sábado, 16 de fevereiro de 2013

PRIMEIRO FORAM AS EXPORTAÇÕES.





Primeiro eram as exportações


Depois foram os duodécimos


Antes tinham sido os cortes cegos em tudo, salários, pensões,subsídios


A ameaça da austeridade sobre as classes médias foi constante, arrogante, humilhante


As metas e previsões falharam continuamente, mas teimosamente mantiveram-se os mesmos remédios


Sempre, sempre, a austeridadae virtuosa, cada vez mais dura e mais funda e cada vez mais inexplicável e estúpida, amarrada a uma visão puritana de uma mulher que também não ficará na história. Na realidade, tal austeridade só trazia desemprego e mais desemprego. Mais pobreza. Mais emigração. Mais famílias desfeitas. Reformados mais pobres e mais penalizados com filhos e netos que entregam casas e lhes entram da noite para o dia porta adentro. Para sempre.


Estiolou-se como castigo e chibatadas no pelourinho o consumo interno,assustando e gerindo canhestramente todas as expectactivas dos agentes económicos que criavam riqueza sem recurso a importações : classes médias e pequenos empresários e comerciantes foram dizimados.


O que eu vi e venho, há meses, repetindo sobre o motor do crescimento económico, através do consumo interno, teria sido bem melhor do que o estado socialde rotura social, de desemprego, de pobreza e de fome a que chegámos. Mas os génios, sempre os génios, desdenhavam todos os que falavam em espiral recessiva e crescimento do desemprego. Aqui mesmo e na RTP falei disto e, por isso, creio, nunca mais lá voltei. Há 2 meses previ que no final de 2013 o desemprego chegaria a 20% e a recessão a 4%. Consideraram mentira e intoxicação minha a defesa da vantagem de manter e até de fomentar o consumo interno, sobretudo o de bens e serviços portugueses. Optaram por assustar tudo e todos, porque no modelo, no tal genial modelo, estava escrito que as exportações virtuosas iriam comprovar as teorias neo-liberais : matas tudo e deixas meia dúzia de eucaliptos e a floresta explodirá! AM, DB e o FMI escolheram como seu agente em Lisboa VG e juntaram-lhe a mistura explosiva do rapaz deslumbrado com as luzes da cidade e as passadeiras vermelhas e um velho rato que sabia comer o queijo da ratoira sem ficar lá dentro. Esta triade de meteoritos ficará na história de Portugal como um fel demasiado amargo para o povo
Via Facebook

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