
informação
17Ago2009
Segunda
17Ago2009
Segunda
Escândalos da democracia: José Sócrates acabou o curso num domingo
O dossier da licenciatura do primeiro-ministro na Universidade Independente tem falhas
O processo da licenciatura do primeiro-ministro, José Sócrates, na Universidade Independente (UnI) começa a levantar dúvidas em 2005: há documentos por assinar e carimbar, datas confusas, contradições nas notas, professores repetidos. As falhas são pela primeira vez mencionadas no blogue "Do Portugal Profundo" e só passados dois anos emergem nas primeiras páginas dos jornais. Foi o primeiro grande escândalo da democracia lusa a nascer na Internet.
No início de 2007, o reitor da Universidade Independente, Luís Arouca, afasta o vice-reitor, Rui Verde, acusando-o de corrupção e falsificação de documentos. A instituição começa a ser investigada. Por essa altura, os rumores sobre a licenciatura do ex-ministro do Ambiente na blogosfera já são demasiado fortes. António Balbino Caldeira, autor do blogue "Do Portugal Profundo", escreve: "Em Março, um jornalista do Público tem acesso às dezassete folhas do processo na Independente e, no dia 22, publica a investigação. O primeiro-ministro terminou o bacharelato no Instituto Superior de Engenharia Civil de Coimbra em 1979. Quinze anos mais tarde, já deputado, inscreve-se no curso do ISEL (Instituto Superior de Engenharia de Lisboa), onde termina dez cadeiras semestrais e deixa 12 por fazer. Em 1995, o reitor da Independente aceita a sua inscrição - sem receber o certificado de habilitações do ISEL (chega depois). Na UnI, conclui cinco disciplinas - entre as quais, o célebre Inglês Técnico -, três leccionadas pelo mesmo professor. As classificações de quatro cadeiras são lançadas num domingo de Agosto."
Os jornais agarram a história e começam a surgir referências a pressões. Ouvidos pela Entidade Reguladora para a Comunicação Social (ERC), os responsáveis pelo PÚBLICO, SIC e Rádio Renascença (RR) falam mesmo em ameaças. "Não foi uma ameaça formal, mas houve uma alusão ao tribunal", afirmou o director de informação da RR sobre um telefonema do gabinete do executivo.
Duas semanas depois, Sócrates cede e dá uma entrevista à RTP. Defende-se argumentando que "um aluno não é responsável pelo funcionamento" da sua universidade e que integrava uma turma "especial, de alunos oriundos de outras instituições". Semanas antes, o Público confrontara o seu gabinete com o facto de a Ordem dos Engenheiros não lhe reconhecer o título profissional de "engenheiro civil". Nos dias seguintes, o currículo oficial do primeiro-ministro no portal do Governo é modificado e passa a identificar Sócrates como "licenciado em Engenharia Civil". Em relação a este assunto, o chefe de Governo diz à RTP que não será "nem o primeiro nem o último engenheiro técnico a ser designado de engenheiro, o que - toda a gente sabe - é uma designação social e de cortesia."
No dia 3 de Novembro, o jornal "Expresso" garante que Sócrates se candidatara a uma pós-graduação no ISCTE utilizando um currículo onde incluía a prática de funções de engenharia civil na Câmara da Covilhã entre 1981 e 1987. É nesta altura que os portugueses descobrem as casas forradas a azulejos com projectos de engenharia assinados pelo seu primeiro-ministro.
A Procuradoria-Geral da República abre um inquérito sobre a polémica, mas arquiva-o dias depois. "Da análise conjugada de todos os elementos de prova carreados para os autos resultou não se ter verificado a prática de crime de falsificação de documento autêntico", concluiu. Sobre o processo que Sócrates move contra o autor do blogue "Do Portugal Profundo", as procuradoras consideraram que os escritos de António Balbino se inscrevem "no exercício do direito de crítica".
Considero, esta, uma Notícia encomendada para contrabalançar, políticamente, o caso BPP e BPN.
ResponderEliminarEstamos na "Silly Season" e o pasquim "I" tem de vender papel para dar de comer a algumas bocas!
Faz-me alguma comichão, em certos locais, que este blog tenha de dar cobertura a esta notícia...
Um abraço do
ZORRO
Bem metida essa!
ResponderEliminarMáscara de Ferro
Quando as notícias não protegem o senhor Presidente do Concelho são 'encomendadas' e dadas por 'pasquins' que 'têm de vender papel'.
ResponderEliminarSem dúvida bastante 'democrático e imparcial'. Da sua parte, claro!.
NOTA:
ResponderEliminarO ZORRO
não defende nem nunca defendeu o actual Senhor Presidente do Concelho.
(...Não sei porquê mas cheira-me a... Salazarismo!!!)
Obrigado pela atenção e pelo posterior ... coment!
Estamos quites!
O ZORRO "roubava/tirava" aos RICOS para dar aos POBRES (caso estejam esquecidos das ... Histórias da NOSSA TERRA)
Assin: ZORRO
Existem por aí muitos, mas muitos "Professores Doutores, com curriculos académicos e profissionais, muitos passaram por diversos patamares da governação ou da política que não fizeram, por não saber ou não querer, o que José Socrates tem vindo a fazer.Podem vir com a licenciatura, com o Freeport, com a lama toda que pretendem atirar contra o Primeiro Ministro, que jamais apagarão a obra, as alterações, as mudanças de mentalidades que este operou durante estes ano de Governo.
ResponderEliminarA dor de Corno de muitos, pela sua inépcia, incapacidade e falta de rigor na governação originam estas notícias encomendadas em momentos próprios.
Olá 'Zorro';
ResponderEliminarNoto por aí umas 'ligeiras confusões'. O 'Zorro' é o 'defensor dos fracos e oprimidos'. O que 'roubava aos ricos para dar aos pobres' era o 'Robin Hood'. Geograficamente também fez um 'pequeno' desvio; o Zorro, personagem de ficção, era oriundo da California no tempo em que a região era colónia espanhola. A menos que quando diz 'Histórias da nossa terra' se refira a histórias do Planeta Terra. ;)
Zorro, Robin Hood.. eu voto no Zé do Telhado?
ResponderEliminarGIGI
A Isabel de Magalhães, ilustre e letrada artista, sabe bem que o Presidente de Conselho, com "S" já não existe e bem.
ResponderEliminarTer-se -a esquecido de substituir o "s" por um "c".
Não estava a referir-se a Isaltino, pois esse é Presidente da Camara que corresponde à area geográfica e administrativa do Con"c"elho de Oeiras
PAra mim, qualquer troca tintas serve. É tudo a mesma coisa.Agora comichões informáticas era o que faltava.AiÔ Mascarilha
ResponderEliminarClotilde;
ResponderEliminarIsto só lá ía com umas 'Padeiras de Aljubarrota' para correrem com uns quantos à pazada.
'Caríssimo' anónimo (mas pouco) das 16:31
ResponderEliminarSem ironia, é bom saber que há leitores atentos ao que se escreve e como se escreve no blog.
Faço 'mea culpa' ao 'Concelho' que notou - e muito bem - dever ser grafado com 's'.
Para retribuir o seu reparo segue a lista dos erros que deu no comentário que me dirigiu.
Ter-se -a
Camara
area
Continue connosco.
Tudo bem (ou mal) mas só uma correcçãozinha: os azulejos nas moradias são da lavra do arquitecto que as projectou, o nosso engenheiro técnico só deve ter feito o projecto de estabilidade, águas e esgotos, acústica e/ou térmica...
ResponderEliminarNão dêem porrada no homem mais do que merece.