Um ponto de encontro. Um espaço de cultura. Um local onde falamos do concelho de Oeiras, de Portugal e do Mundo.
quinta-feira, 31 de agosto de 2006
conferência "A Arquitectura de Veraneio em Oeiras"
A simpática e sapientíssima Dra. Alexandra de Carvalho Antunes proporcionou-nos na segunda-feira à noite, na sempre agradável esplanada da Casa das Queijadas de Oeiras, um momento cultural sobre a história de Oeiras, simultaneamente profundo no saber e descontraído no tom.
A conferencista abordou a temática das casas que, ao longo da Costa do Sol e, em particular, no Concelho de Oeiras foram construídas com intuítos de veraneio, das quais podemos ainda apreciar inúmeros e magníficos exemplares.
A Dra. Alexandra Antunes fez um périplo começando por explicar o surgimento do hábito de veranear junto às zonas ribeirinhas que, em Portugal, nos seus primórdios na segunda metade de oitocentos, tinha o objectivo exclusivo de proporcionar tratamento marítimo — vilegiatura à beira-mar -, isto é, as razões prendiam-se apenas com a saúde. Os banhos de mar não eram feitos por prazer mas como terapia.
A partir dos finais do séc. XIX este objectivo meramente terapêutico é alterado, e as famílias deslocam-se para as zonas ribeirinhas da Costa do Sol sobretudo com objectivos de lazer. Nesta, este fenómeno é muito evidente entre 1880 e 1920, período em que se assiste à construção de imensos edifícios dedicados principalmente ao veraneio marítimo.
Estima-se que no nosso Concelho de Oeiras existam ainda cerca de uma centena de edifícios enquadráveis na tipologia considerada.
Não será demais referir a importância histórica e cultural dos mesmos e a necessidade da sua preservação.
Esta conferência, como todas as que temos referido ultimamente, integra-se no programa de verão da Associação Cultural de Oeiras ESPAÇO e MEMÓRIA.
Para os possíveis interessados aqui fica um resumo dos eventos nos quais ainda podem participar no mês que vai começar, Setembro:
dia 2 - 9h.30, sábado - visita guiada - Palácio Marquês de Pombal (inclui a Capela).
dia 4 - 21h.30, segunda - conferência - Os Faróis de Oeiras e da Barra do Tejo.
dia 9 - 9h.30, sábado - visita guiada - Quinta de Cima do Palácio Marquês de Pombal.
dia 11 - 21h.30, segunda - conferência - Os Primórdios do Desporto Associativo em Oeiras.
dia 16 - 9h.30, sábado - Circuito Histórico da Medrosa e Areeiro (Quartel da Medrosa; Bateria de São Gonçalo; Monumento a Gomes Freire de Andrade; Bateria do Areeiro; Fábrica e Quinta de São Pedro).
dia 18 - 21h.30, segunda - conferência - A Arquitectura Tradicional em Oeiras.
dia 23 - 9h.30, sábado - Passeio Marítimo (Feitoria Militar; Porto de Recreio; Forte das Mercês; Motel; Forte do Areeiro; Enseada de Sto. Amaro; Forte das Maias).
INFORMAÇÕES - Junta de Freguesia de Oeiras e São Julião da Barra - 21 441 64 64
imagem: © cv comunicação visual
quarta-feira, 30 de agosto de 2006
visita guiada Jardins Históricos de Oeiras
PALÁCIO MARQUÊS DE POMBAL
Sob a condução esclarecida e deveras pedagógica do Arq. Rodrigo Dias, a visita guiada de sábado último, do programa de verão da Associação Cultural de Oeiras ESPAÇO e MEMÓRIA, que decorreu de manhã, transportou os participantes num agradável passeio de sonho pelos fascinantes Jardins do Palácio do Marquês de Pombal e pelo aprazível Parque Municipal de Oeiras.
O nosso cicerone esclareceu-nos sobre a estrutura e organização do espaço ao tempo do Marquês e as posteriores alterações que foram ocorrendo ao longo do tempo e à medida que a área considerada ia sendo alienada.
