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segunda-feira, 19 de março de 2012
sábado, 24 de setembro de 2011
quarta-feira, 16 de dezembro de 2009
Ministério da Educação não avança com acordo ortográfico no próximo ano
Escolas
16.12.2009 - 12:42 Por Bárbara Wong
A aplicação do acordo ortográfico nas escolas não vai entrar em vigor no próximo ano, anunciou a ministra da Educação Isabel Alçada, esta manhã, no final da abertura do seminário “O Impacto das Avaliações Internacionais nos Sistemas Educativos”, no Conselho Nacional de Educação, em Lisboa.
16.12.2009 - 12:42 Por Bárbara Wong
A aplicação do acordo ortográfico nas escolas não vai entrar em vigor no próximo ano, anunciou a ministra da Educação Isabel Alçada, esta manhã, no final da abertura do seminário “O Impacto das Avaliações Internacionais nos Sistemas Educativos”, no Conselho Nacional de Educação, em Lisboa.
sábado, 26 de julho de 2008
AS CONTAS E OS NÚMEROS DO ACORDO ORTOGRÁFICO
António Emiliano
Linguista - Universidade Nova de Lisboa
O único documento oficial favorável ao Acordo Ortográfico de 1990 (AO) que se conhece é a "Nota Explicativa do Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa (1990)" (anexo II do AO). Essa Nota contém, para além de múltiplas deficiências técnicas, lacunas graves: menciona estudos preliminares que ninguém viu e que não estão disponíveis, e refere dados quantitativos que ninguém pode verificar.
A Nota Explicativa defende, nomeadamente, o baixo impacto das mudanças ortográficas através de percentagens (menos de 2% de palavras afectadas pelo AO) calculadas a partir de uma lista de 110 mil palavras (de estrutura e composição desconhecidas) pertencentes ao "vocabulário geral da língua", ignorando a) as frequências das palavras, b) as formas flexionadas das mesmas e c) a possibilidade de todas as palavras afectadas formarem combinatórias com outras, i.e., termos complexos, designações complexas, etc. É uma avaliação desprovida de método rigoroso e de base científica séria: a consideração eventual das frequências, das flexões (cada verbo tem mais de cinquenta formas distintas), das prefixações (atestadas e virtuais) e das combinatórias alterará radicalmente os números do impacto ortográfico do AO.
O Governo fez discretamente consultas em 2005, solicitando através do Instituto Camões pareceres a várias instituições: dois pareceres, o do Instituto de Linguística Teórica e Computacional e o da Associação Portuguesa de Linguística (APL), foram tornados públicos aquando da audição parlamentar de 7/4/2008. São pareceres negativos que apontam deficiências graves ao AO. A APL recomenda a suspensão do processo em curso e a não aprovação do 2.º Protocolo Modificativo. Estes pareceres foram tornados públicos, note-se, pelos autores, não pelo Instituto Camões ou pelo Governo. Um requerimento da deputada Zita Seabra permitiu recentemente o conhecimento de todas as entidades contactadas em 2005 e dos pareceres obtidos: há um parecer do Departamento de Linguística da Faculdade de Letras de Lisboa muito negativo, com as mesmas recomendações do parecer da APL, e outro da Academia da Ciências de Lisboa, defendendo a aplicação do AO, redigido por Malaca Casteleiro (MC), autor do AO (!). (...)
Linguista - Universidade Nova de Lisboa
O único documento oficial favorável ao Acordo Ortográfico de 1990 (AO) que se conhece é a "Nota Explicativa do Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa (1990)" (anexo II do AO). Essa Nota contém, para além de múltiplas deficiências técnicas, lacunas graves: menciona estudos preliminares que ninguém viu e que não estão disponíveis, e refere dados quantitativos que ninguém pode verificar.
A Nota Explicativa defende, nomeadamente, o baixo impacto das mudanças ortográficas através de percentagens (menos de 2% de palavras afectadas pelo AO) calculadas a partir de uma lista de 110 mil palavras (de estrutura e composição desconhecidas) pertencentes ao "vocabulário geral da língua", ignorando a) as frequências das palavras, b) as formas flexionadas das mesmas e c) a possibilidade de todas as palavras afectadas formarem combinatórias com outras, i.e., termos complexos, designações complexas, etc. É uma avaliação desprovida de método rigoroso e de base científica séria: a consideração eventual das frequências, das flexões (cada verbo tem mais de cinquenta formas distintas), das prefixações (atestadas e virtuais) e das combinatórias alterará radicalmente os números do impacto ortográfico do AO.
