quinta-feira, 3 de setembro de 2009

Um acto de censura


PP e PCP dizem que fim do jornal de Moura Guedes é fruto de pressão do PS

O líder do CDS-PP considerou, hoje, evidente que o cancelamento do Jornal nacional da TVI, apresentado por Manuela Moura Guedes, foi "ordem socialista" que classificou como um "acto de censura" que afecta a liberdade de expressão. O PCP também relacionou os factos com o "conhecido e notório incómodo" do Governo e primeiro-ministro "face aos conteúdos e critérios" deste programa. »»»

TVI 03-09-2009 19:09

10 comentários:

  1. Acabei de ver na RTP1 o Sr. Carvalho Pinto de Sousa, JOSÉ SÓCRATES, a dizer que ele, o PS e o Governo não têm nada a ver com a eliminação de Manuela Moura Guedes e do Jornal de 6.ª. Acreditei tanto, como acreditei na entrevista que deu a Judite de Sousa onde admitiu ter tratado mal ou menos bem os professores, blá, blá, blá...
    É claro que quem não tem nada a ver com a expulsão de Manuela Moura Guedes sou, que não estou no Poder...

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  2. Bom nem sempre posso concordar com tudo, mas só uma pessoa perde com isto e é o actual Primeiro-ministro.

    Logo como é obvio ele não teve nada a ver com isto!

    Até digo mais se tivesse sofrido o que o homem sofreu já tinha mandado tudo à mer*a...

    Portugal está de dia para dia sem Rei nem Roque.

    Mais grave é:

    Não existe alternativas. Mais do Mesmo!

    A única coisa que sei é que todos os governos exigem sacrifícios aos Portugueses.

    Mas os Funcionários Públicos são os mesmos, os Professores os mesmos, os sindicados os mesmos e os políticos os mesmos! A única coisa que muda são as chefias e como o novo nunca gosta do que o anterior fez, muda tudo.


    Portugal tem desde há muito tempo um problema estrutural e cultural, enquanto não for resolvido seremos sempre o mesmo!

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  3. Makaveli, nós adoramos boas histórias da conspiração. E há para os dois lados, neste caso. Ainda não sei qual gosto mais ;)

    Mas, se foi Sócrates - o que não acredito, porque é um homem eleitoralmente inteligente - então foi um tiro no pé.

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  4. Meu caro AFS, tiro no pé? E que tiro que era, uma pessoa no seu perfeito juízo nunca teria tal atitude.

    O que eu sei é que a vontade de votar nestas eleições é cada vez maior...

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  5. Mas a TV não é privada? Então, qual é o problema?

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  6. Expressodalinha,

    Se pensarmos nos EUA, se pensarmos em Espanha, isto é perfeitamente banal. O Jon Stewart no seu daily show às vezes mostra o mesmo olhar sobre um determinado acontecimento consoante o canal e o seu posionamento político - assumido! - e é interessante.

    Não estou a dizer que concordo, mas estou a relativizar. Vi o jornal uma ou duas vezes e gosto de pensar pela minha própria cabeça. Vi por lá coisas impensáveis, não as próprias investigações, mas o embrulho de tudo, como música de filme de suspense a acompanhar peças jornalísticas.

    Gosto de jornalismo, do sério, do que se faz na Sic Notícias e, em geral, na RTP.

    (e digo isto da mesma forma que diria se o alvo da MMG fosse a Nelita...)

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  7. Se eu fosse proprietário da TVI, tb não quereria aquele tipo de “jornalismo”...por uma questão de credibilidade! Só não entendo que a Entidade reguladora ag esteja muito preocupada e nunca tenha entrevi do durante o tempo em que o programa esteve no ar, tal como a comissão da carteira nunca se pronunciou quanto àquela forma de “jornalismo”! Sei de vários profissionais (jornalistas) que repugnavam aquele comportamento!

    JF

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  8. Curioso é que antigos mentores do saneamento de Marcelo Rebelo de Sousa mostrem agora a sua indignação face à presente situação.
    Um advogado ( Aguiar Branco) acusar directamente perante as camaras de TV, alguem sem provas é muito grave, mesmo que seja político e advogado.
    Hoje vale tudo.
    Talvez estejam a sentir a falta do BPN e do BPP e queiram lá voltar para fazer do mesmo...

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  9. Miguel Paes do Amaral, ex-patrão da TVI
    "Comigo, o Jornal Nacional de Sexta nunca teria existido"
    Hoje


    Miguel Paes do Amaral, disse hoje que caso tivesse continuado na empresa o Jornal de Sexta "nunca teria existido". Paes do Amaral era presidente da Media Capital, proprietária da TVI, quando se deu o afastamento do comentador Marcelo Rebelo de Sousa do Jornal Nacional, alegadamente por pressões do governo PSD/CDS.

    "Este jornal nunca teria existido", respondeu o dono do grupo editorial Leya, interrogado pela Lusa se teria tomado uma posição idêntica à do grupo Prisa, actual proprietário da TVI, que na quinta-feira cancelou o jornal de sexta apresentado por Manuela Moura Guedes.

    Para Paes do Amaral, a suspensão do telejornal deve ser analisada de duas formas: quanto à forma e quanto ao conteúdo.

    "Quanto à forma - 'timing' e forma como a decisão foi tomada e comunicada - não foi boa. O 'timing', obviamente, é muito mau. E a forma como foi comunicado também não foi boa. Quem deveria ter comunicado a decisão deveria ter sido o director de informação, e se ele não o quisesse comunicar devia ter sido previamente substituído", afirmou.

    Enquanto considera que "há claramente um problema de forma", Paes do Amaral diz que o quanto ao conteúdo, o procedimento "está perfeito".

    "Não entendo como é que só agora é que esta decisão foi tomada. Penso que aquele jornal excedia tudo o que era possível em termos de limites do aceitável e que muita gente estava à espera que isto acontecesse mais cedo do que mais tarde", disse.

    Miguel Paes do Amaral considera que "aquele jornal não se enquadra naquilo que a Prisa faz, do ponto de vista de informação, séria e credível, e também não se enquadra sequer naquilo que já era hoje em dia o perfil de informação da TVI".

    "Claramente aquilo era uma situação anómala e inconcebível", acrescentou.

    A administração da Media Capital anunciou quinta-feira a suspensão do jornal apresentado por Manuela Moura Guedes, o que levou à demissão da direcção de informação e chefia de redacção do canal de Queluz.

    JRS

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