
Vivemos num Estado Democrático, onde cada cidadão têm direitos e deveres.
Já Edward Bernstein, um dos percursores da Social Democracia, dizia que "um regime de democracia é um regime feito de compromissos".
A decisão, política, de instalar radares em Lisboa, partiu de uma vontade universal, de homens e mulheres de boa vontade, em reduzir a sinistralidade rodoviária na cidade, num compromisso entre a liberdade individual e a responsabilidade para com os outros, onde as regras têm de ser cumpridas. Fundamental para quem quer viver em sociedade.
Quando falamos de sinistralidade rodoviária, falamos de acidentes por descuido, incidentes por conduta delinquente, destruição de propriedade, engarrafamentos, feridos ligeiros, feridos graves e mortos. É este o cenário actual e que é necessário mudar, dentro e fora das localidades portuguesas.
Os radares têm sido contestados dentro da sociedade civil por quem acha que são mais um instrumento para "encher os cofres do município" mas até agora estes mesmos movimentos de cidadãos não foram capazes de avançar com alternativas concretas que diminuíssem a sinistralidade rodoviária como os radares o fazem, solução universalmente aceite em países por toda a Europa, com uma sinistralidade muito reduzida, com regras que são efectivamente cumpridas. Não, não há direito a perdão quando há comportamentos que põem em risco a vida das pessoas. Por aqui, ainda acham que sim, tal a falta de cultura de segurança que existe entre nós.
Estes movimentos, com uma adesão que só se pode caracterizar como sendo essencialmente populista, apelam à melhoria das infra-estruturas de circulação rodoviária, que levaria os cidadãos, auto-mobilizados, a se deslocarem invariavelmente mais depressa, e não com mais segurança, um facto a que se explica, psicologicamente, como o "mecanismo de compensação" - se as condições actuais já permitem circular a esta velocidade, ao melhorar o pavimento ou a largura da via, então o condutor inconscientemente aumenta a sua velocidade de circulação. Maior velocidade leva a maior sinistralidade derivado dos erros do condutor com consequências claramente mais graves.
Por incrível que pareça, a introdução de ABS e Airbags levou a um aumento da velocidade média em que os acidentes rodoviários ocorriam porque os condutores assumiam que se sentiam mais seguros, ao volante de um carro equipado com este tipo de equipamentos, e assim poderiam circular com maior velocidade. Como resultado, aumentou o número de acidentes, um cenário alterado só quando se tornou regra haver campanhas de prevenção rodoviária aliadas a campanhas de "Tolerância Zero". Na prática, melhorar as condições de circulação rodoviária e diminuir a sinistralidade rodoviária, só se consegue diminuindo a velocidade média de circulação.
Dados recentes comprovam a melhoria de condições de circulação em Lisboa após a instalação dos radares, já de si muito difíceis devido ao intenso tráfego que se faz sentir dentro da capital. Contudo, a avaliação de uma medida destas não se pode fazer num mês, mas compará-las com os dados de anos anteriores. É de supor que o número de automóveis a circular em Lisboa aumente 2% no próximo ano. Contudo, com a diminuição em certas zonas da velocidade de circulação, é previsto uma diminuição até 80% da sinistralidade rodoviária nas vias com radares instalados.
Uma medida destas salva vidas e num melhor cenário, aumenta o fluxo de circulação rodoviária. E sem os radares, colocados em pontos de elevada sinistralidade, vias com passadeira de peões e saídas de túneis, iríamos voltar ao mesmo ou pior.
Se concorda com este raciocínio, escreva um email à Câmara Municipal de Lisboa, ao Departamento de Apoio à Presidência, à Direcção Municipal de Protecção Civil, Segurança e Tráfego ou ao Departamento de Segurança Rodoviária e Tráfego, a pedir que mantenham a fiscalização com radares a 50 km/h para as vias que tenham passadeira de peões, semáforos, túneis, falta de visibilidade e rotundas ou que tenham uma elevada sinistralidade, e que não desistam de lutar por uma Lisboa+Viva.