O Governo fez discretamente consultas em 2005, solicitando através do Instituto Camões pareceres a várias instituições: dois pareceres, o do Instituto de Linguística Teórica e Computacional e o da Associação Portuguesa de Linguística (APL), foram tornados públicos aquando da audição parlamentar de 7/4/2008. São pareceres negativos que apontam deficiências graves ao AO. A APL recomenda a suspensão do processo em curso e a não aprovação do 2.º Protocolo Modificativo. Estes pareceres foram tornados públicos, note-se, pelos autores, não pelo Instituto Camões ou pelo Governo. Um requerimento da deputada Zita Seabra permitiu recentemente o conhecimento de todas as entidades contactadas em 2005 e dos pareceres obtidos: há um parecer do Departamento de Linguística da Faculdade de Letras de Lisboa muito negativo, com as mesmas recomendações do parecer da APL, e outro da Academia da Ciências de Lisboa, defendendo a aplicação do AO, redigido por Malaca Casteleiro (MC), autor do AO (!). (...)
segunda-feira, 9 de junho de 2008
Língua
Dicionário com alterações do Acordo Ortográfico disponível on-line com acesso livre
As alterações introduzidas pelo novo Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa estão já contempladas na edição digital da Infopédia, com acesso livre através do endereço - www.infopedia.pt -, foi anunciado pela Porto Editora.
As alterações introduzidas pelo novo Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa estão já contempladas na edição digital da Infopédia, com acesso livre através do endereço - www.infopedia.pt -, foi anunciado pela Porto Editora.
Segundo uma nota da editora, este é «o único dicionário de português que regista as alterações introduzidas pelo Acordo Ortográfico e conserva, simultaneamente, as grafias anteriores a esta reforma».
(...)
quinta-feira, 29 de maio de 2008
Acordo ortográfico? Para quê?
Como parece que há leitores que ainda não conseguiram perceber que se trata de um forward recebido por e-mail, - como, aliás, está escrito no fim do post - juntamos um reforço da informação:
Isto é um FORWARD recebido por e-mail.
«... se a ONU reconhece oficialmente a existência de 3 línguas em português:
mais informação
27/05/2008
Ban preocupado com alegações de abuso sexual (Português para o Brasil)
27/05/2008
Mais de 40% das vítimas são crianças na África do Sul (Português para África)
27/05/2008
Aiea: novo relatório sobre programa nuclear do Irã (Português para o Brasil)
27/05/2008
Bélgica prende ex-vice-presidente da RD Congo (Português para África)
27/05/2008
Soprano Barbara Hendricks canta para refugiados (Português para o Brasil)
Veja mais
ver em: http://www.un.org/av/radio/portuguese/ »
[recebido por e-mail]
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3 línguas em português,
acordo ortográfico,
ONU
domingo, 20 de abril de 2008
terça-feira, 15 de abril de 2008
Acordo Ortográfico; para além de Portugal
Carlos Reis**
(...) Falo aqui de incoerências linguísticas não com um sentido reprovativo (que seria absurdo), mas tão-só para notar que elas são naturais e toleráveis. No Português que hoje escrevemos (repito: no de agora, não ainda no que virá depois do Acordo!), grafo “erva”, “herbário” e “ervanário”, ou seja, avanço e recuo, em palavras da mesma família etimológica, em relação ao uso ou ao desuso do “h” inicial; e o mesmo “h” desapareceu já em “desumano” (tendo persistido em “humano”), sem ofensa da etimologia, num acto de simplificação que aceitamos sem pestanejar. Mais: no Português actual, mantemos a consoante surda em “acto”, mas já a dispensámos em “contrato” e em “aflito” (antes, “aflicto”); perdemo-la em “prático”, mas conservamo-la em “eléctrico” ou em “ecléctico”. Escrevemos “pronto” (e já não “prompto”), mas parece que alguns resistem em passar a escrever “perentório” em vez de “peremptório”, usando ainda aquele “p” (que ninguém pronuncia) bem à vista. E abundam as homografias, tratando o contexto de desfazer eventuais confusões: escrevo “gelo” (substantivo) e “gelo” (do verbo gelar), sem necessidade de acento gráfico para sabermos onde está o “e” aberto e onde está o fechado; e “consolo” (substantivo) e “consolo” (“eu consolo”, do verbo “consolar”) e “colher” (de chá ou outra) e “colher” (verbo); e “acordo” (ortográfico, pois então) e “acordo”, como verbo (por exemplo: “acordo para as vantagens do acordo ortográfico”). E há o famoso hífen: insistimos nele nas formas monossilábicas “hei-de” e “há-de”, mas não fazemos questão nele em “havia de”.
