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domingo, 22 de fevereiro de 2009

Eles não sabem... nem sonham!

Nas grutas de Leceia sobrevivem duas pessoas na mais extrema forma de exclusão social.

Espelham a privação múltipla em todos os domínios das suas necessidades básicas.

Espelham a perda de identidade social e do sentimento de pertença à sociedade.

Espelham a descrença na capacidade de ultrapassar a situação.

Espelham o conformismo e a ruptura dos laços familiares e afectivos.

Espelham um nível de aspirações tão baixo, que o sonho se reduz a que a CMO lhes permita nas próprias grutas, fazer umas paredes, a que chamariam casa.

Espelha até a insensibilidade social dos políticos destes país, e deste concelho.

Vejam os 11 minutos da reportagem e lembrem-se que a cidadania não se resume a votar de 4 em 4 anos. Construir a cidadania é construir novas relações e consciências. É no quotidiano que exercitamos a nossa cidadania, através das relações que estabelecemos com os outros, com a coisa pública e o próprio meio ambiente. A cidadania é sinónimo de solidariedade, democracia, direitos humanos, ecologia, e acima de tudo ética.

E já que há fanfarronices na praça... Recordar não faz mal...


domingo, 24 de agosto de 2008

Segurança

Este país parece o Farwest. Ouço as notícias e mesmo tentando relativizar não consigo.

Quando ouvi que num assalto a uma carrinha de valores se utilizaram explosivos ... fiquei a pensar. Desde logo, que os políticos em especial o sr. Sousa, estão muito calados. Estes senhores não sabem o que querem e como.

Estes senhores deixaram que áreas fundamentais que o Estado devia assegurar com competência, como a Justiça, Segurança, Educação, por exemplo, se tenham degradado à conta de uma visão economicista do serviço público.

Vou dar uma exemplo singelo. A iluminação urbana. Quantas ruas nós passamos e estão literalmente às escuras. As lâmpadas fundiram-se e demoram meses ou anos a serem substituídas; os candeeiros públicos são escolhidos em função de um gosto estético e não em função do cumprimento de uma necessidade - Iluminar.

Vá digam lá que isso pertence à autarquia. Pois pertence. Mas tanto os autarcas como o poder central não percebem que a segurança começa na proximidade com o cidadão.

É pequeno o exemplo, propositadamente mas... a segurança faz-se também de gestos pequeninos.

E faz-se com o exercício da minha cidadania isto é, obrigá-los a estar ao serviço do cidadão, exigindo a definição de prioridades desde as mais pequeninas às mais complexas. E não me venham dizer que não tenho capacidade para escolher o mais competente para a função.


Eu não abdico da minha cidadania.