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segunda-feira, 28 de agosto de 2006
ATENÇÃO - parquímetros na Estação de Oeiras
Assim funciona o PODER em Portugal... e pelos vistos também em Oeiras... o que não me admira mesmo nada...
Uma grande parte da população está de férias, algures, gozando um merecido descanso e provavelmente procurando esquecer os problemas dos últimos tempos, num esforço quiça inglório de voltar e encontrar uma situação um pouco melhor que aquela que deixou para trás. Poderia dizer "Pobres ingénuos", mas "A esperança é a última a morrer".
Estes nossos Munícipes, quando voltarem, com as suas fotografias e vídeos, estórias das férias, dos passeios, dos petiscos, das banhocas e etecéteras, preparados - preparados!? - para enfrentar mais um ano de dificuldades e problemas, vão ter uma GRANDE surpresa que lhes foi preparada pela autarquia.
Não, não falo duma recepção, uma quermesse com sardinhada e foguetório a comemorar o regresso dos viajantes.
Falo duma surpresa MESMO, mas desagradável.
Todos aqueles que trabalham fora de Oeiras e que se habituaram a deslocar-se para a Estação de Oeiras de carro, para depois seguirem de comboio para os seus destinos, é melhor começarem a fazer contas à vida, pois os (poucos) lugares de estacionamento disponíveis passaram agora a estar equipados com PARQUÍMETROS!
Concretamente os dois parques de estacionamento da Av. Infante D. Henrique, no lado sul da estação, logo acima dos quiosques. Por enquanto só reparei nestes mas não me admira que outros estejam em preparação.
Estamos a falar de estacionamento por longos períodos e não de um estacionamento temporário por um pequeno período de tempo.
A autarquia, em vez de cumprir a sua obrigação, que seria criar parqueamento para quem não tem outra alternativa, limita o mesmo com a colocação de parquímetros. Criando uma situação absolutamente incontornável pois ficam os automobilistas sem qualquer alternativa. Tal vai a ganância em Oeiras!
Por falar em alternativas, se... SE - repare-se no destaque -, se existisse um serviço de transportes públicos verdadeiramente eficaz em Oeiras, esta atitude da autarquia seria perfeitamente compreensível e aceitável. "Quem quer ir de carro, paga". Mas a realidade é outra. Os transportes públicos são uma NÓDOA. Há uma grande falta de carreiras, as que existem andam sistematicamente atrasadas, outras nem são efectuadas sabe-se lá porquê, as camionetas são, no mínimo, um nojo por falta duma boa manutenção, algumas estão constantemente a 'ficar pelo caminho' devido a avarias (é o que dá comprarem material em segunda-mão), etc.
Pensemos que existem centenas ou milhares de Munícipes que não têm outra alternativa que não seja usarem o carro. Por exemplo, pessoas que vivem em locais pessimamente servidos de camionetas. Já para não falar dos deficientes. Ou aqueles que têm empregos em que os horários os fazem chegar à estação a horas a que já não há camionetas.
É certo que o estacionamento nas artérias limítrofes da estação de Oeiras é caótico, com carros por cima dos passeios, a aproveitarem todos os 'buraquinhos'. Mas esta não é certamente a melhor solução.
E agora, depois dos parquímetros? Virão os bloqueadores de rodas e virá a 'caça à multa' a todos os que não estacionarem dentro dos parques (com parquímetros)?
Diz o bom senso que se deveria começar por criar bons e eficazes transportes públicos. Esse seria o caminho para numa segunda fase convencer as pessoas das vantagens de os usarem. E assim desmotivar os cidadãos do uso do automóvel.
Mas não. Faz-se exactamente o contrário. Cria-se uma situação incontornável que vai obrigar os Munícipes a gastar dinheiro.
Como dizia o cómico brasileiro: "Estão mexendo no meu bolso!"
Muito provavelmente em breve voltaremos a este assunto.
imagem: © cv comunicação visual
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18 comentários:
Esta é mesmo uma jogada muito suja, as pessoas tem que ter lugares para estacionar, senão vejamos pode-se até chegar ao limite de que sai mais barato levar o carro para lisboa do que o deixar na estação de oeiras... Politica de transportes? politica de interfaces? politicas ambientais, isto é vergonhoso...
Como dizia alguém na Antena 1 aqui há uns tempos, contratem um primeiro-ministro estrangeiro para vir governar isto. Um contrato milionário com um gestor finlandês ou sueco, por exemplo.
Já agora, façam o mesmo com os Presidentes de Câmara.
Caro Jonas,
E ainda não falámos de porem parquímetros em zonas residenciais, onde não existem nem comércio nem serviços.
Ou seja, se eu fizer um jantar com amigos e familiares que tenham que se deslocar de carro, eles têm que pagar o estacionamento... né!?
Há nisto contornos que configuram, sobretudo, uma tremenda falta de ética e de bom senso!
Abraço,
Caro Anonymous,
Não deixa de ser uma ideia. :)
Mas acho que o que é importante é os Munícipes não cruzarem os braços e manifestarem a sua indignação contra mais este atentado aos seus direitos (feito de forma traiçoeira, recordo), porque é de direitos que estamos a falar.
