O calor continua e o movimento na baixa de Algés é menor; o Mercado também tem mais bancas sem ninguém. Há menos carros mas continuam a estacionar nas curvas sem que as autoridades actuem. Há mais lojas fechadas. Tempos de férias e também de crise.
E neste calor as baratas saltaram para a rua. Parece que os Serviços já deviam ter actuado mais cedo mas na semana passada ao sentirem o insecticida saíram pelas sarjetas e andaram a passear pela rua provocando algum desconforto. Os moradores lá foram matando as mais atrevidas que queriam subir pelas paredes. Também se tem visto pombos mortos que parece não aguentarem o calor. E a ribeira, como de costume, também tem tido o seu mau cheiro característico.
Mas o que está preocupando todos é que “a coisa aqui tá preta” como diz a canção do Chico Buarque. O Comércio mesmo com preços de saldo não vende. As noticias com que nos martelam os dias são assustadoras: vai haver mais desemprego porque são ordens do estrangeiro. Conversa-se a incoerência destas medidas e apontam-se pequenos exemplos: porque não se preenchem as faltas de pessoal que sabemos que há nas escolas? Porque se aumenta o número de alunos por turma e se manda embora professores? Porquê? Porquê? E todos têm um caso para contar de serviços que têm falta de pessoal.
Depois fala-se dos impostos que vêm travar as compras levando, portanto, a que o comércio morra mais depressa mas há já um bom número de amigos, das conversas de fim de dia, que estão jurando que vão ajudar o País comprando apenas o que é nosso para que os nossos euros não sejam para pagar as importações. Vamos assim vivendo este tempo de férias.
Maria Clotilde Moreira
Artigo publicado hoje no Correio dos leitores do JO.
E neste calor as baratas saltaram para a rua. Parece que os Serviços já deviam ter actuado mais cedo mas na semana passada ao sentirem o insecticida saíram pelas sarjetas e andaram a passear pela rua provocando algum desconforto. Os moradores lá foram matando as mais atrevidas que queriam subir pelas paredes. Também se tem visto pombos mortos que parece não aguentarem o calor. E a ribeira, como de costume, também tem tido o seu mau cheiro característico.
Mas o que está preocupando todos é que “a coisa aqui tá preta” como diz a canção do Chico Buarque. O Comércio mesmo com preços de saldo não vende. As noticias com que nos martelam os dias são assustadoras: vai haver mais desemprego porque são ordens do estrangeiro. Conversa-se a incoerência destas medidas e apontam-se pequenos exemplos: porque não se preenchem as faltas de pessoal que sabemos que há nas escolas? Porque se aumenta o número de alunos por turma e se manda embora professores? Porquê? Porquê? E todos têm um caso para contar de serviços que têm falta de pessoal.
Depois fala-se dos impostos que vêm travar as compras levando, portanto, a que o comércio morra mais depressa mas há já um bom número de amigos, das conversas de fim de dia, que estão jurando que vão ajudar o País comprando apenas o que é nosso para que os nossos euros não sejam para pagar as importações. Vamos assim vivendo este tempo de férias.
Maria Clotilde Moreira
Artigo publicado hoje no Correio dos leitores do JO.
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