segunda-feira, 30 de novembro de 2009

Homenagem a Ary dos Santos no Coliseu dos Recreios

O Coliseu dos Recreios, em Lisboa, recebe no próximo dia 4 de Dezembro um concerto de Carlos do Carmo em homenagem a Ary dos Santos.

O espectáculo «Ary Sempre!» acontece no ano em que se assinalam os 25 anos sobre a morte do poeta. Em palco Carlos do Carmo, estará acompanhado de Ricardo Rocha (guitarra portuguesa), Carlos Manuel Proença (guitarra clássica) e Fernando Araújo (baixo), bem como do convidado especial, o pianista Bernardo Sassetti.
Carlos do Carmo foi um dos artistas que mais cantou poemas de Ary dos Santos ao longo da sua carreira. Em 1977, Ary assinou todas as letras do disco «Um Homem na Cidade».

«Rua da Saudade» recorda Ary dos Santos

A obra do poeta português é também recordada através de «Rua da Saudade», um álbum que chegou recentemente às lojas e conta com novas versões musicadas de clássicos como «Estrela da Tarde», «Cavalo à Solta», «Canção de Madrugar» e «Retalhos». Mafalda Arnauth, Susana Félix, Viviane e Luanda Cozetti dão voz a este novo trabalho.

Venda de Natal

Abertura da tradicional Venda de Natal do Centro Comunitário Paroquial Nossa Senhora das Dores em Caxias que se irá realizar entre os dias 1 e 8 de Dezembro das 15h às 18h.


Rifão modernaço | FLISCORNO

Rifão modernaço FLISCORNO

Inverno político



CM 30 Novembro 2009 - 09h00

Estado do Sítio



"O PS não deixa de surpreender quando está em causa a sobrevivência do seu chefe máximo. O jogo agora é de vida ou de morte".


Nos tempos que correm os indígenas devem andar muito atentos às movimentações mais ou menos ocultas dos principais responsáveis do sítio. O fogo-de-artifício é imenso, vem de todos os lados e importa perceber quem anda por aí a lançar foguetes para distrair a malta e desviar as atenções do essencial.

No meio deste imenso lamaçal, com o senhor presidente relativo do Conselho cada vez mais acossado, cheio de medo que um dias destes apareçam na Comunicação Social as suas brilhantes conversas com o seu grande amigo Armando Vara, por certo pérolas dignas de ficarem devidamente registadas nos anais da democracia, o Partido Socialista dispara para todos os lados e une-se com o único objectivo de condicionar, ameaçar e prevenir o imenso Inverno que está para chegar à política portuguesa e, obviamente, ao Estado de Direito. E, como o desespero não é normalmente um bom conselheiro, eis que dirigentes de peso do partido do senhor presidente relativo do Conselho vêm a público dizer que o verdadeiro problema da Justiça não é a corrupção, a interferência do poder político nas mais altas instâncias judiciais, a intervenção directa de gabinetes ministeriais na economia e nos negócios.

A grande questão, dizem, é o segredo de Justiça. Isso mesmo. É preciso combater as fugas de informação que descobrem os podres de tanto agente político que anda por aí a fingir que é digno de ocupar lugares públicos. E, para isso, o partido do senhor presidente relativo do Conselho está disposto a mudar não só a legislação, como a dar mais meios ao senhor procurador--geral da República e ao Ministério Público para que possam caçar e castigar os criminosos que divulgam factos e situações que põem a nu a porcaria que anda por aí a conspurcar as instituições e o próprio regime.

É evidente que este objectivo não pode espantar ninguém que vive neste sítio endividado até aos cabelos, pobre, deprimido, manhoso e cada vez mais mal frequentado. O contrário é que seria extraordinário. O partido do senhor presidente relativo do Conselho quer tapar o sol com a peneira com medidas repressivas sobre a Comunicação Social, pressões sobre magistrados e, claro, ameaças aos próprios empresários do sector. Descer mais baixo é difícil, mas tudo é possível. Até porque o Partido Socialista não deixa de surpreender quando está em causa a sobrevivência política do seu chefe máximo. O jogo agora é mesmo de vida ou de morte. Política, claro.


António Ribeiro Ferreira, Grande Repórter

O crime do padre Amaro



CM 29 Novembro 2009 - 09h00

Impressão Digital

A fuga do padre com a sua amada é uma metáfora. Já não consegue ser uma história com a dimensão pecadora.


Tem sido notícia quase diária. Um jovem padre apaixonou-se por uma jovem da sua paróquia. Um amor que julgam eterno, maior do que o juramento de celibato do sacerdote. Maior do que a autoflagelação da continência orgástica, ainda maior do que todos os preconceitos que fazem do jovem padre notícia e sabem a fel na língua de beatas, prosélitas e bruxas comungadas.

O jovem padre teve a coragem de escrever ao seu bispo explicando-lhe o amor que celebrava na relação clandestina com a jovem apaixonada. Não sei em que palavras terá explicado o pretenso pecado ao superior eclesiástico, pois não sei com que palavras é possível explicar a infinitude do amor. E desapareceu sem deixar rasto. Os dois amantes clandestinos do amor, medrosos do medo do preconceito, mas amando-se com a coragem do desprendimento total. Que se saiba, até agora, a Igreja está em silêncio. Constatou a fuga do ex-sacerdote, mandou substituí-lo, e calou se. Um silêncio de respeito, de quem compreende a imponência do amor. Foi inteligente e sábia.

Mas a história, mais pitoresca do que um escândalo, vale pela dimensão afectiva do caso, pela evidência do Portugal velho que Bernardo Santareno tão bem dramatizou, embrulhado em xailes negros e recalcamentos, dominado por medos e iras de morte e de raiva, que ainda persistem, que continuam viçosos e brutais como nos séculos que já nos convencemos de que estão vividos. E não estão.

Permanecem tão vivos, tão presentes, que por vezes é paradoxal falar de um País que está no topo dos países desenvolvidos e, por essa mesma razão estruturalmente culto. Mas não. É apenas um jogo de aparências.

A fuga do padre com a sua amada é uma metáfora. Já não consegue ser uma história com a dimensão pecadora que Eça de Queirós entregou ao seu romance sobre a libido do padre Amaro. Mas ainda está cheia de sentido. Por ser notícia tão noticiada, sinal da nossa reivindicação sobre memórias passadas. Por ser uma corrosão na teoria do celibato sacerdotal. Por ser, sobretudo, uma história de amor clandestino num tempo em que o amor se celebra sem preconceitos, nem mesmo o sexual.

Uma historia sobre a doçura e a dedicação da entrega e, por isso mesmo, nas minhas desorganizadas orações, peço a Deus que o seu ex-padre e a sua amada sejam felizes para sempre. Até que a morte os separe. Ou até que eles queiram.


Francisco Moita Flores, Professor Universitário

domingo, 29 de novembro de 2009

Convento franciscano do século XV dá lugar a condomínio de luxo

A Quinta São José Ribamar, antigo convento do século XV, em Algés, vai ser transformada num condomínio de luxo, com investimento de 20 milhões de euros, mas o património recuperado poderá vir a ser visitado pelo público em geral

«O convento era dos frades arrábidos, da serra da Arrábida, no século XV e os documentos mais antigos mostram o convento dando directamente no rio Tejo. Da estrutura conventual ainda existe uma igreja, o claustro e dois jardins: um com peças tropicais como o dragoeiro e um jardim geométrico francês», explicou o arquitecto responsável pelo projecto, Gonçalo Byrne.
«Com o passar do tempo foram sendo construídas casas sem preservar o património onde eram as quintas. E hoje está tudo degradado», acrescentou.
O novo condomínio prevê a construção de 21 apartamentos (com uma altura máxima de três andares térreos), localizados maioritariamente nos terrenos dedicados à agricultura, 78 lugares de estacionamento subterrâneos e piscina.
Da estrutura conventual, o projecto prevê a recuperação da capela, do claustro, de um pátio interior, de uma antiga instalação dedicada à lavoura e às cavalariças, os jardins e a muralha circundante da Quinta (construída mais tarde).
Três habitações vão reutilizar o património histórico: uma habitação será construída à volta do claustro, outra em redor de um antigo pátio, com vista para ele, e uma terceira integrará as cavalariças. Os jardins serão integralmente recuperados.
A promotora da obra, a RAR Imobiliária, disse que o investimento na obra é 20 milhões de euros, incluindo a compra da quinta ao anterior proprietário e as obras de recuperação, e que os trabalhos deverão iniciar-se no segundo semestre de 2010.
Segundo a mesma fonte, a Quinta passará a ser um condomínio de luxo mas «poderá ser pensado um horário para o claustro e a capela serem visitados», embora essa venha a ser uma decisão dos condóminos.
O projecto inclui também a construção de um passadiço entre a Quinta e o terrapleno de Algés, facilitando o acesso dos condóminos e da população em geral ao Tejo, uma contrapartida da Câmara Municipal de Oeiras para aprovar a obra.
O projecto foi aprovado com maioria na última reunião de Câmara, com votos contra do vereador comunista Amílcar Campos e da vereadora social-democrata Isabel Meirelles que salientaram «o atentado patrimonial» e a «falta de espaços verdes na zona», argumentos negados pelo presidente de Câmara, Isaltino Morais.

