Em 5-6-2011 os
portugueses, com especial empenho dos militantes e simpatizantes do PPD/PSD,
determinaram nas urnas uma solução governativa que se propunha inverter o
processo de degradação económica, financeira e social, em que Portugal tinha
sido arrastado para a bancarrota por 13 anos e meio de políticas socialistas
ruinosas. Parecia cumprido o sonho de Francisco Sá Carneiro: «uma Maioria, um
Governo, um Presidente». Dezassete meses passados, a desilusão é geral: o novo
Governo não cortou com as políticas socialistas.
A situação
do País é gravíssima:
O programa
patriótico não foi realizado: nem a auditoria geral das contas públicas
herdadas do socialismo, nem a responsabilização judicial dos prevaricadores,
nem a limpeza do Estado do pessoal político dirigente socialista, nem avaliação
judicial dos contratos das parcerias público-privadas.
- As finanças do Estado não são reequilibradas.
- A economia deteriora-se: o investimento apaga-se, a falência de empresas aumenta, o desempregonão pára de crescer, o produto interno bruto regride e, enquanto os oligopólios (EDP, PT, GALP, etc.) e bancos são protegidos pelo Estado, as pequenas e médias empresas são sacrificadas com uma carga fiscal incomportável.
- As famílias perdem bem-estar: inúmeras caem na insolvência, muitas perdem a casa, outras são forçadas pela penúria a abandonar o País, quase todas perdem bem-estar e condições de educação e de saúde.
- As autarquias são penalizadas, mas não se eliminam organismos inúteis do Estado, nem subsídios a fundações parasitas.
- O Governo mantém a subserviência do País perante a Alemanha e a submissão dos contribuintes portugueses à política de capitalização de bancos europeus falidos.
O povo está
descontente com o Governo e com o Partido que o lidera: pela falta de combate à
corrupção de Estado, pela austeridade iníqua, que castiga uns e poupa outros,
pela reforma autárquica confusa e pela suspensão da reorganização do Estado,
pela subjugação aos interesses estrangeiros, pela incapacidade de travar a ruína
do País.
Sem mudança
na condução do Partido e do Estado, é de prever que o PSD sofra uma derrota
irremediável nas eleições autárquicas do Outono de 2013, que poderá pôr em
causa a unidade e a subsistência do próprio Partido.
Assim, por
Portugal e pelo Partido, e de acordo com o art.º 14.º e 15.º dos Estatutosdo Partido Social Democrata solicitamos a realização de um Congresso
Extraordinário do PSD, com a seguinte ordem de trabalhos:
1. Avaliação
da situação do País.
2. Destituição
da Comissão Política Nacional (e do seu Presidente) e do Conselho Nacional do
PSD.
3 comentários:
Muito bem!
Não sou militante mas continuo social-democrata e subscrevo na íntegra.
Não gosto de usar a expresão "eu bem vos disse", mas lembram-se dos posts que publiquei na altura das eleições em que estes senhores ganharam, e vocês estavam todos entusiasmados que agora é que o Sócrates se ia embora e acabava a loucura? Pois é, passámos da loucura de gastar sem se ter para a loucura de querer passar fome para poupar... eu bem vos disse!
Caro Oeiras;
Votei num programa de que gostei. Se o autor - ou autores - não cumpriram sequer uma vírgula do mesmo não tenho de que me envergonhar porque fui iludida como milhares de portugueses. Já o sócrates nunca me iludiu porque nunca votei nele.
Em relação a estes que nos desgovernam agora, sinto-me tão defraudada que me desfiliei há largos meses. Eu e muitos outros que partilham do meu sentimento e a prova está aí nos que querem um congresso extraordinário para eleger outro presidente para o PSD.
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