
Jornal da Região - De há alguns meses a esta parte, tem vindo a efectuar visitas a várias instituições e organismos do concelho. Que realidade encontrou?
Fui sempre muito bem recebido e senti uma forte vontade das pessoas em serem ouvidas e voltarem a acreditar num projecto e numa liderança renovada para o concelho. Percebi que muitas coisas positivas de Oeiras se devem ao altruísmo e competência de muitas mulheres e homens. Constatei que da parte da Câmara tem havido uma visão errada do que devem ser as prioridades de investimento do município. Considero que muitas vezes as opções se revelam pouco pensadas e estudadas e por isso redundam em ineficácia e falta de resultados. É difícil compreender que um município gaste mais de cinco milhões de euros nas bancadas de um estádio municipal e deixe sem resposta inúmeras solicitações de instituições sociais a necessitar de equipamentos e financiamento para actividades dirigidas, por exemplo, ao reforço do apoio social aos nossos idosos.
JR - Seja como presidente da câmara ou como vereador, aceitaria trabalhar com Isaltino Morais? Que pelouro(s) estaria disponível para assumir e que competências delegaria em Isaltino Morais?
Estarei sempre empenhado em garantir as condições de governabilidade do município e, nessa medida, serei sempre promotor de soluções que a assegurem. No entanto, por todas as razões que apontei, se for eleito sem maioria absoluta, não tenciono propor nenhum pelouro ao dr. Isaltino Morais.
JR - São já conhecidas algumas propostas da sua candidatura para melhorar a qualidade de vida dos oeirenses. Uma das áreas mais críticas é a mobilidade. Que soluções propõe para melhorar este problema?
(...) Oeiras não avançou e a única coisa que ficou foi a marca de falhanço que representa a paralisia e decadência do projecto SATUO neste mandato. As nossas propostas são ambiciosas e procuram responder aos problemas identificados pelos estudos de mobilidade no concelho. Faltam transportes e infra-estruturas que permitam a circulação rápida das pessoas dentro e para fora do concelho a qualquer hora do dia. Vou empenhar-me para que Oeiras consiga o alargamento da A5 entre os nós da CRIL e da CREL, libertando os nossos munícipes da asfixia de trânsito neste troço nas horas de ponta. Por outro lado, julgo que é fundamental integrar nos planos de expansão do metropolitano a ligação da linha vermelha a Algés, Miraflores, Linda-a-Velha e Carnaxide. Esta medida, que tem óbvias vantagens ambientais ao maximizar a utilização de transporte colectivo, põe-nos no centro de Lisboa em 20 minutos.