Lusa / SOL

NASCEU A CONFRARIA DO VINHO DE CARCAVELOS

MAIS UM VENDIDO AO ISALTINO

TRAIÇÃO = TRAIDOR!

Lá para os lados de Oeiras, existe sempre alguém que vai atrás do TACHO!

A Análise

Recebido por e-mail com pedido de publicação

sábado, 28 de novembro de 2009

Boletim Municipal Oeiras Actual 2009


Passatempo - Vamos fazer contas

A revista Oeiras Actual de Janeiro/Fevereiro tem o nº 186, a de Março o nº 191, a de Abril o nº 193 depois todas seguidas sendo a de Julho/Agosto a 196 e vamos agora no nº 198 – Outubro 2009. (Se as coisas correrem bem devemos ter uma para Novembro e outra para Dezembro).

A numeração parece que não está muito bem, mas adiante. Total até aqui de 8 edições de 70 000 exemplares cada. Distribuição gratuita custando cada exemplar 0,26 Euros ou 0.29 ou 0,34. Adiante: fixemo-nos em 0,26 Euros cada exemplar.

Agora façam contas: 8 edições de 70 000 exemplares cada dá………………….. exemplares; multiplicando por 0,26 Euros custo de cada exemplar dá……………….. Euros.

Agora o Passatempo: Indique o que faria ou melhoraria na sua Freguesia com esse dinheiro.

Claro que é bom saber-se o que se passa no Município onde vivemos e/ou trabalhamos. Mas se olharmos bem para esta revista vemos que se trata de um artigo de luxo, tem um formato que é difícil de entrar na ranhura das caixas do correio dos Munícipes, tem fotos de pura propaganda e entronização. Por outro lado quantos Munícipes lerão esta revista com atenção. Parece-me que apenas vêem os bonecos (ou melhor as fotos).

Colabore e responda à pergunta do Passatempo.

Imagem: Maria Clotilde Moreira

Recorder reloaded | FLISCORNO

Recorder reloaded FLISCORNO

sexta-feira, 27 de novembro de 2009

Banco Alimentar recolhe alimentos nos supermercados




No fim-de-semana

O Banco Alimentar Contra a Fome organiza sábado e domingo uma nova campanha de recolha de alimentos em supermercados de 17 regiões do país, na maior acção de voluntariado organizada em Portugal

Gestores púbicos... Profissão de alto risco...

Pitecos

Fundação Marquês de Pombal

Dia 28 de Novembro às 16:00 - Exposição/Venda de Natal

A Fundação Marquês de Pombal, durante a venda, procederá a uma Campanha de recolha de vestuário, calçado para crianças entre os quatro e oito anos da nossa ludoteca Fundação Marquês de Pombal, roupa pré-mamã e de bebé, bem como acessórios de puericultura, para a Associação "Ajuda de Mãe".

A exposição e venda, estará patente até dia 20 de Dezembro, dias úteis, sábados, domingos e feriados das 15:00 às 19:00.

Suspeitos foram avisados das escutas

Face Oculta

Por Felícia Cabrita

Os arguidos no ‘processo Face Oculta’ deixaram de usar os seus telemóveis habituais a partir de 25 de Junho, no auge da polémica causada pelo negócio PT/ TVI, existindo a suspeita de uma fuga de informação nessa altura, quando começaram a chegar a Lisboa as primeiras certidões enviadas pelo DIAP de Aveiro

Armando Vara volta a prestar esclarecimentos após ter alegado inocência


A Polícia Judiciária conseguiu, porém, descobrir os novos contactos dos arguidos e restabelecer as escutas, que se prolongariam durante pelo menos mais dois meses.

O empresário Manuel Godinho, figura-chave no caso, alguns dos seus mais próximos colaboradores e Armando Vara estão entre esses arguidos. A mudança de telefones pode confirmar-se pelas conversas que envolvem o primeiro-ministro, que constam das certidões enviadas ao procurador-geral da República (PGR), Pinto Monteiro.

Segundo o SOL apurou, nos últimos dias de Junho – quando, perante a polémica levantada pela possível compra da TVI pela PT, José Sócrates anunciou que decidira vetar o negócio –, os contactos passaram a realizar-se através de telemóveis ‘descartáveis’ (ou seja, sem assinatura e que só se podem localizar se os carregamentos forem efectuados com cartões de crédito).

Alguns arguidos passaram a usar não só novos cartões como também novos aparelhos. Mas Manuel Godinho e outros, com menos ‘ciência’ policial, apenas mudaram os respectivos cartões. Só que a PJ montara escutas também ao número de série identificador do aparelho – e assim, à medida que o empresário foi fazendo telefonemas, a Polícia foi identificando os novos números dos outros arguidos e de José Sócrates, conseguindo reconstituir toda a rede de contactos.

felicia.cabrita@sol.pt

Gripe caprina



27 Novembro 2009 - 00h30

A voz da razão

Gosto das opiniões maioritárias. Fazem lembrar as pandemias: nascem, espalham-se e tornam-se avassaladoras. Com a ‘crise’ do PSD é a mesma coisa: não existe criatura pensante que não decrete a decadência do clube.


Mas como começou este vírus? Não, com certeza, na avaliação dos professores: o PSD teve a sensatez de enterrar o modelo, mas não, como a oposição pedia, de enterrar qualquer avaliação docente no futuro próximo.

E também não começou no ‘Face Oculta’: Ferreira Leite percebeu as implicações políticas do caso e colocou a corrupção onde ela merece estar. No topo da agenda parlamentar. Quem está em crise não é o PSD; é uma parte do PSD, com pressa em resolver a liderança antes que Marcelo desça à Terra.

Que estes meninos se entretenham a espirrar por aí, eu entendo. Difícil de entender é ver o rebanho disposto a apanhar a doença.


João Pereira Coutinho, Colunista

quinta-feira, 26 de novembro de 2009

Um mundo pequeno | FLISCORNO

Um mundo pequeno FLISCORNO


O 'Oeiras Local' também publicou o artigo de opinião de Pedro Lomba aqui

Seis clientes devem ao BCP o equivalente a 80 por cento do seu valor em bolsa

ECONOMIA

Por Cristina Ferreira

Só a Mota Engil, empresa liderada por Jorge Coelho, tem um crédito contraído no BCP de 1,2 mil milhões de euros, cerca de 28 por cento da capitalização bolsista do banco

Público

26 de Novembro - as histórias deste dia

Construção do gueto de Varsóvia; as cheias de Lisboa de 1967; acordos de Argel para a independência de S. Tomé e Príncipe; último voo do Concorde; atentados em Mumbai; Ferdinand de Saussure; Eugène Ionesco; Charles Schulz; Fausto Bordalo Dias; Mário Cesariny; "As time goes by", do filme Casablanca aqui

Quem é Jaime Neves?

"Não falimos por um milagre”

22 Novembro 2009 - 00h30

Entrevista: José António Saraiva

José António Saraiva, director do semanário ‘Sol’, revela ao CM que o Governo o pressionou para não publicar notícias do Freeport e que depois passou aos investidores.


Correio da Manhã – O ‘Sol’ foi coagido pelo Governo para não publicar notícias do Freeport?

José António Saraiva – Recebemos dois telefonemas, por parte de pessoas próximas do primeiro-ministro, dizendo que se não publicássemos notícias sobre o Freeport os nossos problemas se resolviam.

– Que problemas?

– Estávamos em ruptura de tesouraria, e o BCP, que era nosso sócio, já tinha dito que não metia lá mais um tostão. Estávamos em risco de não pagar ordenados. Mas dissemos que não, e publicámos as notícias do Freeport. Efectivamente uma linha de crédito que tínhamos no BCP foi interrompida.

– Depois houve mais alguma pressão política?

– Sim. Entretanto tivemos propostas de investimentos angolanos, e quando tentámos que tudo se resolvesse, o BCP levantou problemas.

– Travou o negócio?

– Quando os angolanos fizeram uma proposta, dificultaram. Inclusive perguntaram o que é que nós quatro – eu, José António Lima, Mário Ramirez e Vítor Rainho – queríamos pa-ra deixar a direcção. E é quando a nossa advogada, Paula Teixeira da Cruz, ameaça fazer uma queixa à CMVM, porque achava que já havia uma pressão por parte do banco que era totalmente ilegítima.

– E as pressões acabaram?