Muitas pessoas pensam que a área actual do jardim é a área original. Nada mais longe da verdade. Esta corresponde grosso modo a cerca de talvez 10% do total da imensa quinta de recreio do Marquês de Pombal, a qual se prolongava por terrenos actualmente na posse da Estação Agronómica Nacional, até à conhecida Casa da Pesca e Cascata da Taveira, na vertente poente do vale da Ribeira da Lage, e até à Fonte e Cascata do Oiro e ao Pombal, na vertente oposta do vale. Toda esta vasta área constituía um conjunto perfeitamente integrado, em parte ajardinado e dotado de estruturas de lazer, em parte plantado e semeado com objectivos produtivos.
O que hoje encontramos na parte próxima ao Palácio, apesar de belo e aprazível, representa uma distância imensa relativamente ao que era ao tempo do Marquês. Se existiam diversos elementos que hoje ainda podemos apreciar e usufruir, como o Terraço das Araucárias, a Cascata dos Poetas, o Parque das Merendas, as pontes, outros espaços desapareceram ou foram profunda e irremediavelmente alterados, como o Horto Ajardinado, o Terreiro de Jogos, o canal navegável na ribeira, a rua dos Loureiros, que se prolongava, estupendamente arborizada, até à Casa da Pesca e pela qual se passeavam os convidados de charrete, etc.
Um ALERTA deve aqui ficar no que concerne à zona e equipamentos na área da responsabilidade da Estação Agronómica Nacional. Aqueles espaços foram parte integrante e estrutural da quinta de recreio e combinavam magnificamente com a função desta, simultaneamente de lazer e produção agrícola. Apesar de ter sido já apresentado um projecto que visava reconstituir os percursos da quinta, que poderia incluir passeios de charrete como eram efectuados ao tempo do Marquês, o projecto foi simplesmente 'chumbado' pelas entidades responsáveis. E todo aquele espaço, um património único, corre o risco de um destes dias, ao acordarmos de manhã, o encontrarmos urbanizado, opado de alcatrão, cimento e betão! Só um exemplo: É lamentável o estado decrépito e de degradação da Casa da Pesca e da Cascata da Taveira. A delapidação dos magníficos painéis de azulejo, existentes no local, é uma demonstração da incúria a que está sujeito o nosso património.
PARQUE MUNICIPAL
Razões de ordem pessoal impediram-nos de participar na subsequente visita ao Parque Municipal, pelo que nada podemos dizer sobre a mesma. Contudo temos informações seguras de que as espectativas dos visitantes não foram defraudadas.
imagem: © cv comunicação visual
segunda-feira, 28 de agosto de 2006
ATENÇÃO - parquímetros na Estação de Oeiras
Assim funciona o PODER em Portugal... e pelos vistos também em Oeiras... o que não me admira mesmo nada...
Uma grande parte da população está de férias, algures, gozando um merecido descanso e provavelmente procurando esquecer os problemas dos últimos tempos, num esforço quiça inglório de voltar e encontrar uma situação um pouco melhor que aquela que deixou para trás. Poderia dizer "Pobres ingénuos", mas "A esperança é a última a morrer".
Estes nossos Munícipes, quando voltarem, com as suas fotografias e vídeos, estórias das férias, dos passeios, dos petiscos, das banhocas e etecéteras, preparados - preparados!? - para enfrentar mais um ano de dificuldades e problemas, vão ter uma GRANDE surpresa que lhes foi preparada pela autarquia.
Não, não falo duma recepção, uma quermesse com sardinhada e foguetório a comemorar o regresso dos viajantes.
Falo duma surpresa MESMO, mas desagradável.
Todos aqueles que trabalham fora de Oeiras e que se habituaram a deslocar-se para a Estação de Oeiras de carro, para depois seguirem de comboio para os seus destinos, é melhor começarem a fazer contas à vida, pois os (poucos) lugares de estacionamento disponíveis passaram agora a estar equipados com PARQUÍMETROS!
