sábado, 1 de março de 2008

ARTE E ESPIRITUALIDADE NO EGIPTO ANTIGO

Isis amamentando o seu filho Hórus (produção do período ptolomaico) e N.S do Perpétuo Socorro (Ícon Medieval)


Tivemos ontem oportunidade de estar presente na conferência do Professor Doutor José das Candeias Sales, subordinada ao tema - "Arte e Espiritualidade no Antigo Egipto...", integrada no Ciclo de Conferências História, Memória e Património, promovido pela Ordem de S. Miguel da Ala em colaboração com a CMO.

É bom recordar que quando falamos do Egipto enquanto civilização temos que percorrer para trás cerca de 5000 anos. Tal facto permitiu ao orador viajar através do tempo para abordar a temática da arte e da espiritualidade, característica esta profundamente enraizada nos povos que habitaram e habitam o Vale do Nilo.


Foi-nos dito que desde há muito que esta civilização fascina os habitantes do mundo mediterrâneo e europeu. A curiosidade foi-nos transmitida pelas narrativas biblicas, pela produção literária, pelo cinema, pela TV, o DVD e CDRom e, em particular pelas produções artísticas. As pirâmides, a esfinge, as múmias e a máscara de Tutankamon, entre outras produções, preenchem o imaginário dos europeus e hoje o conjunto da humanidade.


Porém, a arte no Egipto antigo não tinha a finalidade lúdica do nosso tempo. Antes, grande parte da produção artística egipcia não existia para ser disfrutada mas para "ganhar eficácia pela utilidade templária ou sepulcral orientada para o Além".


A representação das divindades do imenso panteão (subsidiário de regiões e de construções sincréticas) aparecem-nos representadas muitas vezes por animais. Porém, os egípcios não adoravam os animais (que tanto comiam como mumificavam) mas veneravam as suas qualidades, cracterísticas e atributos.


Também o Faraó de reconhecida dimensão humana, só é sacralizado quando investido no seu papel de "Senhor das Duas Terras". Ele passa a ser o único interlocutor na relação com os deuses, que delega nos sacerdotes. No Egipto Antigo a "crença justifica a imagética" e a arte "vive do dinamismo espiritual que lhe está associado".


Ouvimos e retivemos que de forma quase subliminar também nós somos herdeiros deste legado espiritual. O Mito ou a Crença de S. Jorge e o Dragão, da Trindade, da Sagrada Família e em particular o culto mariano, bebem da secura do deserto , dos conventos coptas instalados nos antigos templos egipcios, as suas origens e influência na produção artística subsequente.


3 comentários:

Anónimo disse...

Fernando Lopes,

Obrigada pelas infoimações.
Clotilde

Isabel Magalhães disse...

Bom dia Fernando;

Obrigada por mais este valioso contributo.

[]

I.

Unknown disse...

.

Caro Fernando,

Parabéns por este excelente artigo.

.