domingo, 16 de janeiro de 2011

Relendo Aleixo



Há tantos burros mandando
Em homens de inteligência,
Que às vezes fico pensando
Que a burrice é uma ciência



Vem da serra um infeliz

Vender sêmea por farinha;
Passado tempo já diz:
- Esta rua é toda minha.



Vós que lá do vosso império

Prometeis um mundo novo,
Calai-vos, que pode o povo
Querer um mundo novo a sério.



Para a mentira ser segura

E atingir profundidade,
Tem que trazer à mistura
Qualquer coisa de verdade

6 comentários:

Ashera disse...

E tão actual!!!!
Bom Domingo para todos
Beijos

Anónimo disse...

Muito interessante! Se me permite, aqui vai uma outra quadra:
"Quantos moços elegantes
vestem com todo o esmero!...
No vestir são uns gigantes.
No saber não valem zero." (António Aleixo)
Soari

Isabel Magalhães disse...

"No saber" e na falta de respeito pelos demais, e na falta de educação e de saber estar. E na cretinice congénita, e... e... e...

Isabel Magalhães disse...

Ashera;

Obrigada. ;)

João Salgueiro disse...

Um "Gosto". Sem comentários.

Anónimo disse...

Já agora, e como homenagem ao meu conterrâneo António Aleixo, aqui vai uma célebre quadra sua mais actual do que nunca:

"Sei que pareço um ladrão
mas há muitos que eu conheço
que não parecendo o que são
são aquilo que eu pareço"