Concretamente os dois parques de estacionamento da Av. Infante D. Henrique, no lado sul da estação, logo acima dos quiosques. Por enquanto só reparei nestes mas não me admira que outros estejam em preparação.
Estamos a falar de estacionamento por longos períodos e não de um estacionamento temporário por um pequeno período de tempo.
A autarquia, em vez de cumprir a sua obrigação, que seria criar parqueamento para quem não tem outra alternativa, limita o mesmo com a colocação de parquímetros. Criando uma situação absolutamente incontornável pois ficam os automobilistas sem qualquer alternativa. Tal vai a ganância em Oeiras!
Por falar em alternativas, se... SE - repare-se no destaque -, se existisse um serviço de transportes públicos verdadeiramente eficaz em Oeiras, esta atitude da autarquia seria perfeitamente compreensível e aceitável. "Quem quer ir de carro, paga". Mas a realidade é outra. Os transportes públicos são uma NÓDOA. Há uma grande falta de carreiras, as que existem andam sistematicamente atrasadas, outras nem são efectuadas sabe-se lá porquê, as camionetas são, no mínimo, um nojo por falta duma boa manutenção, algumas estão constantemente a 'ficar pelo caminho' devido a avarias (é o que dá comprarem material em segunda-mão), etc.
Pensemos que existem centenas ou milhares de Munícipes que não têm outra alternativa que não seja usarem o carro. Por exemplo, pessoas que vivem em locais pessimamente servidos de camionetas. Já para não falar dos deficientes. Ou aqueles que têm empregos em que os horários os fazem chegar à estação a horas a que já não há camionetas.
É certo que o estacionamento nas artérias limítrofes da estação de Oeiras é caótico, com carros por cima dos passeios, a aproveitarem todos os 'buraquinhos'. Mas esta não é certamente a melhor solução.
E agora, depois dos parquímetros? Virão os bloqueadores de rodas e virá a 'caça à multa' a todos os que não estacionarem dentro dos parques (com parquímetros)?
Diz o bom senso que se deveria começar por criar bons e eficazes transportes públicos. Esse seria o caminho para numa segunda fase convencer as pessoas das vantagens de os usarem. E assim desmotivar os cidadãos do uso do automóvel.
Mas não. Faz-se exactamente o contrário. Cria-se uma situação incontornável que vai obrigar os Munícipes a gastar dinheiro.
Como dizia o cómico brasileiro: "Estão mexendo no meu bolso!"
Muito provavelmente em breve voltaremos a este assunto.
imagem: © cv comunicação visual
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quinta-feira, 24 de agosto de 2006
conferência "A Greve dos Tecelões de Oeiras"
Em tom informal, na agradável e acolhedora esplanada da Casa das Queijadas de Oeiras, e como tem sido apanágio de todas as conferências promovidas pela Associação Cultural de Oeiras ESPAÇO e MEMÓRIA, a Dra. ANA GASPAR, professora na Universidade Autónoma, proferiu uma conferência subordinada ao título "A GREVE DOS TECELÕES DE OEIRAS", plena de interesse a diversos níveis. A conferêncista realizou um profundo trabalho de investigação, que culminou na edição de um livro com o mesmo título, há 15 anos, editado pela Câmara Municipal de Oeiras. E foi na sequência desse trabalho de investigação que fez a sua comunicação, perante uma vasta audiência pasmada ante os desconhecidos elementos históricos dum passado recente da Vila de Oeiras, simpática e graciosamente fornecidos pela investigadora.
A referida greve ocorreu em 1871, na importante FÁBRICA DE LANIFÍCIOS DE S. PEDRO DO AREEIRO, propriedade do seu fundador, JOSÉ DIOGO DA SILVA. Esta estava cita na Rua de São Pedro do Areeiro, próximo à ribeira da Lage. Para situar quem não a esteja a reconhecer, nesta rua, até há poucos anos funcionou o tribunal de Oeiras numa modesta vivenda.
