriam centenas de carros a ocupar bermas de estrada e passeios. Mas se fizerem zoom verão o suficiente.

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  6. Não tenho palavras! Estou deslumbrada com este tratado sobre bancos. Realmente, quem tem o dom da escrita, até dum calhau faz um romance. :)

    Quanto à 'cavalagem', é a eterna falta de estacionamento no concelho. Ou é esquecido esse detalhe aquando da urbanização, ou então o pouco estacionamento existente passa a ser pago. E se nos bairros mais antigos há a 'desculpa' de que passou a haver 3 e 4 viaturas por habitação, neste local isso nem 'cola' porque é de urbanização recente.

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  7. Ora ai está um bom exemplo do que não se deve fazer em termos de bancos de jardim: O jardim em causa mais não serve do que alindar um espaço público e servir de lavagem às vistas dos automobilistas. Assumindo-se que esse é o fim daquele jardim para quê pôr lá bancos?, ainda para mais bancos de arquitecto e que mais não servem do que atentar ao bolso do contribuinte.

    António Manuel Bento, um cidadão ao serviço da comunidade

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  8. Ergonomias à parte, também nunca percebi para quem são os bancos colocados nessa rotunda?
    Quanto ao estacionamento: Bom... sem comentários! Quantas empresas ali "nasceram" ao lado das existentes? Quantos lugares de estacionamento criaram?

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  9. Um artigo com discussão interessante mas, e se me permitem uma pergunta de leigo, não são as autarquias que devem estar atentas e decidir o estacionamento em função da área construída?

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  10. Sabia o "anónimo 02:48, que Oeiras é o Concelho da área metropolitana com maior índice de "motorização". Mas tem razão. O problema começa no "planeamento" que infelizmento, na minha opinião, é condicionado pela política do loteamento. Ou seja, passo o exagero, é feito a retalho. Para isso são importantes planos mais alargados e participados, por exemplo, os "planos de pormenor".

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  11. .

    Cara Isabel,

    Obrigado pelo elogio. :)
    Na verdade sobre Design de Equipamento, os meus conhecimentos são, lamentavelmente, reduzidos. Sou Gráfico.
    Mas bastou ir recordando alguns dos conceitos que apreendi nas muitas leituras sobre o tema que fui fazendo ao longo da minha vida profissional, e discorrer um pouco. Sobre o assunto 'bancos' muito haveria a dizer.

    Como o Fernando Lopes frisou a intenção do post era outra.
    Bastante grave e importante.
    Dou razão, na generalidade, ao que foi aqui dito.

    bjs

    .

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