Tempos
complicados os dias de hoje. A velocidade com que tudo acontece derrota muitos
dos Portugueses que estão mesmo empenhados em encontrar caminhos para ajudar a
sair da crise que uns poucos criaram e lá nos colocaram. Mas não é com desemprego,
mesmo que substituído por subsídios, que se salva o presente.
Depois, a desilusão quando somos informados que muitos dos que andam a apregoar
sacrifícios afinal fizeram carreiras academias e profissionais facilitadas por
amigos, têm ordenados bem altos, que acumulam com pensões de reforma quando são
ainda novos e também gastos em determinados organismos oficiais por exemplo com
frotas automóveis de altíssima gama e muito mais que – embora não venha
claramente na comunicação social – as redes sociais vão divulgando e
confirmando. Mesmo com todo o cuidado com as fraudes que podem ser montadas,
hoje muita coisa não pode ser mesmo escondida e lá vamos sabendo dos desatinos
que acontecem.
Na
área da agricultura, há muito que se vinha falando dos preços de miséria pagos
aos produtores e daqueles que temos de pagar e do que é arrecadado pela
distribuição. Nos últimos dias os procedimentos, de um certo marketing, saltou
para as páginas dos jornais e para os comentários desde a televisão às rádios
até à mesa do café de bairro. E ficámos mesmo a ter a certeza que os nossos
agricultores são desprezados, que se importa produtos que podiam e deviam ser
da nossa Terra, bastando para isso uma melhor organização e o cumprimento de
regras. Claro que vivemos na globalização onde parece que todos podem fazer o
que entendem, mas há sempre maneira de dar a volta. E se cumpríssemos o slogan:
“Ao comprar português contribui-se para o emprego de familiares e
amigos”. Talvez esteja um pouco na nossa mão obrigar os “responsáveis”
a seguirem outros caminhos. Eu e muitos dos meus Amigos compramos português.
Maria Clotilde Moreira / Algés
Artigo publicado no Jornal de Oeiras desta data.
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