Os edifícios que constituíam a fábrica, dois pavilhões, e que compunham o complexo industrial, ainda subsistem no local, entretanto transformados em habitações.
Assim como sobrevive também, se bem que de forma precária e desabitada, a Qta. de São Pedro, com entrada pelo n.º 10 da Rua da Torre. Quem não se lembra da icónica torre do relógio em frente ao portão do Liceu de Oeiras? Para os que o frequentaram, é claro. Torre esta que era simultaneamente cisterna. No edifício contíguo habitava o dono da fábrica com a sua família.
A dimensão desta empresa pode ser avaliada pelo facto de que chegou a empregar cerca de 600 operários e operárias. De citar que empregava inúmeras crianças que, apesar de o serem, não o eram para trabalhar, e laboravam tal como os adultos, frequentemente 14 e 16 horas por dia.
A greve movimentou grande número de operários e operárias, alguns dos quais foram despedidos na sequência daquela luta em que reclamavam melhores condições de trabalho. A mesma foi bastante divulgada nalguma da mais relevante imprensa da época e, pasme-se, durou cerca de mês e meio! A sua importância e dimensão pode ser considerada se tivermos em conta que os protestos e a greve dos operários conduziram a que a própria Vila de Oeiras tivesse sido ocupada por tropas vindas de Lisboa, que tomaram a povoação de assalto e a ocuparam.
Foi indubitavelmente um excelente momento para aprender e recordar a história.
-----
Programação dos próximos eventos:
SÁBADO, 26 Ago, 09:30 - visita guiada - Jardins do Palácio do Marquês e Parque Municipal, conduzida pelo Arq. Rodrigues Dias. A concentração será no largo do Pelourinho.
SEGUNDA, 28 Ago, 21:30 - conferência - A Arquitectura de Veraneio de Oeiras, pela dra. Alexandra Antunes, na esplanada da Casa das Queijadas de Oeiras.
Ambos os eventos são de entrada livre.
fotos: © cv comunicação visual 2006
A referida greve ocorreu em 1871, na importante FÁBRICA DE LANIFÍCIOS DE S. PEDRO DO AREEIRO, propriedade do seu fundador, JOSÉ DIOGO DA SILVA. Esta estava cita na Rua de São Pedro do Areeiro, próximo à ribeira da Lage. Para situar quem não a esteja a reconhecer, nesta rua, até há poucos anos funcionou o tribunal de Oeiras numa modesta vivenda.
Os edifícios que constituíam a fábrica, dois pavilhões, e que compunham o complexo industrial, ainda subsistem no local, entretanto transformados em habitações.
Assim como sobrevive também, se bem que de forma precária e desabitada, a Qta. de São Pedro, com entrada pelo n.º 10 da Rua da Torre. Quem não se lembra da icónica torre do relógio em frente ao portão do Liceu de Oeiras? Para os que o frequentaram, é claro. Torre esta que era simultaneamente cisterna. No edifício contíguo habitava o dono da fábrica com a sua família.
A dimensão desta empresa pode ser avaliada pelo facto de que chegou a empregar cerca de 600 operários e operárias. De citar que empregava inúmeras crianças que, apesar de o serem, não o eram para trabalhar, e laboravam tal como os adultos, frequentemente 14 e 16 horas por dia.
A greve movimentou grande número de operários e operárias, alguns dos quais foram despedidos na sequência daquela luta em que reclamavam melhores condições de trabalho. A mesma foi bastante divulgada nalguma da mais relevante imprensa da época e, pasme-se, durou cerca de mês e meio! A sua importância e dimensão pode ser considerada se tivermos em conta que os protestos e a greve dos operários conduziram a que a própria Vila de Oeiras tivesse sido ocupada por tropas vindas de Lisboa, que tomaram a povoação de assalto e a ocuparam.
Foi indubitavelmente um excelente momento para aprender e recordar a história.
