Muitas escolas não têm pessoal auxiliar necessário para acompanhar correctamente os alunos e só quando acontecem acidentes todos falam mas não resolvem o problema. Também muito do trabalho administrativo das escolas é feito pelos professores tirando a estes forças e tempo para melhor se dedicarem ao ensino. O mau dimensionamento dos quadros de pessoal ao nível de atendimento em muitos Serviços Públicos, desespera os utentes, cansa os trabalhadores e cria o descrédito nas entidades oficiais chegando mesmo a privar as populações de serviços essenciais em vilas e aldeias.
Mas parece que há excesso de estruturas que acolhem praticamente só chefias e assessores com boas remunerações mascaradas de fundações e parcerias e outras designações, que talvez, essas sim, pudessem ser reestruturadas incluindo os vencimentos e mordomias que auferem. Com estas poupanças seria possível termos os quadros de pessoal da função pública preenchidos assegurando um mais eficiente serviço público. E até contribuir para baixar o desemprego, permitindo que mais famílias tenham rendimentos que possibilitem comprar produtos portugueses e cumprir os apelos dos governantes nesta matéria.
Maria Clotilde Moreira
Publicado hoje no Correio dos Leitores do JO