Alguns pingos de recordações
Lixo = a restos da cozinha o chamado “orgânico” (quem tinha quintal com capoeiras, este lixo era muito reduzido pois aproveitava-se parte para alimentação dos animais)
* Por volta de 1944 na Rua Costa Pinto em Paço de Arcos, Concelho de Oeiras cada morador tinha um caixote de madeira onde punha o lixo
e que à noite era colocado na entrada da porta do prédio uns em cima dos outros, conforme o espaço disponível.
Depois pela manhã vinha uma carroça recolher o lixo
O condutor da carroça ia parando na entrada dos prédios, tinha umas falas para o cavalo parar, depois despejava um a um os caixotes para dentro da carroça e com outras falas fazia o cavalo andar.
A carroça foi mais tarde substituída por uma camioneta.
As garrafas, trapos e algum cartão era “recolhido” por umas mulheres que andavam pelas ruas a “apregoar “ - quem tem trapos ou garrafas que queira vender – e por uns tostões levavam este tipo de lixo. Havia o ferro-velho a quem se vendiam móveis e outras coisas que iam sobrando nas nossas remodelações.
* Por volta de 1964, em Algés e como já havia sacos de plástico, o lixo era posto na borda do passeio, à noite, em sacos, ou embrulhado em jornais que os homens das camionetas recolhiam e também alguns moradores deixam em baldes ou outros recipientes que depois recolhiam quando a camioneta passava. Depois vinham os varredores e limpavam o resto.
* A seguir a 1974, aqui na baixa de Algés lembro-me de haver um problema qualquer com a recolha e, o caos de lixo acumulado nas bermas dos passeios era tal, que os bombeiros vieram vigiar umas queimas feitas pelos moradores.
Nota: Às vezes faz bem recordar, apesar de se tratar de lixo … é que já nesse tempo havia a recolha porta a porta da rua, claro.
Imagens: da net
Lixo = a restos da cozinha o chamado “orgânico” (quem tinha quintal com capoeiras, este lixo era muito reduzido pois aproveitava-se parte para alimentação dos animais)
* Por volta de 1944 na Rua Costa Pinto em Paço de Arcos, Concelho de Oeiras cada morador tinha um caixote de madeira onde punha o lixo
e que à noite era colocado na entrada da porta do prédio uns em cima dos outros, conforme o espaço disponível.
Depois pela manhã vinha uma carroça recolher o lixo
O condutor da carroça ia parando na entrada dos prédios, tinha umas falas para o cavalo parar, depois despejava um a um os caixotes para dentro da carroça e com outras falas fazia o cavalo andar.
A carroça foi mais tarde substituída por uma camioneta.
As garrafas, trapos e algum cartão era “recolhido” por umas mulheres que andavam pelas ruas a “apregoar “ - quem tem trapos ou garrafas que queira vender – e por uns tostões levavam este tipo de lixo. Havia o ferro-velho a quem se vendiam móveis e outras coisas que iam sobrando nas nossas remodelações.
* Por volta de 1964, em Algés e como já havia sacos de plástico, o lixo era posto na borda do passeio, à noite, em sacos, ou embrulhado em jornais que os homens das camionetas recolhiam e também alguns moradores deixam em baldes ou outros recipientes que depois recolhiam quando a camioneta passava. Depois vinham os varredores e limpavam o resto.
* A seguir a 1974, aqui na baixa de Algés lembro-me de haver um problema qualquer com a recolha e, o caos de lixo acumulado nas bermas dos passeios era tal, que os bombeiros vieram vigiar umas queimas feitas pelos moradores.
Nota: Às vezes faz bem recordar, apesar de se tratar de lixo … é que já nesse tempo havia a recolha porta a porta da rua, claro.
Imagens: da net
5 comentários:
Clotilde;
Muito bom este seu artigo.
Gostei de recordar e de aprender.
Obrigada.
Olá Clotilde;
Gostei de a rever no debate sobre a Recolha de RSU realizado em Queijas.
Não há verdades absolutas sobre o tema. Tenho para mim, que de passagem estudei o tema e ouvi especialistas, que o sistema ideal de RSU é a recolha PAP (porta-a-porta)com inclusão de sistemas de recolha selectiva colectiva (recipientes de superfície ou enterrados) onde o sistema PAP não é possível.
Existem neste blog artigos e ligações para acesso a documentação que espelham bem as vantagens e desvantagens de um e outro sistema pelo que não vou voltar a repetir argumentos.
Repito apenas um, o que mais nos custa ver. Aqui no OL ficou bem documentado durante semanas e semanas uma das grandes desvantagens de um - qualquer - sistema de recolha selectiva colectiva (Ilhas Ecológicas, ecopontos, molocs): a formação de lixeiras na envolvente dos recipientes, seja por dificiente recolha que deixam esgotar a capacidade dos mesmos seja pela tradicional (nacional) falta de civismo.
Aqui, no "laboratório" que foi o Alto de Algés, passámos a ter lixeiras semanais onde antes existiam passeios amplos.
o 13º argumento para o fim das casas-do-lixo é a ausência "em 90% dos casos" de arrumação pelos condónimos dos contentores para o interior das mesmas após a recolha dos serviços da CMO/RSU. Acredito que assim seja em muitos edifícios mas não "em 90% dos casos". Se assim fosse veria com bons olhos uma forma de arrecadar uns "cobres" fáceis e justos para os cofres depauperados da câmara com multas aos infractores. Estão identificados por natureza. Nem despesa via CTT dariam.
Foram uns slides que o Ricardo Barros poderia ter passado à frente pela pouca sustentação que têm. Se a oposição tivesse passado algumas das dezenas e dezenas de fotos que aqui vi publicadas sobre as lixeiras que as Ilhas Ecológicas e os ecopontos formam por esgotamento dos recipentes e falta de recolha teriam feito um melhor trabalho e melhorado o debate.
Acabar com a obrigação dos promotores imobiliários incluírem casas-do-lixo nos edifícios residenciais é um retrocesso que o Concelho se vai arrepender.
Não seria justo se não evidenciasse a excelente preparação e prestação da Alexandra Moura e da Isabel Sande e Castro no debate de Queijas.
E fico-me por aqui. Este é um assunto que já me incomoda. Neste tema tem vencido a cegueira e teimosia de quem pode e manda.
João Salgueiro
Obrigada pelo seu testemunho. Estou a tentar de uma maneira muito "leve" não deixar morrer este assunto. Há já bastante informação (e desinformação também). Mesmo ficando-se por aqui sei que irá acompanhando.
Clotilde
João Salgueiro;
Gostei do seu comentário.
Aqui na minha freguesia, numa pontinha da vila, a Praceta António Enes é um "belíssimo" exemplo da deficiente recolha e da tradicional falta de civismo de moradores e comerciantes.
Deixei de publicar fotos do local não porque o assunto tenha sido satisfatoriamente resolvido mas porque já me cansa estar sempre a bater na mesma tecla. E o mesmo se pode dizer sobre o lado nascente do Largo Maria Lamas, a Avenida D. Pedro V junto ao CCLAV e a Rua Actor António Silva. Isto apenas numa pequena distância facilmente percorrida a pé...
Enviar um comentário