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Programação dos próximos eventos:
SÁBADO, 26 Ago, 09:30 - visita guiada - Jardins do Palácio do Marquês e Parque Municipal, conduzida pelo Arq. Rodrigues Dias. A concentração será no largo do Pelourinho.
SEGUNDA, 28 Ago, 21:30 - conferência - A Arquitectura de Veraneio de Oeiras, pela dra. Alexandra Antunes, na esplanada da Casa das Queijadas de Oeiras.
Ambos os eventos são de entrada livre.
fotos: © cv comunicação visual 2006
ainda o Bugio
Este post é apenas para acrescentar algumas coisas que esqueci de referir no post abaixo sobre a visita guiada ao Forte do Bugio.
Uma pergunta que alguns terão curiosidade em ver respondida é:
- Afinal, quantas pessoas participaram na visita!?
O número de participantes na visita foi de cerca de CENTO E CINQUENTA pessoas.
E mais não foram os inscritos, dadas as limitações impostas. Sei de fonte segura que, na semana que antecedeu a visita, foram recebidas cerca de uma centena de chamadas telefónicas diárias com pedidos de inscrição, tal o interesse demonstrado!
Uma curiosidade que me foi referida é que uma das participantes tinha mais de 80 anos! A qual mencionou que tinha desde os seus 12 anos o sonho de ir ao Bugio. Com a ajuda dos Skypers, que a embarcaram e desembarcaram ao colo, lá satisfez, ao fim de quase 70 anos, aquele sonho de criança!
Sem dúvida, um belíssimo apontamento sobre a visita e o interesse que ela despertou nos Munícipes.
foto: © cv comunicação visual 2006
quarta-feira, 23 de agosto de 2006
visita guiada ao Forte e Farol do Bugio
Fazendo juz à nossa herança de marinheiros, sábado último lá nos fizemos ao mar!
Como programara a Associação Cultural de Oeiras ESPAÇO e MEMÓRIA, pela manhã, com saída do Porto de Recreio de Oeiras, 3 levas de passageiros, em aparentemente frágeis semi-rígidos, pilotados por experientes e simpáticos skypers da Nautic Diver, enfrentaram as vagas e foram conduzidas em 3 grupos de pessoas até àquele lugar de sonho e fantasia que habita o onírico e o espírito de todos os que se passeiam ou apenas e tão só deambulam pelo litoral do nosso Concelho ou veraneiam nas nossas praias ou ainda, os mais afortunados, que navegam pelas águas, ora doces e macias, ora amargas e ásperas, do nosso reino das Tágides, o Tejo.
Refiro-me, é claro, ao fascinante e superlativo FORTE E FAROL DO BUGIO (ou de São Lourenço da Cabeça Seca), edificado num manto rochoso a cerca de 1,29 milhas náuticas para SE do Porto de Abrigo de Oeiras que, nos seus tempos de glória, combinava tronante fogo artilheiro com o Forte de São Julião da Barra, para defender a Barra do Tejo e proteger o acesso ao porto de Lisboa de investidas inimigas, o que sucedeu diversas vezes.
Fomos integrados no segundo grupo e a visita excedeu em muito as nossas expectativas.
No local, o Dr. Joaquim Boiça e o Dr. José Meco aguardavam-nos para serem os nossos cicerones e nos darem as explicações necessárias e transmitirem os seus imensos e profundos conhecimentos sobre a história do complexo.
Não nos decepcionou a visita na medida em que era um sonho que alimentávamos há muitos anos, nem nos decepcionaram as completíssimas informações que os nossos guias nos transmitiram.
Desagradou-nos, isso sim, não podemos deixar de o dizer, e nisto sabemo-nos secundados por TODOS, guias e visitantes, o estado calamitoso e deplorável de avançada degradação do interior dos diversos espaços, a pedir um URGENTE restauro, na medida em que o tempo não perdoa e não podemos esquecer que a edificação está localizada num sítio onde luta diariamente e com ardente tenacidade contra o mar bravio e a intempérie.
