Houve alturas que anunciar grandes projectos
para o nosso Município de Oeiras foi o verdadeiro ópio que adormeceu muitos que
se deixaram ir atrás dos arautos. Como em tudo, uns mais avisados tentaram
chamar a atenção para o impacto negativo que alguns dos tais projectos, pela
sua dimensão, poderiam criar no futuro. E, pelo caminho, muitas intervenções
necessárias estão por realizar.
Lembram-se do entusiasmo do eléctrico rápido
para a Falagueira? Entretanto, apareceu o SATUO que continua às moscas e que
parece que só dá despesas.
Também a orla ribeirinha tem sido muito apetecida
pelas suas potencialidades e a ambição máxima será a sua transformação numa
imensa marina. Assim, diversas vezes falam em projectos de marinas para Algés e
agora, com insistência, para a Cruz-Quebrada. (Não se deve esquecer até uma
antiga ambição para a frente de Caxias). Claro que todos estes projectos admiravelmente
apresentados em suportes cada vez mais inovadores deslumbram qualquer pessoa.
E com estas marinas aparecem os hotéis, os
blocos de escritórios e, claro, habitação de luxo que isto de ter o Tejo aos
pés tem de se aproveitar. E também os projectos para a resolução da mobilidade
com a linha do comboio a ser enterrada, alterações nas via existentes com nós
rodoviários – uns por cima, em viadutos, outros desnivelados para o lado
da Boa Viagem. Também para esta zona se andou a falar em grandes projectos
incluindo até um auditório ao ar livre aproveitando o vale que ali existe.
Claro que muitos vêem na concretização destes
projectos boas contrapartidas para o Município mas esquecem-se que também
poderá acentuar a descaracterização que tem vindo a acontecer e um aumento
desnecessário de betão para não referir algum endividamento. Mais que grandes
obras será necessário que cada Terra se mantenha actualizada não perdendo a sua
Memória e tenha um Futuro sustentável. Não se pode hipotecar o Futuro dos nossos
jovens.
Maria Clotilde Moreira / Algés
Artigo publicado no Correio do Leitor do JO de ontem.
Ainda se falava no passei marítimo até Algés. Quanto ao SATU dará prejuízo, prejudica seriamente todos os que ali compraram apartamentos e prejudicou os construtores que ali construiram casas e não as vendem. O dito SATu nem como elevador tem serventia pois o seu custo é superior ao de um autocarro!
ResponderEliminarMas a CMO ainda está a tratar de concretizar coisas como mais um passeio marítimo em Caxias e o novo edifício dos Serviços Técnicos, tudo coisas da ordem dos milhões... fora as verbas que vão ter que ser dadas aos construtores das parcerias público-privadas... Moita Flores que se cuide, isto em 2013 e daí para a frente vai ser bonito, vai...
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