– Não. Aí eles passaram a fazer pressão ao outro sócio, que era o José Paulo Fernandes. E ainda ao Joaquim Coimbra. Não falimos por um milagre. E, finalmente, quando os angolanos fizeram uma proposta irrecusável e encostaram o BCP à parede, eles desistiram.

– Foi um processo longo...

– Foi um processo que se prolongou por três ou quatro meses. O BCP, quase ironicamente, perguntava: "Então como é que tiveram dinheiro para pagar os salários?" Eles quase que tinham vontade que entrássemos em ruptura financeira. Na altura quem tinha o dossiê do ‘Sol’ era o Armando Vara, e nós tínhamos a noção de que ele estava em contacto com o primeiro-ministro. Portanto, eram ordens directas.

– Do primeiro-ministro?

– Não temos dúvida. Aliás, neste processo ‘Face Oculta’ deve haver conversas entre alguns dos nossos sócios, designadamente entre Joaquim Coimbra e Armando Vara.

– Houve então uma tentativa de ataque à liberdade de imprensa?

– Houve uma tentativa óbvia de estrangulamento financeiro. Repare--se que a Controlinveste tem uma grande dívida do BCP, e portanto aí o controlo é fácil. À TVI sabemos o que aconteceu e ao ‘Diário Económico’ quando foi comprado pela Ongoing – houve uma mudança de orientação. Há de facto uma estratégia do Governo no sentido de condicionar a informação. Já não é especulação, é puramente objectiva. E no processo ‘Face Oculta’, tanto quanto sabemos, as conversas entre o engº Sócrates e Vara são bastante elucidativas sobre disso.

– Os partidos já reagiram e a ERC vai ter de se pronunciar. Qual é a sua posição?

– Estou disponível para colaborar.


Teresa Oliveira
Correio da Manhã

quarta-feira, 25 de novembro de 2009

OPÇÕES

Felizmente, que existem cada dia mais opções...


Via e-mail

Linda-a-Velha 2009 (4)

Quase dois meses passados desde as eleições autárquicas e o cartaz do candidato à Junta de Freguesia de Linda-a-Velha com o candidato à Câmara Municipal de Oeiras pelo movimento independente continua exposto na Av. D. Pedro V, em Linda-a-Velha.
Já vai sendo tempo de o remover.

Aplicação de arbusticida na mata do Estádio Nacional

Foram afixados vários avisos na mata relativos à aplicação de arbusticida para controlar as espécies invasoras e pedindo que as pessoas tomem as devidas precauções quanto à sua segurança, bem como à dos seus animais.

Para ajudar a evitar acidentes, pedimos ao IDP que disponibilizasse informações mais pormenorizadas, nomeadamente os dias e locais de aplicação, o produto a ser utilizado (com o correspondente código) e os prazos de segurança.

Assim que essa informação for disponibilizada, não deixaremos de a reproduzir aqui. Entretanto, como não sabemos se essa aplicação já começou, pedimos a todos que tenham a máxima atenção, principalmente com os cães.

Maldita realidade

Opinião







JN 00h18m
Vítor Constâncio é a Pítia do regime. Da sua trípode do Banco de Portugal, anuncia regularmente o lamentável futuro económico do país. Mas das duas uma, ou terá negado os favores a Apolo e pena agora o castigo de ninguém o levar a sério ou inala pneuma a mais (ou, em vez das puras águas de Castália, prefere alguma bebida mais espirituosa) e as profecias saem-lhe furadas.

A verdade é que, com a mesma regularidade com que profetiza, corre no dia seguinte atrás da profecia a corrigi-la. Parece haver, de facto, um conflito insanável entre Vítor Constâncio e a realidade. As previsões do défice que foi fazendo ao longo do ano foram sucessivamente desmentidas pelos factos; e quando, há dias, o Governo anunciou, afinal, um défice de 8%, o mais que, surpreendido, encontrou para dizer foi que "esperava menos". Agora foi o aumento dos impostos. Anteontem, para Constâncio, isso era "necessário"; ontem, Sócrates desmentiu-o; horas depois, Constâncio desmentia que tivesse sugerido tal coisa. Melhor será Constâncio continuar a fazer como no caso BPN, fazer previsões só depois de os factos terem acontecido.

31 da Armada oferece estátua de Jaime Neves à cidade de Lisboa


Os autores do blogue 31 da Armada colocaram uma estátua de Jaime Neves, coronel que protagonizou o movimento contra-revolucionário de 25 de Novembro de 1975, junto ao Campo Pequeno. Os ofertantes ficam agora à espera que ao acto simbólico se siga uma homenagem da própria autarquia ao militar
© José Sérgio/SOL
Clique aqui para ler a notícia

Linda-a-Velha - 1.ª São Silvestre Professor Lucas

A AAAESLAV - Associação de Antigos Alunos da Escola Secundária de Linda-a-Velha está a organizar esta corrida e solicita-nos a publicação e divulgação da notícia abaixo.



Integrada nas comemorações do 30.º aniversário da ESLAV - Escola Secundária de Linda-a-Velha - realiza-se no próximo dia 19 de Dezembro, pelas 17 horas, em Linda-a-Velha, a 1.ª São Silvestre Professor Lucas.

A prova, destinada a todos os escalões etários, terá a participação de atletas federados, populares e olímpicos.
O Sporting garantiu igualmente a sua participação na corrida. Bernardo Manuel, treinador e figura emblemática do atletismo português, Armando Aldegalega, antigo atleta olímpico, Sandra Teixeira, Carlos Silva, Hélio Gomes, Túlio Gomes, Lúzia Dias e Luís Pinto são alguns dos atletas que estarão na corrida.

A prova tem os apoios da Câmara Municipal de Oeiras, SMAS de Oeiras, Junta de Freguesia de Linda-a-Velha, e ainda de empresas/instituições privadas.

Educação, autoridade e pilaretes

Não é a primeira vez que refiro este assunto mas considero que se está a resolver problemas graves com procedimentos errados. O cidadão utiliza o espaço público de maneira indevida largando o seu veículo em cima do passeio, demonstrando falta de educação cívica. Mas sabe que não há entidades em número suficiente, nem com ordens que o obriguem a proceder correctamente de imediato, e vai arriscando. Depois com a desculpa que não tem estacionamento juntinho do local onde precisa de ir, sabe que terá alguma compreensão. Também não está nos hábitos movimentar-se pelos próprios pés. Por outro lado a polícia é acusada (muitas vezes injustamente) que só passa multas.

E neste desequilíbrio entre a falta de educação e de autoridade tomou-se o caminho mais fácil: empecilhar as bordas dos passeios. Começaram por colocar, e ainda existem, umas bolas ou uns marcos de pedra e mais recentemente recorreram aos pilaretes. E a moda tem pegado, até por que há quem lucre com a fabricação dos palitinhos mais ou menos grossos, terminando em bolas arredondadas. Gasta-se ferro ou produto semelhante. A paisagem ficou alterada, “modernizada” com tanto pilarete.

Esquecem-se é que em caso de acidente estas barreiras irão dificultar a chegada de socorro. Não seria mais sensato sensibilizar o cidadão para uma correcta utilização do espaço público e, em caso de desrespeito, multar a sério o prevaricador?

Artigo publicado no Correio dos Leitores do Jornal de Oeiras de 24.11.2009

Perguntas de uma ignorante

Anteontem – 23 de Novembro - foi a Assembleia Municipal de Oeiras. Uma coisa que me chamou a atenção foi a renúncia do cidadão José António Vieira da Silva ao lugar para que terá sido eleito pelo PS. Já o outro cidadão do PS – Marcos Perestrelo – que concorrera a esta Autarquia de Oeiras nem aqueceu o lugar e também se foi embora antes de…

Se ganhassem o primeiro lugar ficavam? Então só trabalham pela comunidade quando ficam com o comando? E os programas que andaram a espalhar e as perspectivas de “tudo melhor” que andaram a prometer?

terça-feira, 24 de novembro de 2009

Acredita em milagres?