Para que essa luta seja profícua e aquele fantástico monumento não desapareça irremediavelmente, tragado pelo esquecimento, e pelo mar, há que reabilitá-lo.
Nomeadamente restaurando a CAPELA de São Lourenço do Bugio, seu santo patrono, toda ela revestida a madeira pintada a imitar mármore, com um magnífico altar de embutidos em mármore, peça singela mas maravilhosa, logo particularmente frágil.
São muitas as dependências a pedir intervenção. Como a dependência onde estão os tanques onde era armazenado o azeite que fazia funcionar o farol, e cujo travejamento do tecto, também de madeira, ameaça ruir a qualquer momento.
Quem vê o Bugio aqui de longe, mesmo que com o auxílio de um bom par de binóculos, só vê pedras, e não imagina o que lá existe dentro. Estruturas diversas com várias funções, construídas em razão das múltiplas funções do Bugio, nomeadamente de praça-forte, com guarnição, armada até aos dentes, e poderosa artilharia e de farol, com faroleiros que mantiveram a luz acesa sem falhar durante noites infindas e intermináveis e à custa de sacrifícios humanos tremendos. Honra seja feita a estes bravos!
Seja como for, salvo que está, para já, o edifício, com a última intervenção na sua sapata, que impediu que o Bugio fosse inevitavelmente demolido e tragado pelo mar furioso, urge intervir agora no seu interior, num restauro que lhe devolva a magnificência do passado, quando era habitado, e que nos orgulhe de o ter como património, único no arrojo arquitectónico, e nos dê a ânsia prazenteira de o mostrar ao mundo.
Para aqueles que estiverem interessados em conhecer mais em pormenor o Bugio, construímos uma página com algumas fotografias, que pode ser encontrada AQUI: FORTE DO BUGIO.
foto: © cv comunicação visual 2006
quarta-feira, 9 de agosto de 2006
Igreja Matriz e Azulejaria de Oeiras - a visita guiada e a conferência
visita guiada "A Igreja Matriz de Oeiras"
O Programa de Visitas Guiadas "Caminhos da Memória" da Associação Cultural de Oeiras - Espaço e Memória, propunha-nos para sábado último irmos conhecer a história da Igreja Matriz de Oeiras e o património que encerra a qual, como todos sabemos, se situa no Largo 5 de Outubro, no centro da vila de Oeiras.
Assim fizemos, conduzidos pelo Prof. José Meco que, ao longo de cerca de duas horas, partindo do largo e pelo interior do templo, nos proporcionou uma magnífica viagem que foi uma excelente lição de História de Arte.
A recente reorganização do riquíssimo arquivo histórico da igreja tem permitido ter um conhecimento mais profundo e documentado deste importante e relevante monumento de Oeiras, até há pouco tempo tão desconhecido. Isto tem-se reflectido em estudos recentemente publicados.
Aqui ficam em síntese alguns, poucos, dados sobre a referida igreja.
A actual construção foi projectada por João Antunes em 1702. Dos edifícios anteriores sobrevivem algumas lápides, pinturas, bandeiras de procissão, esculturas, peças de ourivesaria e paramentaria. Diversas vicissitudes levaram a que a igreja só ficasse concluída e fosse sagrada em 1744, já após o falecimento do seu arquitecto. A sua conclusão só foi possível pela mão e vontade de António Rebelo de Andrade, morador no vizinho Palácio de Na. Sra. do Egipto, e que se encontra sepultado num túmulo na capela-mor da igreja.
Na decoração interior da igreja, feita praticamente toda ela já após a conclusão do edifício e deste estar aberto ao culto, trabalharam pintores como Jerónimo da Silva e Miguel António do Amaral, os entalhadores Manuel da Costa Barbuda e Gregório Fernandes e o canteiro Matias Duarte. A imagem da padroeira, Na. Sra. da Purificação de Oeiras, foi esculpida por Ezequiel Anselmo Romão. O magnífico órgão, recentemente restaurado, foi realizado pelo organeiro António Joaquim Fontanes, em Lisboa. Na abóbada, a imitar estuque, vê-se o trabalho do pintor Cotrim.