A autarquia tem a obrigação e a responsabilidade de proporcionar estacionamento - gratuito, fácil e acessível - aos seus Munícipes.
Ninguém escolhe ser deficiente e depender de um carro para se deslocar para a Estação, p.ex.
Não sou nem arquitecto nem engenheiro, sou um simples designer. Mas coloco uma sugestão. Porque não usar aquele Picadeiro que não serve para nada, a não ser durante meia dúzia de dias nas Festas do Concelho para lá colocarem o palco, para nele construirem um gigantesco silo de estacionamento automóvel?
Não me parece impossível e poderia ser um interessante projecto arquitectónico. Até poderia ter um acesso directo à Estação, subterrâneo ou aéreo, conforme as possibilidades geológicas. O palco das Festas... faziam como fizeram há dias com as bandas dos "Morangos..." Colocavam-no na praia, o que até era bem mais agradável para os espectáculos à noite.
Enfim, estou em crer que com boas ideias, bom senso e esforço se conseguem encontrar boas soluções que não colidam com os interesses e direitos dos Munícipes.
Cumprimentos,
Nessa zona há-de ficar muito melhor um belo prédio de habitação, que há-de render uns milhões à Câmara e aos bolsos de alguém... estacionamento gratuito construído de raiz pela CMO? Isso é ficção, já deixou de acontecer há muito tempo.
Façam uma coisa: vão aos arredores das grandes cidades europeias, como Paris, Londres, Bruxelas, Berlim, e vejam se nas vilas periféricas dessas cidades o estacionamento é taxado como cá.
Só as ideias más é que são copiadas.
Uma sugestão: tal como fazem os alunos do Instituto Superior Técnico ao estacionamento taxado à sua porta, todos os dias aquelas máquinas se encontram avariadas. Ele é pastilhas elásticas, super-cola... tudo para dentro da ranhura das moedas.
Hão-de ter tanto prejuízo a arranjar as máquinas que acabarão por desistir de arranjá-las.
Os Oeirenses estão a ter o que merecem pois foi a freguesia de Oeiras das que mais votou no helvético. Há que sustentar as viagens que o bicho anda a fazer à nossa conta. Agora foi para a Malásia.
Com que então queriam o regresso do moveoeiras? Então iam ter transportes mais baratos? Tomem lá parquímetros para aprenderem! Não se esqueçam da próxima votem em mim e no meu bombo e no meu autocarro e nos gajos que me deram o dinheiro para fazer a campanha.
PS O el corte inglês garante um novo centro comercial sabem onde vai ser?
Aquele abraço do
HELVÉTICO
Há que arrebentar com essa pouca vergonha!!
Antonio Bento, um democrata ao serviço da comunidade
Meus Caros,
Como é evidente não posso subscrever aqui acções violentas que tenham como objectivo danificar equipamentos.
Seria o mesmo que para protestar contra os transportes públicos, andar de noite a destruir os abrigos instalados nas paragens.
A generalidade dos equipamentos são pagos, directa ou indirectamente, com o dinheiro dos contribuintes e actos de vandalismo apenas prejudicam estes mesmos.
Compreendo, no entanto, a indignação que leva a proferir o desejo íntimo de que os equipamentos sejam 'varridos' da face do planeta!
Mas temos que ter calma e ser ponderados. Há diversos e múltiplos caminhos possíveis para mostrarmos a nossa indignação e protestarmos e, mesmo, exigirmos a remoção daqueles equipamentos.
Por exemplo, movimentos auto-mobilizados de cidadãos que protestem junto das entidads competentes, através de abaixo-assinados, e façam manifestações públicas.
Estou a ter uma ideia para uma forma de protesto possível:
Levarem-se 'montes' de viaturas, p.ex., para a Estação ou para o largo em frente da CMO e inexplicavelmente as mesmas avariarem-se todas em simultâneo... (é só uma ideia dum criativo habituado à obrigação de ter ideias e que acredita em coincidências...)
Cumprimentos,
Realmente, não poderia concordar mais com o q aqui foi escrito... O estacionamento é um sério problema, de algumas cidades, entre elas Oeiras, Lx, etc e tal... Mas, é engraçado ver q em muitas cidades europeias, com uma população pendular diária muitíssimo superior aos meros 2 milhões de Lx, não existem tantos problemas de trânsito como por estas terras.. pq será??? Alguém me pode explicar???
E, gostava de acrescentar q, em Algés, tb foram colocados parquímetros... heheeh... Q maravilha... Sempre quero ver onde se vão estacionar os carritos... Os moradores podem requerer isenção de pagamento, deslocando-se algures e recolhendo o dito "selo"... Agora e as visitas, os amigos, os familiares?? Toca a colocar a moedinha?? Ou um cadito de cola?!?!? :S
Abraços e desculpem a ausência
Olá MoonWolf,
Bom regresso ao O.L.