Causas e Consequências

E mesmo assim

O PSD é hoje uma agremiação inútil de figuras menores, de ambições miúdas e de improváveis vaidades.
De repente, quando o partido repousava em sossego, entregue à sua doce inutilidade, o PSD decidiu voltar, mais uma vez, às primeiras páginas dos jornais. Para falar do buraco orçamental apresentado pelo Governo? Do aumento de impostos sugerido pelo dr. Constâncio? Dos níveis históricos do desemprego? Ou mesmo da dívida pública que se revelou, mais uma vez, em todo o seu esplendor? Não, em vez destes temas que poderiam maçar os portugueses, o PSD preferiu patrioticamente dar a mão ao Governo na avaliação dos professores. A táctica, de uma opacidade a toda a prova, teve os efeitos que se advinham. Numa só penada, o partido não só mandou às ortigas uma das suas principais promessas eleitorais (suspender o actual modelo) como ficou cúmplice do PS numa dos seus mais intrincados imbróglios políticos.
Ciente de que poderia haver algumas dúvidas no ar, o dr. Aguiar Branco, que ameaça candidatar-se à liderança do partido, ofereceu-nos generosamente a sua criativa visão dos factos. Antes de mais, ficámos a saber que o PSD, depois de se ter comprometido com os portugueses durante meses a fio, percebeu, há meia dúzia de dias, que "as circunstâncias" tinham mudado. Que circunstâncias são essas que mudam num tão curto espaço de tempo é, como se imagina, um mistério difícil de destrinçar. Segue-se que toda esta questão, como o líder parlamentar do partido salientou, é uma questão meramente "semântica", que não afecta o essencial. Infelizmente, não é. Tendo em conta o estado em que se encontra o PSD, admito que não tenha ocorrido ao dr. Aguiar Branco que qualquer acordo entre o Governo e o principal partido da oposição é um acto político que não se compadece com interpretações subtis de natureza gramatical. E este acordo em concreto, quer se queira quer não, é politicamente desastroso para o PSD: para além de quebrar o isolamento do PS no Parlamento, os sociais-democratas ficam a partir de agora irremediavelmente associados ao Governo num problema para o qual este não tinha saída.
Se alguma dúvida houvesse, este caso, por si só, confirmaria o caos que se instalou no PSD – um partido sem liderança efectiva, movido por pequenos ódios e enrodilhado nas mais inverosímeis intrigas, que parece ter como principal objectivo transformar-se naquilo que já é: uma agremiação inútil de figuras menores, de ambições miúdas e de improváveis vaidades. Encontrar um chefe, no meio desta balbúrdia institucionalizada, é naturalmente um feito impossível de concretizar. Só por milagre. E mesmo assim!
CM - 24/11

Concerto EPHEDRA


EPHEDRA - LIVE ACT CAFE - CAPARICA (28/11)


Desta vez vamos interpretar quatro peças ao melhor estilo do rock-progressivo dos anos 70. Não falte. Esta música já não se fabrica.

Jorge Pinheiro

Para Algés com amor (VI)

F – Em Algés está a acontecer


Mais uma reunião…


Foi equacionado a atitude das autoridades que quando o cidadão não cumpre regras de segurança e coloca o carro em cima do passeio, resolve-se o problema com outro problema: enfia-se nas bermas dos passeios pilaretes e mais pilaretes.



Então o cidadão atravanca a estrada com o carro ali mesmo encostado.



Às vezes a necessidade de se aceder ao prédio rodeado dos pilaretes obriga a medidas muito drásticas e fica tudo num caos.

Depois os pilaretes são um empecilho para quem vê mal e é mesmo inestético e demonstrativo da falta de educação do cidadão. Também foi equacionado o preço desta moda.

… e mais uma decisão acertada:

Nesta Freguesia vai acabar-se com os pilaretes sejam de ferro ou de outro material. Vamos ser um exemplo de cidadania. Há umas excepções em algumas ruas do centro de Algés em que ainda terá de ser permitido colocar meio carro um pouco em cima do passeio. De resto acabou-se. Ninguém vai estacionar mal pois a campanha de sensibilização que está em marcha para que todos cumpram e façam cumprir esta maneira superior de estar, tem sido um êxito.

Os nossos passeios são livres de empecilhos e só faltará os desenhos da calçada à portuguesa.


(Era bom que fosse verdade…)

2009 – Algés – 39

- O Parque Infantil do Jardim de Algés já não tem correntes e as crianças estão lá a brincar.

- O buraco da Av. dos Bombeiros esquina para a Rua Latino Coelho – que nos dias de chuva parecia uma piscina – está arranjado.



- A grelha de escoamento no passeio fronteiriço à sapataria Paulana – Rua Manuel Arriaga/Rua António Granjo – já está reposta evitando-se o perigo que havia quando se ia colocar o lixo nos caixotes.



UDRA – Retomemos Quinta-feira, Novembro 05, 2009 2009 – Algés – 36

As obras recomeçaram. A saída norte tem um portão

por onde têm entrado as várias máquinas e materiais, uma vez que também foi arranjado o caminho que lhe dá acesso.
Sobre um piso de “terra” muito bem alisado está a ser estendido um material escuro e sobre este começaram a ser esticados os rolos de “relva”.

É um trabalho complicado pois não me parece fácil esticar tantos metros de “relva” de modo a ser possível, depois, correr e chutar sem que o material se enrole.

Este clube tem grandes projectos para os seus associados e espera dentro em breve ter tudo a funcionar. Quem vive na sua envolvente espera que os entusiasmos dos seus dirigentes respeitem – como até aqui - as características urbanas onde está inserido este Clube quanto a horários, decibéis e acessos

Pensamento - Nunca desesperes face às mais sombrias aflições da tua vida, pois das nuvens mais negras cai água

límpida e fecunda. Provérbio chinês

Uma república das castanhas








Fernando Braga de Matos


Uma das melhores dos momentosos últimos dias foi a declaração de Armando (salto à) Vara à saída do Tribunal onde acabara de ser interrogado no âmbito do "sucatagate": "Nunca pedi dinheiro a ninguém". Então, se não pediu a "ninguém", é porque pediu...


(Onde o autor se insurge contra os que apodam o País como "república das bananas", por manifesta falta de rigor geográfico - propondo "república das castanhas", pois coisa "frutosa" tem que ser, mas à europeia, e temo-las muito boas em Trás-os-Montes. A inspiração vem, mais uma vez, da corrupção e do assalto ao poder).

Uma das melhores dos momentosos últimos dias foi a declaração de Armando (salto à) Vara à saída do Tribunal onde acabara de ser interrogado no âmbito do "sucatagate": "Nunca pedi dinheiro a ninguém". Então, se não pediu a "ninguém", é porque pediu a "alguém", como qualquer intérprete linguista conclui (dizem-me aqui na "Pravda" que podia ter solicitado à mãe, por exemplo, e não havia problemas). Ficamos, pois, na situação do erro de português acoplado a "lapso freudiano"?.

Mas, fora galhofas de péssimo gosto, o que verdadeiramente importa, neste momento, é o conteúdo das conversinhas com Sócrates, escutadas com sanção de um Procurador da República e um juiz de Instrução Criminal, pois a investigação no polvo das "luvas"(1) e favorecimentos nas empresas públicas e semelhantes talvez consiga prosseguir sozinha (a esperança é a última a morrer, dizem).

Apreciei muito o ar de santa ingenuidade e indignação que o atrás referido ostentou, queixando-se da devassa de intimidade num bate-papo com um amigo. Ora, o regime especial de que goza, quanto a escutas, é-o por razão de Estado; se estava numa inócua situação de privacidade, então pretendia ser mais que os restantes portugueses, os "escutáveis"? E se era tema para possíveis oito anos de "choça", configurando crime de atentado contra o estado de direito, os portugueses querem saber antes que tudo seja varrido para debaixo do tapete.

Bem sei que esse resultado de interesse público se consegue através de violações do segredo de justiça e do uso de um meio de prova rigorosamente auxiliar e excepcional e isso é, no mínimo, preocupante, e, no máximo, perigoso.

Mas o facto é que quer a natureza, quer os sistema humanos procuram sempre equilíbrios, mesmo, eventualmente, através de modos caóticos ou quase-caóticos, de modo a alisar as distorções. Por isso o vácuo se esvai, o contrabando e o mercado negro surgem, ou se originam os refugiados e a emigração, por exemplo.

O que cria esta situação de fuga aos desequilíbrios é a "presunção de inocência" se ter convertido para os poderosos em "certeza de inocência" (há alguém preso?) e a incompetência ou má-fé dos legisladores, que, em pequenas ejaculações, apenas originam manchas, e não frutos - numa enorme confusão sem remédio.

Sabe-se, então, que em causa estavam interferências em meios de comunicação social (suplementarmente evidenciando a mentira do PM na Assembleia da República quanto ao afirmado desconhecimento do negócio da aquisição da TVI pela PT).

E sabe-se também alguns efeitos da campanha: o Jornal Nacional de sexta-feira, por Moura Guedes, na TVI, já foi; José Manuel Fernandes, director do "Público", também; flui o dinheiro para os oficiosos "Diário de Notícias" e "Jornal de Notícias" do "amigo Oliveira", graças à abundância de publicidade de origem estatal; a Anacom, entidade reguladora da comunicação social, já tem como novo administrador um ex-chefe de gabinete de Sócrates sem qualquer experiência no assunto, que a vai dirigir; o "Público" podia recorrer ao BCP desde que...
É um autêntico regabofe, com muita "rega" e abundante "bofe"!