De salientar que o Pároco de Oeiras, o Reverendo Padre Fernando Martins, tem feito um esforço exemplar na recuperação da igreja, nomeadamente o restauro de pinturas e tectos e do já citado órgão.
É ainda de referir, quer pela importância histórico-cultural, quer pela beleza das peças, que se encontra já exposto ao público, em salas adequadas, o fascinante e belo Tesouro da Igreja.
conferência "Azulejos da Vila de Oeiras"
Para segunda-feira o Programa de conferências "Diálogos em noites de verão" trouxe-nos a Azulejaria.
Foi também o Prof. José Meco quem, e no seguimento da visita à Igreja Matriz, nos proporcionou uma extraordinária lição de História de Arte na vertente da Azulejaria, área em que é um grande especialista, não só em Portugal.
Deu-nos o Prof. Meco uma panorâmica do riquíssimo património de azulejaria existente no Concelho de Oeiras, muito dele localizado em sítios insuspeitos e de difícil visibilidade.
A palestra foi acompanhada da projecção de diapositivos, sempre devidamente enquadrados no espaço e no tempo, referenciando entre outros aspectos, a identidade do autor/pintor, a época, em muitos casos a fábrica, etc.
O Prof. José Meco foi incansável no constante apelo para a necessidade de restauro e preservação do vasto património de azulejaria do Concelho de Oeiras, algum do qual infelizmente corre o risco de desaparecer, nomeadamente no Palácio do Egipto e na Casa da Pesca.
Foi sem dúvida um excelente momento cultural, que já se começa a tornar um hábito incontornável nestas noites quentes de verão.
O Prof. José Meco está de parabéns, assim como também o está a Espaço e Memória pela ideia e organização destes eventos, que como está publicitado no Programa se vão prolongar até dia 23 de Setembro.
imagens: © cv comunicação visual 2006
terça-feira, 8 de agosto de 2006
segunda-feira, 7 de agosto de 2006
Comunicado do PSD de Lisboa - I
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Na minha opinião...
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O Comunicado da Comissão Politica Distrital de Lisboa do PSD vem confirmar algo que eu já temia.
O PSD no concelho de Oeiras não funciona como um partido político e por sua vez o que existe não é alternativa à actual gestão da Câmara.
Ao ler-se que "A C.P.D.L, tomou conhecimento pela comunicação social, da eventual disponibilidade dos Vereadores do PS em aceitarem pelouros na CMO..." podem-se tirar várias elações.
Se a CPDL tomou conhecimento pela comunicação social é porque os vereadores do PSD de Oeiras e a distrital não comunicam entre si, e se assim é, quer dizer que para a distrital mais importante do País estes vereadores não existem nem têm importância política.
E como poderiam ter?
Teresa Zambujo foi envolvida numa luta pessoal entre Marques Mendes e Isaltino, não tendo reparado a tempo que seria ela a principal prejudicada.
A sua prestação nas reuniões de Câmara é confrangedora, deixando transparecer insegurança e "pouco à vontade" para falar sobre certos assuntos.
A prova é que desde então o líder do PSD não a incluiu em nenhum órgão nacional do partido, nem mesmo na distrital de Lisboa, deixando-a isolada em Oeiras e mostrando-lhe claramente que é uma carta fora do baralho no presente e para o futuro.
Já na altura da campanha eleitoral muitos dirigentes do PSD afirmavam que Teresa Zambujo serviria única e simplesmente para fazer o "frete" a Marques Mendes, e que após a derrota eleitoral ele a deixaria cair, como aliás é seu hábito.
José Eduardo Costa é um político igualmente fraco, que só existia como "pessoa" pelo facto de ser uma criação de Isaltino.
