segunda-feira, 2 de agosto de 2010

PAUSA




Enquanto não vem o bom senso a este País de calores gastemos alguns minutos olhando as amoras e lendo as belas palavras de Sophia






AS AMORAS



O meu país sabe as amoras bravas
no verão.
Ninguém ignora que não é grande,
nem inteligente, nem elegante o meu país,
mas tem esta voz doce
de quem acorda cedo para cantar nas silvas.
Raramente falei do meu país, talvez
nem goste dele, mas quando um amigo
me traz amoras bravas
os seus muros parecem-me brancos,
reparo que também no meu país o céu é azul.

Sophia de Mello Breyner Andresen

7 comentários:

Isabel Magalhães disse...

Clo;

Sophia SEMPRE!


(Uma taça cheia de amoras também vinha a calhar!) ;)

Abraço

I.

Afonso de Melo e Cunha disse...

OS EUROS



O meu concelho sabe a maços de euros
no verão.
Ninguém ignora que não é grande,
nem inteligente, nem elegante o meu concelho,
mas tem esta voz doce
de quem acorda cedo para cantar nos bancos suiços.
Raramente falei do meu concelho, talvez
nem goste dele, mas quando um amigo
me traz maços de euros frescos
os seus muros parecem-me brancos,
reparo que também no meu concelho o céu é azul.

Isaltino Morales

(desculpa... Sophia)

Isabel Magalhães disse...

Tem música! ;)

Al Cardoso disse...

Mas as amoras se forem silvestres e apanhadas das silvas da minha terra,(Fornos) D'Algodres saber-me-iam ainda melhor!

Lindo poema, Sophia sempre!

Um abraco dalgodrense, para Oeiras e suas gentes.

Viva o Rei.

Clotilde Moreira disse...

al cardoso

Gostei de saber que em Fornos d'Algodres há amoras saborosas. Uma vez já disse que a minha família materna tem raizes em Casal Vasco.

Clotilde

Helder Sá disse...

D. Clotilde: dentro de dias passarei por Casal Vasco. Quando vou de Penalva para Fornos faço questão de passar por ali.

Isabel Magalhães disse...

al cardoso;

Um abraço de Linda-a-Velha.

IM