INTERVENÇÃO DA COMISSÃO DE TRABALHADORES NA REUNIÃO PÚBLICA DA CÃMARA MUNICIPAL DE OEIRAS
A
COMISSÃO DE TRABALHADORES voltou a intervir numa reunião pública da
Câmara Municipal de Oeiras. O mote foi, uma vez mais, a abertura de um
concurso público internacional para a manutenção dos espaços verdes da
Freguesia de Oeiras (Nascente), que engloba os lugares de Cacilhas,
Figueirinha e Santo Amaro, no valor de 443.440,81€ (quatrocentos e
quarenta e três mil quatrocentos e quarenta euros e oitenta e um
cêntimos), pelo período de 1 ANO. Ao usar da palavra, o Coordenador da
CT vincou claramente que a sua presença, passadas 4 semanas (estivera
ali no dia 24 de Outubro e para falar do mesmo assunto), era para
manifestar a sua oposição ao lançamento do concurso. Referiu que não
entendia como é que a Câmara, com 160/166 jardineiros, não tinha 2
jardineiros para o Parque Urbano Prof. Francisco Caldeira Cabral. E deu
mais exemplos, referindo: "não nos digam que não temos 1 jardineiro para
a Quinta de Santo António, não nos digam que não temos 1 jardineiro
para a Quinta dos 7 Castelos, não nos digam que não temos jardineiros
para os cerca de 40 hectares de jardins históricos e de carácter
patrimonial..." Mais poderia ter referido: não entendemos como não há
jardineiros para a Fábrica da Pólvora de Barcarena, não entendemos como
não há jardineiros para os jardins do Palácio do Marquês de Pombal, não
entendemos como não há jardineiros para o Parque dos Poetas. Referiu
também a questão da inêxistência de instalações para a COMISSÃO DE
TRABALHADORES. Durante a reunião, pública, a CT tomou conhecimento das
dificuldades de tesouraria da OEIRAS VIVA, com cerca de 590.000 euros de
incobráveis referidos a Junho de 2012 e, vergonhoso, SALÁRIOS EM ATRASO
no LEMO, cujos trabalhadores só terão recebido metade do mês de
Setembro, faltando pagar os meses de Outubro e Novembro, segundo o
Administrador Dr. Fernando Facas. Helder Sá, Coordenador da CT, sugeriu
que a Câmara não avançasse com o concurso público para Oeiras Nascente e
que, como contrapartida, esse dinheiro fosse encaminhado para o LEMO
para serem pagos os salários dos trabalhadores e as dívidas a
fornecedores. Manifestou a sua solidariedade para com os trabalhadores
do LEMO. Na sua resposta, o Presidente Isaltino Morais utilizou
linguagem prepotente, colocando na boca do representante da CT palavras
que este nunca referiu, tais como que o nós pretendíamos e o visado em
particular, era que os jardineiros trabalhassem debaixo de chicote, como
escravos, ao que Helder Sá respondeu que o Presidente não podia pôr na
sua boca palavras que nunca proferiu, afirmando mesmo que a sua
intervenção deveria ficar registada em acta, ao que o Presidente
respondeu que ficariam as dele e as do representante da CT. Sobre as
instalações para a CT, o Presidente Isaltino Morais afirmou que estava
em falta, que queria instalar condignamente a CT e que se comprometia na
sua instalação até 15 de Janeiro de 2013. Aguardamos.
1 comentário:
Palmas para a Comissão de Trabalhadores e para o Helder Sá. Não é fácil enfrentar o Presidente da CMO sendo ao mesmo tempo funcionário do Município, e desta vez a CT está coberta de razão, isto de entregar tudo a terceiros em contratos anuais é uma vergonha e antevê precisamente o despedimento de funcionários, com a desculpa de que depois não vão ter nada que fazer...
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