segunda-feira, 26 de dezembro de 2011

O outsourcing da jardinagem no concelho de Oeiras

Há cerca de uma hora um dos empregados da empresa que detém o 'outsourcing' do tratamento dos jardins, andava a pulverizar a área empedrada do Jardim das Tílias em Linda-a-Velha.
- Boa tarde, isso é herbicida?
- É.
- Onde está o papel?
- Qual papel?
- O aviso de que esta zona vai/está a ser pulverizada com herbicida, para que os adultos que trazem crianças e os donos dos cães que frequentam a área sanitária canina e passam por este local tomem as devidas precauções.
- Não sei!
- Não sabe!? Onde está o seu encarregado?
- Não sei. Esteve aí há pouco.
E continuava a pulverizar...
- Olhe, por favor, pare com isso. Não pode pulverizar herbicida sem avisar os utentes do jardim. Está a pulverizar para cima das crianças que estão a brincar neste espaço... Tem que parar, sff. Pare!
E lá parou para uma dúzia de metros mais à frente continuar.

23 comentários:

Clotilde Moreira disse...

Isabel
Uma boa organização da CMO, pulveriza primeiro, avisa depois.
Clotilde

Isabel Magalhães disse...

A CMO está longe. A empresa Parques e Jardins é que deverá ter encarregados e outros superiores que supervisionem os trabalhos e cumpram a legislação.

Anónimo disse...

Já se sabe que esta empresa foi escolhida por concurso. Todos sabemos como funcionam os concursos com Isaltino Morais. Quem vence tem que pagar o prémio de vencedor e depois pouco dinheiro fica para o trabalho em si propriamente dito.

Pedro Correia

Clotilde Moreira disse...

Isabel
Em principio, tem toda a razão. Mas a CMO devia ter a certeza que a empresa que executa os trabalhos tem estrutura e conhecimentos e técnicos para fazerem estes serviços em segurança.
Clotilde

Isabel Magalhães disse...

[26 de Dezembro de 2011 19:05]

Trata-se de uma área de jardim relativamente pequena, com 4 folhas A4 faziam a festa, i.e. avisavam os utentes.

Não o fazem porque neste país há sempre uns quantos que estão acima da Lei...

Leite Pereira disse...

A Divisão de Espaços Verdes não tem por acaso um técnico que fiscalize o trabalho efectuado pelas empresas que procedem às manutenções? Antigamente Tinham

Isabel Magalhães disse...

Bom dia, Leite pereira;

Costumo contactar com um engenheiro dos Espaços Verdes sempre que há assuntos que considero que não podem ser deixados passar. Ontem foi o caso; antes de publicar liguei para a CMO.

'Incomodou-me' que continuassem a pulverizar para cima de quem estava sentado nos bancos ao sol e de umas quantas crianças sentadas no chão a brincar. É que nem houve sequer a preocupação de avisar as pessoas, de lhes pedir que se afastassem...

Isabel Magalhães disse...

Clotilde [26 de Dezembro de 2011 19:39];

Ontem não tive possibilidade de aqui voltar. Claro que a CMO tem a obrigação de verificar a qualidade do 'outsourcing' pago com o dinheiro dos munícipes mas esta empresa tem equipas a trabalhar em simultâneo em várias freguesias e seria necessário um fiscal em permanência em cada local...

Anónimo disse...

E a Directora será que anda cansada?

Anónimo disse...

O outsorcing é o futuro... mesmo que isso signifique envenenar os munícipies ou ficarem os edifícios sem manutenção apropriada... o que interessa é que os papelinhos estejam bem preenchidos, para se manter o Q da certificação.
Sabem que o DAE está certificado, não sabem? Façam queixa desta e outras situações à empresa que os certificou, pode ser que resulte.

Isabel Magalhães disse...

Este assunto da pulverização com herbicida tem dado pano para mangas desde há muitos anos mesmo antes do outsourcing.
Houve um ano em que morreram alguns cães e o assunto foi divulgado no JO, ainda o director era o saudoso Carlos Saraiva. Num outro ano o pessoal da CMO preparou a calda na rua e deixou poças do produto na via pública (estou a referir-me a Linda-a-Velha) o que gerou nova onda de protestos. Depois disso a câmara passou a afixar avisos mas por vezes eram tão poucos e em locais de tão pouca visibilidade que dificilmente se dava por eles. No que a mim diz respeito - por ter crianças e cães - passei a estar mais atenta e a interpelar o pessoal do pulverizador sempre que os vejo em acção.

Cali disse...

Acho curioso que a câmara gaste centenas de euros formando os seus jardineiros.
Hoje temos dezenas que estão credenciados a mexer com quimicos, quando no entanto, a câmara insiste em atribuir a concessão dos jardins a empresas externas que não se preocupam com a formação dos seus colaboradores.
Tenho pena que, para a construção dos jardins se use as brigadas camarárias e para a manutenção destes se atribua os trabalhos às empresas.. Logo se vê a diferença.. jardins maltratados, descuidados e situações como esta que denunciam.
Façam-na chegar aos serviços camarários caso contrário um dia teremos graves «acidentes» públicos por uso indevido de produtos herbicidas.

Isabel Magalhães disse...

Caro Leitor das 14:50;

Assim foi feito antes de publicar este post.

Vide meu comentário [27 de Dezembro de 2011 10:36].

Continue connosco.

Anónimo disse...