Mas, se os portugueses querem saber, o Governo não quer que se saiba e até insulta os magistrados de Aveiro, classificando as legais escutas como "espionagem política"! Fê-lo Santos Silva, embora aqui eu admita que, dado o estatuto de trauliteiro de serviço, apenas contribua inimputavelmente para o arruído e gáudio gerais. Mas fê-lo também Vieira da Silva, ministro muito considerado(2), que, por isso, se devia abster de pronunciar atoardas chocantes e propagandísticas, em desrespeito pela separação de poderes e insulto aos magistrados e investigadores que, competente e sigilosamente, exerciam o seu múnus.

Se a tudo acrescentarmos o endividamento e défices, internos e externos, a demagogia e o abraço fatal às empresas, temos a nossa "república das castanhas" a competir realmente com as autênticas "repúblicas das bananas" populistas, como a Venezuela, a Argentina, a Nicarágua, o Equador e a Bolívia.

Como as coisas têm ido, o pouco prestígio de que gozam os políticos arrasta consigo, no descrédito, as instituições de que são suporte, nas quais já poucos confiam.

Ainda bem que nos encontramos num grande útero protector, o da União Europeia, pois, de outro modo, arriscavamo-nos, futuramente, a ouvir de novo as palavras atribuídas ao general Gomes da Costa, no seu pronunciamento em Braga, em 1926 (reconhecem a data?).
"É preciso acabar com esta m….!".


(1) Já quase me tinha esquecido que a palavra significa, em sentido próprio, uma peça de vestuário. Ainda bem que está a chegar o Inverno.
(2) Outra baixa importante é a do ministro das Finanças, um posto crucial que, desde os períodos eleitorais ao orçamento "distributivo", se vem cobrindo de descrédito.
Até me pergunto: Por que será que as duas grandes figuras angariadas pelos governos socialistas de Guterres e Sócrates, respectivamente Sousa Franco e Campos e Cunha, saíram rapidamente a bater com a porta?


Advogado, autor de "Ganhar em Bolsa" (ed. D. Quixote), "Bolsa para Iniciados" e "Crónicas Politicamente Incorrectas" (ed. Presença). fbmatos1943@gmail.com
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28º Troféu das Localidades

Toda a informação disponivel sobre o Troféu para o ano 2009/2010

http://trofeu.desporto.cm-oeiras.pt/

Como não usar uma mascara contra a gripe A

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segunda-feira, 23 de novembro de 2009

Comunicado

Opinião






JN 00h30m

"Ilibação progressiva" devia ser um termo da ciência jurídica em Portugal. Descreve uma tradição das procuradorias-gerais da República. Verifica-se quando o poder cai sob a suspeita pública. Pode definir-se como a reabilitação gradual das reputações escaldadas por fogos que ardem sem se ver porque a justiça é cega. Surge, sempre, a meio de processos, lançando uma atmosfera de dúvida sobre tudo. As "Ilibações" mais famosas são as declarações de Souto Moura sobre alegadas inocências de alegados arguidos em casos de alegada pedofilia. As mais infames, por serem de uma insuportável monotonia, são os avales de bom comportamento cívico do primeiro-ministro que a Procuradoria-Geral da República faz regularmente. Dos protestos verbais de inocência dos arguidos que Souto Moura deu à nossa memória colectiva, Pinto Monteiro evoluiu para certidões lavradas em papel timbrado com selo da República onde exalta a extraordinária circunstância de não haver "elementos probatórios que justifiquem a instauração de procedimento criminal contra o senhor primeiro-ministro". Portanto, pode parecer que sim. Só que não se prova. Ou não se pode provar. Embora possa, de facto e de direito, parecer que sim. Este género de aval oficial de "parem-lá-com-isso-porque-não-conseguimos-provar" já tinha sido feito no "Freeport". Surge agora no princípio do "Face Oculta" com uma variante assinalável. A "Ilibação progressiva" deixou de ser ad hominem para ser abrangente. Desta vez, o procurador-geral da República não só dá a sua caução de abono ao chefe do Governo como a estende a "qualquer outro dos indivíduos mencionados nas certidões", que ficam assim abrangidos por estes cartões de livre-trânsito oficiais que lhes vão permitir dar voltas sucessivas ao jogo do Poder sem nunca ir para a prisão. Portanto, acautelem-se os investigadores e instrutores de província porque os "indivíduos mencionados em certidões" já têm a sua inocência certificada na capital e nada pode continuar como dantes.

Desta vez, nem foi preciso vir um procurador do Eurojust esclarecer a magistratura indígena sobre limites e alcances processuais. Bastou a prata da casa para, num comunicado, de uma vez só, ilibar os visados e condicionar a investigação daqui para a frente. Só fica a questão: que Estado é este em que o chefe do Executivo tem de, com soturna regularidade, ir à Procuradoria pedir uma espécie de registo criminal que descrimine vários episódios de crime público e privado e que acaba sempre com um duvidoso equivalente a "nada consta - até aqui".

Ângelo Correia, nos idos de 80, quando teve a tutela da Administração Interna acabou com a necessidade dos cidadãos terem de apresentar certidões de bom comportamento cívico nos actos públicos. A Procuradoria-Geral da República reabilitou agora estes atestados de boa conduta para certos crimes. São declarações passadas à medida que os crimes vão sendo descobertos, porque é difícil fazer valer um atestado de ilibação progressiva que cubra a "Independente", o "Freeport" e a "Face Oculta". Quando se soube do Inglês Técnico não se sabia o que os ingleses tinham pago pelos flamingos de Alcochete e as faces ainda estavam ocultas. Portanto, o atestado de inocência passado pelo detentor da acção penal, para ser abrangente, teria de conter qualquer coisa do género… "fulano não tem nada a ver com a 'Face Oculta' nem tem nada a ver com o que eventualmente se vier a provar no futuro que careça de qualquer espécie de máscara", o que seria absurdo. Por outro lado, a lei das prerrogativas processuais para titulares de órgãos de soberania do pós-"Casa Pia", devidamente manipulada, tem quase o mesmo efeito silenciador da Justiça.

Combater o desemprego

Opinião






JN 00h30m

A uma má notícia, o aumento do desemprego, sucedeu uma boa notícia, mais uma medida de combate ao desemprego. Basta ler a lista de 18 portugueses que em Conselho de Ministros conquistou o direito a salário, carro e motorista

Onúmero de portugueses desempregados chegou, na semana passada, aos 548 mil, de acordo com as estatísticas oficiais; ou aos 697 mil, de acordo com as estatísticas verdadeiras. Uma subida galopante que vai continuar, dizem os especialistas. Uma descrença sem fundamento, sobretudo quando se observa o esforço do Governo no combate ao flagelo. Ainda esta semana tivemos mais uma prova desse empenho quando foi aprovada, em Conselho de Ministros, uma lista que garantiu salário, carro e motorista a 18 desempregados.

Basta olhar para os nomes dos governadores civis dos 18 distritos para perceber o raciocínio. Isabel Santos, a governadora civil do Porto, ficou desempregada na sequência daquela medida populista que impediu a acumulação de candidaturas a uma autarquia e ao Parlamento. Perdeu em Gondomar, contra Valentim Loureiro. Quando preparava a inscrição no centro de emprego, lado a lado com os operários da Qimonda, da Delphi ou da Rohde, surge a nomeação. Sendo que, segundo a própria, a sua escolha será uma "mais valia" para o concelho de Gondomar. Ignora-se qual possa ser, dada a inutilidade do cargo, mas isso são minudências quando o assunto é sério, como é o caso do combate ao desemprego.

Não é caso único. Em Bragança, por exemplo, o ex-governador civil, Jorge Gomes, aceitou corajosamente abandonar o lugar para lutar por um cargo menor, a presidência da Câmara. O eleitorado não valorizou esse facto, o homem perdeu e isso de ser vereador, sobretudo sem pelouro, é como fazer política sem receber o respectivo salário, ou seja, é para gente sem talento. Uma atitude de tamanha nobreza perante a política só podia ter um desfecho: Jorge Gomes, o ex-governador civil de Bragança, terá como sucessor Jorge Gomes. Ou seja, um caso de lay-off com final feliz.

Mas há mais alguns nomes que merecem destaque. José Mota, o homem que presidiu à Câmara de Espinho durante tantos anos, com reconhecimento nos dois lados do Atlântico, sobretudo no lado de lá. Perdeu a autarquia por meia dúzia de votos, ganhou o Governo Civil de Aveiro. Ou António Galamba, ex-deputado colocado em 20º na lista do PS em Lisboa. Só foram eleitos 19 deputados e ainda por cima ninguém saiu para ministro, nem sequer para secretário de Estado. Uma injustiça agora reparada com o Governo Civil de Lisboa.

E finalmente Sónia Sanfona, mais uma deputada apanhada na armadilha das duplas candidaturas. Protestou contra tudo e contra todos e enquanto o fazia perdeu a Câmara de Alpiarça, que por acaso era do PS. Poderia dizer-se que era caso para despedimento com justa causa. Só que no PS não vigora o Código Laboral. Sónia Sanfona fica com o Governo Civil de Santarém. "Um lugar de grande responsabilidade" que permitirá responder a "desafios estruturantes". Quais, perguntará o leitor? Presidir a reuniões inócuas, passar cheques de pequeno valor às associações columbófilas e receber Moita Flores em audiência. Uma canseira. O que vale é que tem motorista para a levar a casa.

sábado, 21 de novembro de 2009

Cinema no OL

Hoje no OL, vai passar o filme "I love you man" e que está em cartaz há vários anos.

