2009 – Algés – 30

Obras da Ribeira - Primeiro estiveram a escavar mais o buraco. Depois estiveram a fazer como que umas paredes/margens no leito da ribeira que entra para debaixo do Largo Comandante Augusto Madureira.

Depois fizeram umas 4 placas grandes de cimento na área da margem da ribeira que estava a servir de estacionamento selvagem.

Choveu na 4ª feira e a ribeira, por algumas horas correu cheia de água. Nada, felizmente, aconteceu de especial. Mas têm sido máquinas a chegar e a ir, mais umas pessoas a consertar no fundo do buraco.

Hoje uma máquina muito grande chegou e com ajuda de outra colocaram as 4 placas em cima das paredes/margens formando como que um túnel. As grandes máquinas foram-se embora ao fim da tarde. Agora esperamos que coloquem a terra, depois o alcatrão e que abram esta via ao tráfego que está a fazer muita falta.

1ª foto – a máquina guindaste que movimentou as placas de cimento

2ª foto - a máquina em actuação erguendo uma placa.

Fotos: Clotilde Moreira

A via Longitudinal Norte e a esperteza saloia

Na passada sexta-feira, dia 28 de Agosto, o ainda presidente da Câmara de Oeiras foi inaugurar, acompanhado da sua habitual comitiva, o viaduto sobre a A5 que liga Miraflores a Carnaxide. Preparava-se para, também, “cortar a fita” do primeiro troço (situado entre as duas primeiras rotundas) da VLN na freguesia de Carnaxide.

Entretanto tinha sido avisado que os cidadãos ali residentes iriam tomar as medidas apropriadas para que o embargo desse troço fosse efectivamente cumprido. Para evitar que o citado troço fosse fechado, depois da inauguração, o tal ainda presidente da Câmara mandou vedá-lo à pressa.

E porque é que tinha havido este embargo? Quando as pessoas compraram os andares, a ribeira do Alto de Barronhos ficava a cerca de vinte metros dos prédios. É de referir que, no primeiro inverno, que foi muito chuvoso, não tiveram as garagens inundadas.

Depois de os moradores residirem há cerca de um ano nas casas, a Câmara decidiu desviar e canalizar a ribeira, ficando esta a seis/sete metros dos prédios. A partir de então as garagens passaram a inundar-se, ficando as caixas dos elevadores cheias de lama. Por sorte nunca houve um acidente grave porque os residentes, quando dão conta de chuva intensa, desligam a electricidade. Os cidadãos organizaram-se, contrataram advogados, tendo a Câmara conseguido desviar a ribeira mas não indo a tempo de a canalizar.

Porque motivo a Câmara desviou a ribeira para mais perto das habitações? Assim o troço da VLN pôde ficar mais próximo dos prédios e deixou uma área de terreno maior do outro lado, o que dá jeito ao empreiteiro que, assim, consegue construir uma maior urbanização pois, além dos terrenos de que já é proprietário, a Câmara “ofereceu-lhe” mais um bom bocado.

O Tribunal Administrativo e Fiscal de Sintra já tinha dado ordem à Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional (CCDR) para que obrigasse a Câmara a repor a ribeira na sua posição inicial. Mas o presidente da CCDR, o engº Fonseca Ferreira, “tem-se esquecido” de cumprir a decisão do tribunal. Convém lembrar que o engº Fonseca Ferreira, apesar de ser militante do PS, foi nomeado para a CCDR pelo então ministro do Ambiente – Isaltino de Morais. É mais um exemplo da cooperação entre o PS e o ainda presidente da Câmara de Oeiras.



O Bloco de Esquerda tem feito várias intervenções, tanto na Assembleia Municipal de Oeiras como na Assembleia de Freguesia de Carnaxide mas sem resultados práticos. Foram feitos alguns Requerimentos ao Governo através do Grupo Parlamentar do Bloco de Esquerda, mas sem quaisquer resultados. Continuaremos a denunciar esta situação até que seja resolvida.

Se este troço ainda não foi aberto ao trânsito a responsabilidade cabe, exclusivamente, à Câmara Municipal de Oeiras.


O candidato do Bloco de Esquerda à Assembleia Municipal de Oeiras


Miguel Pinto

Recebido por e-mail com pedido de publicação