Muita da responsabilidade do estado dos jardins é culpa dos donos de animais domésticos, cães principalmente. Cães que urinam na relva, contaminando-a, já que a urina dos cães contém ácido que mata a relva. As fezes sólidas dos caninos que não são recolhidas pelos donos e estão espalhadas por passeios e espaços ajardinados também não contribuem para a melhor das higienes.
Trazer um cão á rua para urinar e defecar deveria ser proibido, são fonte de doenças. Os donos dos cães deviam pagar taxas altissimas para haver menos cães, na minha zona de residência este fenómeno é uma vergonha e nem as queixas na CMO servem, talvez este blog tenha alguma coisa a dizer.

Isabel Magalhães disse...

O que o anónimo publicou a [28 de Dezembro de 2011 16:55] são factos. Mas o que é que esses factos têm a ver com o assunto do post? Trata-se aqui de uma empresa que não cumpre a Lei, i.e. não afixa - atempadamente - avisos em local visível e deixa que os empregados pulverizem com herbicida para cima de adultos e de crianças que usufruem do jardim.

Anónimo disse...

Tem tudo haver. O problema não são os desinfectantes, são os infectantes e esses são provocados pelos cães. Devia-se também pensar em manutenções mais biológicas, sem quimicos.

Isabel Magalhães disse...

"Haver"!? Isso é na contabilidade!

Mas voltando ao assunto... Donde se conclui que o anónimo acha muitíssimo bem que se pulverize herbicida - sem avisar previamente como manda a Lei - porque há donos de canídeos com défice de cidadania. Como aqui no bairro também há patrulhas a cavalo, poderá ir pensando na coima a aplicar. Sugiro até que seja ao kilo...

E, já agora, também há uma toxicodependente que vive debaixo das varandas das Tílias e usa os canteiros como sanitários; de dia e de noite, esteja quem estiver...

E também há grupos numerosos que por ali vegetam à noite - e pela noite fora - e fazem o mesmo. Até arrancaram as placas de proibição de cães na relva. Fazem ainda outra coisa muito 'interessante': vão munidos de grades de bebidas que consomem e depois partem as garrafas no chão, nas zonas onde as crianças brincam. Deixo uma perguntinha de retórica: Quanto acha que estes devem pagar?

E ficamos por aqui. A questão é apenas uma: a empresa Parques e Jardins falhou mais uma vez como tem falhado tantas outras.

Leite Pereira disse...

Senhora D. Isabel
A empresa Parques e Jardins falha por falta de fiscalização da Divisão dos Espaços Verdes. Julgo que deve continuar a haver, nos contratos de manutenção, uma clausula de rescisão por incumprimento é só utilizá-la. Eu quando tive responsabilidades nessa área utilizei-a e não veio nenhum mal ao mundo, antes pelo contrário.Julgo pois que se deve pedir responsabilidades ao vereador do pelouro uma vez que a directora do DAE não toma providências

Isabel Magalhães disse...

Sr. Engº Leite Pereira;

Pois!

(O sr. conhece Oeiras, não carece de mais elementos!)

Anónimo disse...

Senhora Isabel Magalhães

Um toxicodependente é um doente. É alguém que está preso a um vicío que é mais forte do que ele e que tem de ser tratado. Já os dono dos cães que eu saiba não são doentes, são sim na generalidade pessoas com falta de civismo, porque ter aqueles animais que sujam tudo e a que tudo é permitido perdoando-se tudo aos seus donos. Não falo de quem tem um pitbull, ai já se vai dando alguma atenção aos perigos que a raça apresenta, mas um mero caniche que consporca tudo, que urina no espaço publico é algo que não devemos aceitar. Se o dono de um cão não urina na via publica porque se admite que o seu cão o faça? É que os cães é que são a grande causa de propagação de doenças nos jardins, pulgas e carraças nas pessoas etc.
Não me choca que não se avise quando se vai desinfectar ou pôr adubo nas plantas, estes produtos não afectam são incolones e limpam, coisa que bem falta faz nos jardins do concelho.
Mas já vi que também neste blog não compreendem o problema, o que é natural, ninguém compreende a praga que os canideos representam.

Isabel Magalhães disse...

O anónimo das 22:57 é um incompreendido...


De resto o seu comentário é um manancial de disparates e de desconhecimento. Se não fosse triste seria para rir.

Leite Pereira disse...

Anónimo de 28/DEZ 22H57
Já entendi que para si os produtos fito-farmacêuticos, vulgo pesticidas (herbicidas, fungicidas e insecticidas) são uma espécie de TIDE que lava mais branco e desinfecta. Gostaria que me explicasse a razão pela qual estes produtos só podem ser vendidos se estiverem em compartimentos diferentes dos restantes produtos e têm que ter uma escrituração à parte, bem como uma autoriza~çao de venda com indicação da data de fabrico, nome da empresa responsável e número de lote. Tenho cães, tenho 10 netos, 1 deles com 1 semana tenho relvados e nunca tive problemas de doenças devido a eles contactarem com os cães ou a proceder-se à desinfestação dos relvados ou calçadas. Obviamente há que ter cuidados com uns e outros: quando se procede à desinfestação recolhem-se os cães e, as crianças devem estar vacinadas, vacina esta administrada anualmente.

Isabel Magalhães disse...

Este anónimo [Anónimo de 28/DEZ 22H57] que nos visita com várias identidades não pode ser assim tão... tão...

As 'doutas considerações' com que nos brinda devem ser só para gozar com o pagode.





(Isto sou eu a dar o benefício da dúvida!)