Sinopse:

Dois indivíduos oriundos de classes sociais diferentes, encontram-se por acaso em Oeiras e iniciam uma amizade duradoira. Todas as tentativas de separar os amigos acabam por revelar-se infrutíferas, porque outros valores mais altos se levantavam.

O filme que passou em ante-estreia na TV IOMAF, é agora disponibilizado no OL com entrada gratuita.

Bom filme!

Adivinha

Adivinhem em quantas fotos a oposição xucialista, representada pelo sr. Emanuel Martins, aparece no Boletim Municipal "Oeiras Actual" de Outubro de 2009;

  • 1 foto
  • 5 fotos
  • 12 fotos e meia (por causa do bigode que também conta...)
Gostava mesmo de perceber se, o Partido Xucialista que diz que vai "expulsar os militantes" que nas autárquicas estiveram com os "outros" que não eles, também vai mandar o sr. Emanuel Martins para a rua... claro, após a devida aplicação dos estatutos do partido... (essa lenga-lenga que eles costumam dizer).

Ó ricos, olhem que para este senhor é indiferente dado que já está muito bem empregado...

A corrida do costume


(foto que integra o Boletim Municipal " Oeiras Actual" n.º 198 - Outubro de 2009)

Adivinhem quem são!


Exactamente! É isso mesmo que estão a pensar: 1- O Paulinho, 2- O Xanoca, 3- O Zézinho, "ambos os três" corredores de fundo e sabedores da arte de bem enganar um munícipe incauto.

Reparai como o Xanoca que, embora seja ainda um aprendiz de feiticeiro e conte com um currículo muito aceitável nestas andanças, está visívelmente em esforço para acompanhar os coleguinhas.

Estes três estarolas, mais outros que não ficaram na foto, tudo fizeram para "ajudar" Isaltino Morais, a manter o lugar.

Dois laranjas-esverdengados e um xucialista-liberal, os representantes do "urban trash" a suarem em conjunto. Que lindos! Os bícepes desenvolvidos e trabalhados, os músculos expostos à determinação do esforço e o calor do entusiasmo estampado na t-shirt. Verifica-se que é muito ginásio... muito " Solplay".

São estes momentos doces onde se reproduz a "tolerância do compadrio", que dão ânimo aos munícipes para dizerem que: Tudo isto é triste, tudo isto é fado!

Um ponto é tudo

Uma admirável ministra

DN por Ferreira Fernandes
Hoje


Diz-se que é a maior fraude de sempre no futebol: 174 desafios traficados em campeonatos europeus. Mas não é a maior fraude de sempre no futebol. São 174 roubos, caso a caso: falseavam-se os resultados para se ganhar apostas. Os clubes dos jogos falsificados eram meros instrumentos, perdiam só o jogo, não estavam inseridos numa estratégia, como a do escândalo recente num campeonato italiano todo ele feito para beneficiar a Juventus. Claro que traficar um só jogo também é feio, mas não tem a dimensão mafiosa de traficar um campeonato. O que eu quero dizer é: num mundo de trapaças há que escalar valores. Por outro lado, estes jogos mal jogados por causa do jogo (apostas) foram revelados na semana em que a França vai ao Mundial injustamente. É a mão de Henry igual aos jogos falseados pelas apostas? Não. A mão de Henry foi uma trapaça momentânea (apesar das enormes consequências). Repito, é preciso escalar valores: ele há grandes crimes e ele há menores. Dito isto, ouçamos a ministra francesa Christine Lagarde (da Economia, e, portanto, pouco interessada em arranjar problemas suplementares) sobre esse França-Irlanda: "É necessário repetir o jogo. É triste ganhar com esta batota." Perceberam? As trapaças podem ser pequenas e maiores. Mas com qualquer delas, só isto: não.

Juiz de Aveiro recusa ordem para destruir escutas

Caso 'Face Oculta'

por CARLOS RODRIGUES LIMA
Hoje

António Gomes, juiz de instrução do processo, respondeu ao despacho do presidente do Supremo Tribunal de Justiça, afirmando que Noronha do Nascimento não tem competência para dar ordens para um processo que lhe é alheio. Hoje, o procurador-geral da República vai anunciar qual o destino de mais cinco escutas entre Armando Vara e José Sócrates.

António Costa Gomes, juiz de instrução do processo "Face Oculta", não vai cumprir o despacho do presidente do Supremo Tribunal de Justiça, Noronha do Nascimento, que ordenou a destruição das escutas que envolvem José Sócrates e Armando Vara. O DN sabe que o magistrado de Aveiro já enviou uma resposta ao presidente do Supremo, na qual terá afirmado que o presidente do STJ não tem competência para dar ordens a outro juiz. Contactada pelo DN, a LPM, agência de comunicação que trabalha para o Supremo, apenas disse que Noronha do Nascimento não pretende fazer comentários e prestar declarações sobre o processo.

A argumentação utilizada por António Costa Gomes passará pela tese já defendida publicamente por Manuel da Costa Andrade, professor catedrático de Direito Penal na Universidade de Coimbra. No fundo, o juiz deverá argumentar que o presidente do Supremo não tem competência para interferir nos actos por si praticados, uma vez que - ao contrário do Ministério Público - os juízes não estão integrados numa estrutura hierarquizada. Tal como diz a lei, os juízes são independentes. Os seus actos apenas podem ser sindicados em sede de recurso.

Ou seja, António Costa Gomes poderá contestar a decisão de Noronha do Nascimento que, de acordo com o último comunicado da PGR, ordenou "a destruição de todos os suportes" relativos às conversas. "O presidente do Supremo pode mandar destruir as escutas da certidão. Do processo original, a competência é do juiz de instrução", disse ao DN um juiz desembargador.

O caso das certidões está, como se tem observado, envolvido numa acesa polémica jurídica. A questão central é saber se foi ou não aberto um inquérito-crime. "Se não foi, a decisão do presidente do Supremo nem é nula, é inexistente", afirmou o mesmo magistrado de um tribunal da Relação. "Os actos dos juízes só têm validade nos processos e não em meros expedientes", precisou a mesma fonte. Neste sentido também se pronunciou o professor de Direito Penal Paulo Pinto de Albuquerque, ontem em artigo de opinião. O colunista do DN foi ainda mais longe: "Há dois magistrados no nosso país que fazem um juízo de valor gravíssimo sobre o conteúdo dessas escutas. A questão que qualquer cidadão comum se coloca é a seguinte: como é possível que sejam destruídas escutas que dois magistrados de duas magistraturas distintas entendem indiciarem a prática de um crime gravíssimo pelo primeiro-ministro sem que o povo português conheça o teor dessas escutas?" É mais uma pergunta (esta não jurídica) sem resposta na polémica.

O DN tem questionado a Procuradoria-Geral da República (PGR) se foi ou não aberto um inquérito-crime e se as certidões estão em segredo de justiça, pedindo autorização para consulta das mesmas. Perguntas simples, a que a PGR respondeu desta forma: "Os elementos recebidos não permitem, pela sua natureza, a solicitada cedência para qualquer tipo de consulta".

Para hoje está previsto um comunicado de Pinto Monteiro, que pretende revelar qual o destino de mais cinco escutas telefónicas entre José Sócrates e Armando Vara, que o Ministério Público de Aveiro considerou relevantes do ponto de vista criminal. Recorde-se que o Procurador-geral considerou as primeiras seis escutas sem relevância criminal, ao contrário do defendido pelo procurador do caso "Face Oculta" e do juiz de instrução. Estes eram da opinião que as primeiras conversas entre Armando Vara e José Sócrates indiciavam o crime de atentando contra o Estado de direito, previsto numa lei especial.

Alunos do concelho de Sintra, visitam o IST-Taguspark


http://www.amrad.pt/

Notícias da AMRAD:
Alunos do concelho de Sintra, visitam o IST-Taguspark

sexta-feira, 20 de novembro de 2009

José Rodrigues dos Santos deu tareia a Teixeira dos Santos | FLISCORNO

José Rodrigues dos Santos deu tareia a Teixeira dos Santos FLISCORNO

PS e PSD de acordo


A existência de um acordo entre PS e PSD marcou ontem o debate na Assembleia da República de oito diplomas sobre a avaliação dos professores. Os dois maiores partidos não assumiram o entendimento mas a convergência de posições ficou evidente e, no final do debate, o líder da bancada socialista, Francisco Assis, assumiu que o seu partido "está disposto a não inviabilizar" a proposta do PSD. O acordo, sabe o CM, está a gerar mal-estar no PSD. »»»


quinta-feira, 19 de novembro de 2009

Oeiras: mais de uma centena de árvores cinquentenárias cortadas

Ambiente

Professores, alunos e funcionários queixam-se da medida

Mais de uma centena de árvores cinquentenárias foram cortadas em Setembro na Escola Secundária de Oeiras. A decisão, tomada no âmbito de um projecto de requalificação paisagístico do espaço, está a levantar protestos por parte de professores e alunos.

