"Os
factos batem sempre à porta de quem os ignora, e foi isso que aconteceu
na última semana, mas os responsáveis são os políticos e não os
tecnocratas se os deixam à solta.
Que "os de baixo já não querem" é
uma evidência, mas quem criou esta situação não foram os números de
Gaspar, mas a política de Passos Coelho, o continuado e sistemático
desprezo pela realidade a favor de meia dúzia de ideias simples e
erradas que cobrem os exercícios de Excel dos tecnocratas por um
programa em que as "empresas" são boas e os trabalhadores são maus, os
diligentes empreendedores querem "democracia económica" sem direitos e
os "piegas" querem manter prebendas a que chamam direitos. Desde o
primeiro dia até à Nini cantada, Passos Coelho deu lições de moral que
eram a preto, o que as de Louçã eram a branco. Só que Passos manda e
Louçã não. E a mistura de ignorância, ideias feitas, incompetência e
completa falta de sentido de justiça, e de empatia pela dor alheia, veio
desaguar na TSU, como se fosse uma colectiva bofetada na esmagadora
maioria dos portugueses. E eles são cristãos, mas não gostam. E estão
agora a retribuir."
JOSÉ PACHECO PEREIRA, in Público Comunicação
Via FB
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