Há
anos uns empresários empreendedores, congregaram interesses vários, convidaram
uns cantores e bandas apelativas e resolveram fazer umas festas pelo País fora
e ganharem uns euros e renome. Implantaram-se os Festivais onde, principalmente
os jovens, ouvem as bandas da moda.
Também
aqui, perto da cidade havia (e ainda há) um terreno muito atractivo que tem
sido assunto de disputas entre várias entidades que, de vez enquanto, vão
falando em grandes projectos para ele, embora alguns digam que surgiu de um
aterro menos legal.
E lá
surgiu um Promotor que congregando importantes patrocinadores tem trazido
“sucessos” musicais nacionais e internacionais (?) para esta zona,
além de muita confusão de trânsito e barulho para as gentes que por perto
vivem. E como todos devem participar pede, às entidades locais, apoio logístico
na desmatação do recinto, preparação e limpeza do terreno, recolha de lixo,
electricidade, segurança… que custam dinheiro, mais licenças e mais um
apoio mesmo monetário. E claro também dá contrapartidas entre outras em
bilhetes, o Logo e o nome difundido pelo estrangeiro. E durante um
fim-de-semana haverá diversificação cultural, internacionalização da Grande
Lisboa com mais de oito mil turistas e até há quem defenda que poderá ser um
dos eventos-alavanca para nos projectar no estrangeiro.
Tudo
somado ainda serão uns bons milhares de Euros que as entidades locais irão
entregar e, dada a escassez de meios com que todos lutamos, esta opção irá
reflectir-se certamente no corte de apoios com que algumas colectividades
sobrevivem. Ah! mas são eventos internacionais!
Maria Clotilde Moreira / Algés
Artigo publicado hoje no Jornal de Oeiras
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