De acordo com a agência Lusa, o novo projecto prevê a duplicação do espaço verde, em 18 meses, com a plantação de 257 novas árvores e quase 16 mil arbustos e herbáceas, num investimento de 24 mil euros.

«Sempre que faltava alguma coisa no liceu respondiam-nos que não tinham dinheiro. Agora é esta obra megalómana», disse à agência Lusa a professora Helena Simões, um dos docentes que lançou um abaixo-assinado contra o projecto.

«Aquilo de que o liceu precisava era de obras de consolidação do edifício (...) não de novas árvores. O projecto revela uma falta de respeito pelo património e não é educativo. Como é que ensinamos os alunos a terem respeito pelo património?», realçou.

O abaixo-assinado, entregue ao Ministério da Educação, conta com 300 assinaturas de alunos, ex-alunos, professores e funcionários.

A Parque Escolar referiu que estas obras «decorrem em estreita colaboração com a Escola» e que o processo foi «iniciado com a elaboração de um Plano Estratégico, cuja responsabilidade compete à direcção das escolas».

Fonte da Parque Escolar explicou à Lusa que a doença e mal formação de parte das árvores, a expansão do edifício escolar e a existência de espécies invasoras, algumas delas tóxicas, motivaram o abate. A Lusa tentou contactar a direcção da escola, que não se esteve disponível.

Justificações não calam queixas

«Mostrem-nos os relatórios, os estudos, os levantamentos. Nunca cá vimos ninguém. Tem de haver transparência no acesso aos projectos. Uma obra do Estado tem de ser exemplar, definida com transparência e no direito à informação», referiu Helena Simões.

Alguns alunos, contactados pela Lusa junto à Escola, questionaram também a necessidade do abate das árvores, já que «não pareciam estar doentes, nem em risco de queda em cima de nada».

O projecto arquitectónico de requalificação da escola prevê a construção de dois novos campos de jogos, um deles coberto e novos refeitório, cafetaria e laboratório. A biblioteca, as salas de artes e o salão nobre serão «melhorados».

TVi 24

Modelismo Ferroviário

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Mais uma iniciativa que terá lugar dentro em breve no Museu da Carris para assinalar os 10 anos do Museu e que contempla uma exposição de modelismo.

Reguladoras

CM 19 Novembro 2009 - 09h00


Da vida real

As entidades reguladoras têm de ser independentes de partidos políticos, empresas ou Governo.


É suposto certas actividades e respectivos agentes públicos e privados serem regulados/fiscalizados por entidades comummente designadas por reguladoras.

Ora, as entidades reguladoras querem--se independentes do poder político, cuja administração também regulam e fiscalizam. Daí que os seus membros gozem de um conjunto de prerrogativas que supostamente visam garantir a sua total independência.

Recentemente, um membro do gabinete do primeiro-ministro foi nomeado para uma entidade reguladora. Independentemente das qualidades pessoais e profissionais das pessoas que transitam dos gabinetes ministeriais para ‘entidades independentes’, a verdade é que não é a melhor forma de garantir a natureza e características que deveriam ter. É quase impossível ser-se independente do que se foi.

A nomeação de agentes políticos directamente dos gabinetes ministeriais – pelo menos no imediato – para entidades reguladoras é uma má prática e veicula a ideia de colocação das clientelas políticas e partidárias de que as Instituições estão enxameadas.

As reguladoras têm de ser absolutamente independentes de partidos políticos, empresas ou Governo: de outra forma as respectivas actuações estarão sempre sob suspeita. Essa suspeita que, a mais variados títulos, larva hoje pela nossa Sociedade sem dó nem piedade, aliada a uma falta de clareza de procedimentos, que tudo coloca em crise, mesmo quando nada ou quase nada se passa. O desencanto já é tanto, a desconfiança tal, que se criou um juízo prévio negativo sobre as Instituições, valha a verdade que públicas ou privadas. Do meu ponto de vista, apesar de tudo, hoje as perversões conhecem-se, o que não sendo muito, já é um pequeno passo. Pena é que, em Portugal, mesmo quando se importam Instituições de outros países onde até funcionam bem, há logo forma de dar cabo delas.

Em geral, entre nós, as entidades reguladoras estão transformadas em meras extensões da Administração Pública, funcionando mal e de forma lenta. Muito longe do figurino das suas congéneres anglo--saxónicas. Verdade que muitas vezes lhes faltam os meios. Mas essa, como se vê, não é a génese do problema. A génese do problema é a cultura dominante.

Ah, e se a cultura dominante tende a pressionar quem revela e aponta as perversões do sistema, também há muito quem não seja impressionável e muito menos pressionável.

PCP questiona Governo sobre falta de apresentação de rendimentos de José Penedos

Publicação: 18-11-2009 20:01 Última actualização: 18-11-2009 23:38







O PCP questionou hoje o Governo sobre a falta de apresentação de declarações de rendimentos do presidente da REN, José Penedos, junto do Tribunal Constitucional, considerando que o gestor não tem condições para continuar no cargo.

Numa pergunta dirigida ao ministro das Finanças, Teixeira dos Santos, hoje entregue na Assembleia da República, o grupo parlamentar do PCP cita notícias de terça-feira segundo as quais o presidente das Redes Energéticas Nacionais (REN), José Penedos, "designado pelo anterior Governo", não apresentou quaisquer declarações de rendimentos e património nos últimos dez anos.

Segundo o PCP, o responsável não cumpre a lei que obriga os administradores de empresas de capitais públicos ou de economia mista a apresentar estas declarações no prazo de 60 dias contados da data do início das respectivas funções e a renová-las anualmente caso essas funções sejam executivas.

"Perguntamos ao governo como é que avalia esta situação de alguém nomeado pelo governo para gestor de uma empresa de capitais maioritariamente públicos que não cumpre uma lei e o que pensa relativamente à continuação (de José Penedos) como presidente da REN", explicou aos jornalistas o deputado comunista Agostinho Lopes.

Para o PCP, "a confirmar-se esta notícia, o actual presidente da REN não tem condições para continuar à frente da empresa".

Lusa

quarta-feira, 18 de novembro de 2009

Caso "Face Oculta"

Clique na imagem para ampliar

Armando Vara pede a "suspenção" do seu mandato!

Armando Vara, melhor, o Dr. Armando Vara, um turbo-licenciado à pressa na Independente (apenas 2 dias antes de assumir a direcção na CGD), pede a "suspenção" do seu mandato!


No último período desta carta, não há um, mas sim 3 erros a registar: o primeiro, já está referido; o segundo, é "renuncia" que deve levar o respectivo acento agudo; o terceiro, não é "assumpção", mas sim "assunção" que se deve correctamente escrever.
E também: "afectar os seus interesses"? Os interesses do presidente do conselho de administração ou os da instituição?

Via e-mail

Isabel Alçada deixa cair divisão de professores em duas categorias

Educação

Pedro Quedas
18/11/09 06:50


A ministra da Educação entrega hoje aos sindicatos a proposta de calendário negocial para a revisão do estatuto da carreira e da avaliação de desempenho docentes.

O Governo prepara-se para deixar cair a divisão da carreira docente entre professor titular e não titular, naquele que será um dos maiores passos dados pela nova ministra da Educação, Isabel Alçada, no sentido de chegar a um consenso quanto a um novo modelo de avaliação dos professores.

O Diário Económico apurou que esta decisão surge num contexto de aproximação entre a nova ministra e a Federação Nacional dos Sindicatos de Educação (FNE) e será a principal arma do Governo para pacificar um debate que já dura desde a anterior legislatura. A divisão da carreira tem sido, aliás, um dos principais cavalos de batalha dos sindicatos na sua contestação à revisão do Estatuto da Carreira Docente. »»»

terça-feira, 17 de novembro de 2009

Jantar-Mistério


Informamos que o próximo Jantar-Ministério a realizar na Fundição de Oeiras e organizado pela autarquia, é subordinado ao tema "Decadência do Império Oeirense" cabendo ao PCMO o papel de Isaltinius Ceaser.

Embora organizado pelos patrícios ou seja, os chefes tribais do concelho, os plebeus (aqueles que integram a plebe) e os clientes (plebeu associado a um patrono patrício) podem participar desde que vestidos a rigor.

No final actuará o grupo de música da Câmara "Decadentus Musicarum de Oeiras" que vai tocar a obra inédita do compositor Oeirense, Isaltinius Vistasius Luzius, chamada "Partitura para dois chocalhos e um sino".