Parece que foi toda a gente de férias e deixaram-me por cá sozinho... :)
De há uns tempos a esta parte apenas eu tenho publicado algumas matérias.
As perguntas, não as sei responder. Ou talvez saiba... para mim tudo tem a ver com hipocrisia e incompetência.
Ninguém está disposto a verdadeiramente resolver os problemas de forma satisfatória para as populações. Querem é 'encher os bolsos'...
Nesta questão dos parquímetros, estou para ver onde vai parar...
Para já, do lado mar, quase todas as artérias e parques próximos da estação, até ao quartel, os têm. Incluíndo as longínquas Av. D. João I (tribunal), R. Alexandre Herculano (traseiras do tribunal) e um troço da R. Infante Santo (só de habitação).
Será que vão continuar por ali fora? Pôr parquímetros até ao Bugio? E também pelo lado terra? Talvez até à Serra da Estrela?
Cumprimentos,
Hoje, as zonas de estacionamento pago estavam vazias. Mas, a Av.Inf. D. Henrique estava cheia de automóveis estacionados abusivamente no passeio. As passoas defendem-se como podem. Não demorarão a vir colocar os pilaretes. É ridículo!
Hoje, as zonas de estacionamento pago estavam vazias. Mas, a Av.Inf. D. Henrique estava cheia de automóveis estacionados abusivamente no passeio. As passoas defendem-se como podem. Não demorarão a vir colocar os pilaretes. É ridículo!
Olá tbt,
É uma boa informação (obrigado) e uma opinião/previsão que me parece correctíssima.
A partir de agora todo o buraquinho não pago vai servir para estacionar o carro, com o consequente caos.
E não me admira que comecem a surgir os casos de dupla fila e coisas assim.
Claro que a fase seguinte vão ser os pilaretes, para 'obrigar' os condutores a usarem os parques (ou a deixarem os carros em casa e usarem a porcaria de transportes públicos que temos no concelho...)
Apareça sempre,
p.s.: quando ontem passei no parque recém-'parquimetrado' da Av. Infante D. Henrique, encostado ao paredão, reparei não só nisso que refere mas que o mesmo estava ocupado apenas por uns 2 ou 3 carros, todos topo de gama... gente que pode pagar...
Cumprimentos,
Sempre julguei que a taxação de estacionamento devia ter um objectivo estratégico. Por exemplo, desincentivar permanências de longa duração, em locais específicos como centros de comércio e serviços, que tiram partido da facilidade de estacionamento.
Parqueamento por tempos curtos, traz maior fluidez, maior probabilidade de parquear a qualquer hora do dia, maiores hipóteses de acesso a cidadãos deficientes.
O automóvel tornou-se indispensável. As cidades só puderam crescer na sequência do desenvolvimento dos transportes. A vida moderna, na cidade moderna, pressupõe sempre deslocações, não passíveis de serem percorridas a pé.
Estacionar é uma evidente necessidade. É um direito.
Taxar uma necessidade, um direito, só é aceitável, se pretender disciplinar um uso, salvaguardando mais direitos. Como o exemplo que descrevi.
Taxar com o simples objectivo de buscar financiamentos, e duma forma que contraria outras estratégias, como o incentivo ao uso de transportes públicos, passa-nos a imagem de uma autarquia, desgovernada, descapitalizada, e desesperada.
Vejo aproximar-se o dia em que teremos um contador em cada narina. E como Oeiras esta sempre “mais à frente”, já vejo a CMO a distribui os “contadores nasais” e obrigar os cidadãos ao seu uso, assim que passem a estação de Algés.
Olá tbt,
Subscrevo inteiramente o que diz.
Parece-me uma opinião bastante abalizada e bem fundamentada.
Hoje passei, uma vez mais, perto dos parques aqui citados e reparei de novo que estavam 'às moscas'...
Duvido que a situação se altere a curto prazo.
Cumprimentos,
Isto é produto da chuliçe desenfreada da Camara. É a democracia que nós temos ,essa medida não vai afectar o gajo do papel que vai para Lisboa coçar os tomates no seu cargo e passar o tempo a ver mulher boa ou outro entretem, vai penalizar o pessoal de trabalho cujo transporte público não funciona e que usa o automóvel para transfer até apanhar o comboio . a nossa democracia hoje em dia é para o rico os outros são coisas que servem para fomentar os desastres causados pela inconpetencia dos governos de idiotas que temos tido
Será que nao sabem que os parquimetros sao da EMEL e nao da Camara? O Estado autorizou esses "cabrones" a colocar parquimetros onde quisessem e fazerem dinheiro com isso em troca de absolutamente serviço nenhum, em troca de NADA! Pois é, temos que nos aguentar com estas injustiças, senao somos multados... é mesmo muito injusto! e eu ainda ontem, em paço de arcos, tentei estacionar perto do pingo doce, mas akilo estava tao minado de parquimetros, e eu apenas com uma nota de 5 euros, resolvi ir ao Oeiras Parque, Continente, fazer as minhas comprinhas.... So a EMEL beneficia com isso!
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