Repito: estes são exemplos de discrepâncias no Português actual, não ainda o efeito da aplicação do Acordo Ortográfico. Não percebo por que razão os detractores do dito Acordo se não escandalizem com tais coisas, mas são capazes de verberar as oscilações (em menor grau, diga-se) que ele consente. (...)
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segunda-feira, 14 de abril de 2008
ACORDO ORTOGRÁFICO - OPINIÕES
O y do rey
14.04.2008, Rui Tavares
Na década de 1770, o Marquês de Pombal pediu aos censores do rei que tomassem uma decisão entre as várias propostas de ortografia que então surgiam - a de Luís António Verney, a de António José dos Reis Lobato e a de João Pinheiro Freire da Cunha, entre outras - para que a coroa a pudesse utilizar nos seus documentos oficiais. Depois de dois anos em discussão, os censores discordavam de quase tudo e baixaram os braços. Havia apenas uma decisão tomada: uma vez que a letra y não tem, em português, uma pronúncia diferente da letra i, poderia com vantagem ser abolida. Até que alguém se lembrou: não podemos! Não podemos, porque el-rey se escreve com ípsilon... e sua majestade "assim escreve na sua real firma".
E ora aí está como nem o Marquês de Pombal, no auge da monarquia absoluta, conseguiu chegar a um acordo ortográfico. E porquê? Por causa de alguma dificuldade intrínseca à língua? Não - por causa de uma dificuldade política. A dificuldade política era esta: colocados perante uma decisão, os decisores mal chegaram a perguntar-se o que podia fazer-se, porque estavam obcecados com o que não se podia fazer. A obsessão com o que não se pode fazer, em Portugal em geral e em particular, ganha sempre à ideia do que se pode fazer. Por esse mundo fora, as universidades correm para abrir departamentos de inglês e, também, de espanhol. Quanto aos departamentos de português temos de pedinchar para abrirem novos e rezar para não fecharem os que existem. Mas não lhes facilitamos a vida: o professor brasileiro vai ensinar na aula da manhã que o professor português, na aula da tarde, está errado - e vice-versa. O Instituto Cervantes, tal como a Alliance Française, tem meios ao seu dispor com que o Instituto Camões só pode sonhar. Mas se um dia quiséssemos juntar dinheiro e esforços com os brasileiros para tentar dar um pouco mais de luta, a primeira pergunta seria: sim, mas em que ortografia? Passei os últimos dias no "Letras em Lisboa", a versão portuguesa do excelente Fórum das Letras de Ouro Preto. Como é natural, toda a gente - portugueses, brasileiros e africanos - se entendeu perfeitamente. Mas se os respectivos governos quisessem emitir um comunicado sobre o evento, teriam de emitir dois comunicados - um em cada ortografia. Com esses dois comunicados oficiais, dirigir-nos-iamos às Nações Unidas para pedir que o português fosse língua de trabalho, com duplicação de custos, incerteza sobre a norma a utilizar e mais trabalho em geral. Para quê fazer fácil, quando se pode fazer difícil? Como em 1770, estamos obcecados com o que não podemos fazer. Os brasileiros não podem perder o trema em lingüiça, com medo de não saber pronunciar a palavra e morrerem à fome. E os portugueses não podem perder as consoantes mudas, para saberem que têm de abrir a vogal anterior. Porém, mostrem-me um português que pronuncie actividade com a primeira vogal aberta, e eu mostrar-lhes-ei dez que pronunciam "âtividade". E, por último, temos Vasco Graça Moura prevendo que as famílias portuguesas terão de inutilizar milhares de livros quando o acordo for aprovado. Quero daqui lançar um apelo público a Vasco Graça Moura: não deite no lixo os seus livros na velha ortografia quando ela caducar. Não deite fora os seus livros oitocentistas que escrevem pharmacia com ph, nem os setecentistas que escrevem el-rey com ípsilon. Não lance esses livros no lixo: ofereça-mos.