Já Edward Bernstein, um dos percursores da Social Democracia, dizia que "um regime de democracia é um regime feito de compromissos".
A decisão, política, de instalar radares em Lisboa, partiu de uma vontade universal, de homens e mulheres de boa vontade, em reduzir a sinistralidade rodoviária na cidade, num compromisso entre a liberdade individual e a responsabilidade para com os outros, onde as regras têm de ser cumpridas. Fundamental para quem quer viver em sociedade.
Quando falamos de sinistralidade rodoviária, falamos de acidentes por descuido, incidentes por conduta delinquente, destruição de propriedade, engarrafamentos, feridos ligeiros, feridos graves e mortos. É este o cenário actual e que é necessário mudar, dentro e fora das localidades portuguesas.
Os radares têm sido contestados dentro da sociedade civil por quem acha que são mais um instrumento para "encher os cofres do município" mas até agora estes mesmos movimentos de cidadãos não foram capazes de avançar com alternativas concretas que diminuíssem a sinistralidade rodoviária como os radares o fazem, solução universalmente aceite em países por toda a Europa, com uma sinistralidade muito reduzida, com regras que são efectivamente cumpridas. Não, não há direito a perdão quando há comportamentos que põem em risco a vida das pessoas. Por aqui, ainda acham que sim, tal a falta de cultura de segurança que existe entre nós.
Estes movimentos, com uma adesão que só se pode caracterizar como sendo essencialmente populista, apelam à melhoria das infra-estruturas de circulação rodoviária, que levaria os cidadãos, auto-mobilizados, a se deslocarem invariavelmente mais depressa, e não com mais segurança, um facto a que se explica, psicologicamente, como o "mecanismo de compensação" - se as condições actuais já permitem circular a esta velocidade, ao melhorar o pavimento ou a largura da via, então o condutor inconscientemente aumenta a sua velocidade de circulação. Maior velocidade leva a maior sinistralidade derivado dos erros do condutor com consequências claramente mais graves.
Por incrível que pareça, a introdução de ABS e Airbags levou a um aumento da velocidade média em que os acidentes rodoviários ocorriam porque os condutores assumiam que se sentiam mais seguros, ao volante de um carro equipado com este tipo de equipamentos, e assim poderiam circular com maior velocidade. Como resultado, aumentou o número de acidentes, um cenário alterado só quando se tornou regra haver campanhas de prevenção rodoviária aliadas a campanhas de "Tolerância Zero". Na prática, melhorar as condições de circulação rodoviária e diminuir a sinistralidade rodoviária, só se consegue diminuindo a velocidade média de circulação.
Dados recentes comprovam a melhoria de condições de circulação em Lisboa após a instalação dos radares, já de si muito difíceis devido ao intenso tráfego que se faz sentir dentro da capital. Contudo, a avaliação de uma medida destas não se pode fazer num mês, mas compará-las com os dados de anos anteriores. É de supor que o número de automóveis a circular em Lisboa aumente 2% no próximo ano. Contudo, com a diminuição em certas zonas da velocidade de circulação, é previsto uma diminuição até 80% da sinistralidade rodoviária nas vias com radares instalados.
Uma medida destas salva vidas e num melhor cenário, aumenta o fluxo de circulação rodoviária. E sem os radares, colocados em pontos de elevada sinistralidade, vias com passadeira de peões e saídas de túneis, iríamos voltar ao mesmo ou pior.
Se concorda com este raciocínio, escreva um email à Câmara Municipal de Lisboa, ao Departamento de Apoio à Presidência, à Direcção Municipal de Protecção Civil, Segurança e Tráfego ou ao Departamento de Segurança Rodoviária e Tráfego, a pedir que mantenham a fiscalização com radares a 50 km/h para as vias que tenham passadeira de peões, semáforos, túneis, falta de visibilidade e rotundas ou que tenham uma elevada sinistralidade, e que não desistam de lutar por uma Lisboa+Viva.