Isto é apenas inadmissível crueldade para com animais.
O alegar-se que os homens também arriscam a vida, não passa de hipocrisia, porque, se o fazem, respeitam o seu livre arbítrio. Estão lá porque querem, porque assim o determinaram. Portanto, isso é só com eles...
Quanto a arte e cultura. Quando é que a degradação humana - não é a animal que está em jogo - foi arte ou cultura?
É boa ideia antes de emitir opiniões, motivadas apenas passionalmente, reflectir um pouco no conceito de 'tortura' e não fazer GENERALIZAÇÕES.
A noção de 'tortura' não é universal. Nem a de 'cultura'. Não existe uma Cultura Universal... A noção de 'tortura' não pode ser universalizada/generalizada.
Na diversidade de culturas humanas, crenças e valores, o que numas é 'tortura' noutras é apenas um acto quotidiano cristaliado no tempo e enraizado nos hábitos.
É por isto que é tão difícil acabar com a pena de morte em países como a China. Eles, por razões CULTURAIS, pura e simplesmente não compreendem que para nós, europeus, tal constitua um atentado à dignidade humana e aos direitos humanos.
Cortar com uma faca afiada o pescoço a uma galinha e sangrá-la para dentro dum alguidar até finalmente ela morrer, persupuesto, e depois depená-la enquanto ainda está quente é tortura ? Fica a pergunta para reflexão.
Pensar as culturas a partir das nossas matrizes pessoais é um erro grosseiro. Para compreender as culturas e os seus aspectos particulares e peculiares, por muito que estes choquem a nossa sensibilidade, é necessário abdicar dos nossos valores, fazer uma suspensão do juízo (em termos filosóficos) e avançar de espírito liberto de grilhetas para a análise.
Lidar um animal na praça, para um ribatejano ou um alentejano, não é tortura. Ponto Final.
Nada do que expus, é claro, pretende diminuir a justa sensibilidade de cada um. Também eu não gosto de muita coisa como, por exemplo, as técnicas de caça às focas bebés feita à paulada pelos esquimós. Incomodam-me. Mas porque faço o que disse acima, consigo compreender a razão de ser e existirem. E não os interpreto (esquimós) como irracionais, menos humanos que eu, torturadores ou mentecaptos.
Viva, Isabel!
ResponderEliminarAbsolutamente de acordo.
Isto é apenas inadmissível crueldade para com animais.
O alegar-se que os homens também arriscam a vida, não passa de hipocrisia, porque, se o fazem, respeitam o seu livre arbítrio. Estão lá porque querem, porque assim o determinaram. Portanto, isso é só com eles...
Quanto a arte e cultura. Quando é que a degradação humana - não é a animal que está em jogo - foi arte ou cultura?
Abraço
Ruben
A tourada é de facto uma ARTRE. Haja respeito.
ResponderEliminarAntónio Manuel Bento, um cidadão ao serviço da comunidade.
que tal porem o cidadão bento frente à «ARTRE» de um pelotão de execução? também há muita «ARTRE» na «ARTRE» do tiro ao alvo.
ResponderEliminar.
ResponderEliminarÉ boa ideia antes de emitir opiniões, motivadas apenas passionalmente, reflectir um pouco no conceito de 'tortura' e não fazer GENERALIZAÇÕES.
A noção de 'tortura' não é universal. Nem a de 'cultura'. Não existe uma Cultura Universal...
A noção de 'tortura' não pode ser universalizada/generalizada.
Na diversidade de culturas humanas, crenças e valores, o que numas é 'tortura' noutras é apenas um acto quotidiano cristaliado no tempo e enraizado nos hábitos.
É por isto que é tão difícil acabar com a pena de morte em países como a China.
Eles, por razões CULTURAIS, pura e simplesmente não compreendem que para nós, europeus, tal constitua um atentado à dignidade humana e aos direitos humanos.
Cortar com uma faca afiada o pescoço a uma galinha e sangrá-la para dentro dum alguidar até finalmente ela morrer, persupuesto, e depois depená-la enquanto ainda está quente é tortura ?
Fica a pergunta para reflexão.
Pensar as culturas a partir das nossas matrizes pessoais é um erro grosseiro.
Para compreender as culturas e os seus aspectos particulares e peculiares, por muito que estes choquem a nossa sensibilidade, é necessário abdicar dos nossos valores, fazer uma suspensão do juízo (em termos filosóficos) e avançar de espírito liberto de grilhetas para a análise.
Lidar um animal na praça, para um ribatejano ou um alentejano, não é tortura. Ponto Final.
Nada do que expus, é claro, pretende diminuir a justa sensibilidade de cada um. Também eu não gosto de muita coisa como, por exemplo, as técnicas de caça às focas bebés feita à paulada pelos esquimós. Incomodam-me. Mas porque faço o que disse acima, consigo compreender a razão de ser e existirem. E não os interpreto (esquimós) como irracionais, menos humanos que eu, torturadores ou mentecaptos.
Cumps
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