Jornal Público de 14.04.2008
14.04.2008, Rui Tavares
Na década de 1770, o Marquês de Pombal pediu aos censores do rei que tomassem uma decisão entre as várias propostas de ortografia que então surgiam - a de Luís António Verney, a de António José dos Reis Lobato e a de João Pinheiro Freire da Cunha, entre outras - para que a coroa a pudesse utilizar nos seus documentos oficiais. Depois de dois anos em discussão, os censores discordavam de quase tudo e baixaram os braços. Havia apenas uma decisão tomada: uma vez que a letra y não tem, em português, uma pronúncia diferente da letra i, poderia com vantagem ser abolida. Até que alguém se lembrou: não podemos! Não podemos, porque el-rey se escreve com ípsilon... e sua majestade "assim escreve na sua real firma".
E ora aí está como nem o Marquês de Pombal, no auge da monarquia absoluta, conseguiu chegar a um acordo ortográfico. E porquê? Por causa de alguma dificuldade intrínseca à língua? Não - por causa de uma dificuldade política. A dificuldade política era esta: colocados perante uma decisão, os decisores mal chegaram a perguntar-se o que podia fazer-se, porque estavam obcecados com o que não se podia fazer. A obsessão com o que não se pode fazer, em Portugal em geral e em particular, ganha sempre à ideia do que se pode fazer. Por esse mundo fora, as universidades correm para abrir departamentos de inglês e, também, de espanhol. Quanto aos departamentos de português temos de pedinchar para abrirem novos e rezar para não fecharem os que existem. Mas não lhes facilitamos a vida: o professor brasileiro vai ensinar na aula da manhã que o professor português, na aula da tarde, está errado - e vice-versa. O Instituto Cervantes, tal como a Alliance Française, tem meios ao seu dispor com que o Instituto Camões só pode sonhar. Mas se um dia quiséssemos juntar dinheiro e esforços com os brasileiros para tentar dar um pouco mais de luta, a primeira pergunta seria: sim, mas em que ortografia? Passei os últimos dias no "Letras em Lisboa", a versão portuguesa do excelente Fórum das Letras de Ouro Preto. Como é natural, toda a gente - portugueses, brasileiros e africanos - se entendeu perfeitamente. Mas se os respectivos governos quisessem emitir um comunicado sobre o evento, teriam de emitir dois comunicados - um em cada ortografia. Com esses dois comunicados oficiais, dirigir-nos-iamos às Nações Unidas para pedir que o português fosse língua de trabalho, com duplicação de custos, incerteza sobre a norma a utilizar e mais trabalho em geral. Para quê fazer fácil, quando se pode fazer difícil? Como em 1770, estamos obcecados com o que não podemos fazer. Os brasileiros não podem perder o trema em lingüiça, com medo de não saber pronunciar a palavra e morrerem à fome. E os portugueses não podem perder as consoantes mudas, para saberem que têm de abrir a vogal anterior. Porém, mostrem-me um português que pronuncie actividade com a primeira vogal aberta, e eu mostrar-lhes-ei dez que pronunciam "âtividade". E, por último, temos Vasco Graça Moura prevendo que as famílias portuguesas terão de inutilizar milhares de livros quando o acordo for aprovado. Quero daqui lançar um apelo público a Vasco Graça Moura: não deite no lixo os seus livros na velha ortografia quando ela caducar. Não deite fora os seus livros oitocentistas que escrevem pharmacia com ph, nem os setecentistas que escrevem el-rey com ípsilon. Não lance esses livros no lixo: ofereça-mos.
Jornal Público de 14.04.2008
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quinta-feira, 10 de abril de 2008
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