quarta-feira, 25 de novembro de 2009

Educação, autoridade e pilaretes

Não é a primeira vez que refiro este assunto mas considero que se está a resolver problemas graves com procedimentos errados. O cidadão utiliza o espaço público de maneira indevida largando o seu veículo em cima do passeio, demonstrando falta de educação cívica. Mas sabe que não há entidades em número suficiente, nem com ordens que o obriguem a proceder correctamente de imediato, e vai arriscando. Depois com a desculpa que não tem estacionamento juntinho do local onde precisa de ir, sabe que terá alguma compreensão. Também não está nos hábitos movimentar-se pelos próprios pés. Por outro lado a polícia é acusada (muitas vezes injustamente) que só passa multas.

E neste desequilíbrio entre a falta de educação e de autoridade tomou-se o caminho mais fácil: empecilhar as bordas dos passeios. Começaram por colocar, e ainda existem, umas bolas ou uns marcos de pedra e mais recentemente recorreram aos pilaretes. E a moda tem pegado, até por que há quem lucre com a fabricação dos palitinhos mais ou menos grossos, terminando em bolas arredondadas. Gasta-se ferro ou produto semelhante. A paisagem ficou alterada, “modernizada” com tanto pilarete.

Esquecem-se é que em caso de acidente estas barreiras irão dificultar a chegada de socorro. Não seria mais sensato sensibilizar o cidadão para uma correcta utilização do espaço público e, em caso de desrespeito, multar a sério o prevaricador?

Artigo publicado no Correio dos Leitores do Jornal de Oeiras de 24.11.2009

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