"Ética republicana"

Opinião






JN 00h11m

Mário Soares considera que tudo o que tem vindo a público relacionado com a investigação criminal do caso "Face Oculta" não passa, enquanto questão política, de um "problema comezinho".

Tenho por aí um dicionário de sinónimos e, por via das dúvidas (as palavras têm ultimamente o péssimo hábito mudar de sentido de um dia para o outro), fui ver se "comezinho" continuaria ainda a significar o mesmo. Pelos vistos, continua: significa "banal", "corriqueiro", "trivial", "usual", "vulgar". É difícil, pois, não estar de acordo com Mário Soares. Um assunto que envolva, como o presente caso, corrupção, tráfico de influências, manipulação de concursos públicos envolvendo trocas de dinheiro e de favores entre gestores de nomeação política e empresários "amigos", e até alegações, sustentadas no despacho de um juiz, de crime de atentado ao Estado de Direito, tornou-se de facto hoje, em Portugal, coisa politicamente "comezinha", "trivial" e "vulgar". Custa a crer é que alguém como Mário Soares, que tão repetidamente convoca a "ética republicana", reconheça isso sem o mínimo sobressalto ético ou republicano.

Armando Vara na vara criminal

Ricardo Araújo Pereira
Quinta-feira, 5 de Nov. de 2009


Que os índices de desenvolvimento estagnem, ou até regridam, não me choca nem surpreende.
É habitual.
Mas que as actividades ilícitas andem, elas próprias, nas ruas da amargura, deixa-me deprimido…
O que se oferece a quem já tem tudo?
Um cheque de 10 mil euros é uma boa hipótese.
Há ofertas que sabem sempre bem, e um cheque de 10 mil euros é simultaneamente prático e elegante.
É elegante por ser, no fundo, uma mensagem escrita num tempo em que as pessoas já não escrevem umas às outras, o que é desde logo comovente.
É prático, porque ninguém se queixa de já ter um igual e, na hipótese remota de não gostar, trata-se de um presente que se pode trocar em qualquer altura.
Nomeadamente, por bens no valor de 10 mil euros.
Dito isto, e por muitos méritos que as hipotéticas ofertas de 10 mil euros possam ter, é forçoso assinalar que o caso Face Oculta embaraça, e de que maneira, José Sócrates e o partido socialista.
Ainda há pouco tempo, figuras importantes do PSD foram enredadas num escândalo que envolvia milhões desviados da banca.
Quando militantes destacados do PS aparecem ligados a crimes, o melhor que conseguem é uma suspeita de pagamento ilícito de 10 mil euros, levado a cabo por um sucateiro.
De um lado, o glamour social-democrata da alta finança, das off-shores, dos grandes grupos económicos; do outro, a falta de estilo do ferro-velho e do lixo.
Estamos perante corrupção pelintra, que é um oximoro difícil de compreender: na origem da corrupção costuma estar a ganância.
Aceitar subornos de 10 mil euros ao mais alto nível é como ser depravado a dar beijinhos na testa.
Quando surgiu, o caso Face Oculta foi justamente recebido por todos com algum entusiasmo, pelo contributo que dava para desenjoar os portugueses dos escândalos do Freeport, do BPN, do BPP e dos submarinos, entre outros.
Era um caso cujo processo seria interessante acompanhar, desde o momento inicial da investigação até ao dia em que, vários anos depois, uma prescrição ou um vício de forma acabe por absolver todos os arguidos menos o mais pequenino.
No entanto, quando começaram a ser conhecidos os pormenores, o caso passou de simpático a aflitivo.
Se se confirma que administradores de grandes bancos recebem 10 mil euros em troca de favores, quanto receberá, hoje em dia, um vereador corrupto, um administrativo gatuno, um vulgar funcionário vigarista?
Eu sou do tempo em que fechar ilegalmente uma marquise custava mais do que 10 mil euros só em luvas.
O que está a acontecer ao meu país?
Que os índices de desenvolvimento estagnem, ou até regridam, não me choca nem surpreende.
É habitual.
Mas que as actividades ilícitas andem, elas próprias, nas ruas da amargura, deixa-me deprimido.
Falhar onde nunca fomos bons não é novidade; fraquejar onde sempre fomos grandes, mói um bocadinho…

APCA - Associação de Protecção aos Cães Abandonados

Bulletin
by Ana Pino


Caros sócios, padrinhos e amigos da APCA,

É com muito prazer que vos endereçamos este convite para o almoço anual da APCA que terá lugar no Centro Cultural de Cascais, no próximo dia 22 de Novembro (Domingo), pelas 13h. O almoço tem um preço por pessoa de €30 e as receitas revertem para os cerca de 200 cães albergados no nosso canil. O convite é extensível aos v/ familiares e amigos.

Teremos um buffet de frios e quentes que será certamente do v/ agrado. Teremos rifas, algumas surpresas e prometemos bom convívio e muita conversa sobre cães, esses nossos grandes amigos.

As inscrições poderão ser feitas por telefone ou email para os seguintes contactos até ao dia 20 de Novembro:

934738758 – 214690075 ou para info@apca.org.pt

segunda-feira, 16 de novembro de 2009

Uma questão de honra

Opinião







JN 00h30m

Mark Felt foi um daqueles príncipes que o sólido ensino superior norte-americano produz com saudável regularidade. Tinha uma licenciatura em Direito de Georgetown e chegou a ser uma alta patente da marinha dos Estados Unidos. Com este formidável equipamento académico desempenhou missões complexas no Pentágono e na CIA.

Durante a guerra do Vietname serviu no Conselho Nacional de Segurança de Henry Kissinger. Acabou como Director Adjunto do equivalente americano à nossa Polícia Judiciária. Durante vários anos foi Director Geral interino do FBI. Foi nesse período que Mark Felt se tornou no Garganta Funda. Muito se tem escrito sobre as motivações de um alto funcionário do aparelho judiciário americano na quebra do segredo de justiça no Watergate. Todo o curriculum de Felt impunha-lhe, instintivamente, a orientação clássica de manter reserva total sobre assuntos do Estado. Hoje é consensual que Mark Felt só pode ter denunciado a traição presidencial de Nixon por uma razão. Para ele, militar e jurista, acabar com o saque da democracia americana era uma questão de honra. Pôr fim a uma presidência corrupta e totalitária era um imperativo constitucional. Felt começou a orientar em segredo os repórteres do Washington Post quando constatou que todo o aparelho de estado americano tinha sido capturado na teia tecida pela Casa Branca de Nixon e que, com as provas a serem destruídas, os assaltos ao multipartidarismo ficariam impunes. A única saída era delegar poder na opinião pública para forçar os vários ramos executivos a cumprir as suas obrigações constitucionais. Estamos a viver em Portugal momentos equiparáveis. Em tudo. Se os mecanismos judiciais ficarem entregues a si próprios, entre pulsões absurdamente garantisticas, infinitas possibilidades dilatórias que se acomodam nos seus meandros e as patéticas lutas de galos, os elementos de prova desaparecem ou são esquecidos. Os delitos ficam impunes e uma classe de prevaricadores calculistas perpetua-se no poder. Face a isto, há quem no sistema judicial esteja consciente destas falhas do Estado e, por uma questão de honra e dever, esteja a fazer chegar à opinião pública elementos concretos e sólidos sobre aquilo que, até aqui, só se sussurrava em surdinas cúmplices. E assim sabe-se o que dizem as escutas e o que dizem as gravações feitas com câmaras ocultas que registam pedidos de subornos colossais. Ficámos a conhecer as estratégias para amordaçar liberdades de informação com dinheiro do Estado. E sabemos tudo isto porque, felizmente, há gente de honra que o dá a conhecer. Por isso, eu confio no Procurador que mandou investigar as conversas de Vara com quem quer que fosse. Fê-lo porque achou que nelas haveria matéria de importância nacional. E há. Confio no Juiz que autorizou as escutas quando detectou indícios de que entre os contactos de Vara havia faces até aqui ocultas com comportamentos intoleráveis. E, infelizmente o digo, confio, sobretudo, em quem com toda a dignidade democrática e grande risco pessoal, tem tomado a difícil decisão de trazer ao conhecimento público indícios de infâmias que, de outro modo, ficariam impunes. A luta que empreenderam, pela rectificação de um sistema que a corrupção e o medo incapacitaram, é muito perigosa. Desejo-lhes boa sorte. Nesta fase, travam a batalha fundamental para a sobrevivência da democracia em Portugal. Têm que continuar a lutar. Até que a oposição cumpra o seu dever e faça cair este governo.

domingo, 15 de novembro de 2009

Casamento abençoado

"Não há divórcio que entre!"

Jantares grátis!


(Carregue nas imagens e espante-se!)
Pública - Jornal Público - 15-11-2009
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