Quando deixou de depender do seu criador desapareceu, não antes de "aceitar integrar a administração da empresa intermunicipal COLEU, com respectiva remuneração, de forma espontânea e imediata, numa assinalável disponibilidade para continuar a servir o concelho".
Desta forma pôs a nu a "credibilidade" que tanto pregou na campanha eleitoral, hipotecando qualquer espaço que eventualmente pudesse trazer para si na oposição a Isaltino nos próximos quatro anos.
Rui Soeiro é mais uma criação de Isaltino, sem força nem carisma suficientes para se afirmar como "oposição" a qualquer coisa, mostrando também muito desconforto em abordar certos assuntos.
Pedro Simões é a excepção à regra, sendo o único vereador do PSD com estatuto político nas estruturas do PSD local, e o único que não fez parte do anterior executivo, pelo que não é de estranhar que seja o único que verdadeiramente desenvolve alguma oposição nas reuniões do executivo.
O seu futuro passará inevitavelmente pela aceitação ou não de pelouros.
Caso aceite, na minha opinião, perderá espaço politico e de intervenção interna e externa, que o poderá condicionar na alternativa futura do PSD para Oeiras.
Quando o PS aceitou pelouros, deixou de ter a pressão e de fazer sentido politico aceita-los.
Resistirá à tentação ou pensará no futuro?
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Fazendo uma analise rápida e transversal, chegamos à conclusão que o PSD em Oeiras está doente e ferido de morte. Não tem condições políticas objectivas de ser oposição a Isaltino e ao PS, correndo o risco de perder o capital que construiu durante tantos anos.
Não se pode esquecer que todo o sucesso eleitoral e político dos últimos 20 anos se deve a Isaltino mas também ao PSD, que de uma forma decisiva e activa sempre contribuiu para o bem-estar e desenvolvimento do nosso Concelho.
A Distrital de Lisboa liderada por Paula Teixeira da Cruz chamou para si a oposição em Oeiras, tomando uma posição política corajosa e frontal, mas ao mesmo tempo deixando para trás os actuais dirigentes e representantes do PSD no Concelho.
Pessoalmente estava à espera que Paula Teixeira da Cruz interviesse e dissesse de sua justiça (falaremos mais tarde sobre isso), mas quem o diz aqui em Oeiras?
Na secção de Oeiras a presidente da distrital não colhe simpatias, na Secção de Algés é a nulidade e ausência política que penosamente se arrasta há demasiado tempo.
_
Continua...
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O Comunicado da Comissão Politica Distrital de Lisboa do PSD vem confirmar algo que eu já temia.
O PSD no concelho de Oeiras não funciona como um partido político e por sua vez o que existe não é alternativa à actual gestão da Câmara.
Ao ler-se que "A C.P.D.L, tomou conhecimento pela comunicação social, da eventual disponibilidade dos Vereadores do PS em aceitarem pelouros na CMO..." podem-se tirar várias elações.
Se a CPDL tomou conhecimento pela comunicação social é porque os vereadores do PSD de Oeiras e a distrital não comunicam entre si, e se assim é, quer dizer que para a distrital mais importante do País estes vereadores não existem nem têm importância política.
E como poderiam ter?
Teresa Zambujo foi envolvida numa luta pessoal entre Marques Mendes e Isaltino, não tendo reparado a tempo que seria ela a principal prejudicada.
A sua prestação nas reuniões de Câmara é confrangedora, deixando transparecer insegurança e "pouco à vontade" para falar sobre certos assuntos.
A prova é que desde então o líder do PSD não a incluiu em nenhum órgão nacional do partido, nem mesmo na distrital de Lisboa, deixando-a isolada em Oeiras e mostrando-lhe claramente que é uma carta fora do baralho no presente e para o futuro.
Já na altura da campanha eleitoral muitos dirigentes do PSD afirmavam que Teresa Zambujo serviria única e simplesmente para fazer o "frete" a Marques Mendes, e que após a derrota eleitoral ele a deixaria cair, como aliás é seu hábito.
José Eduardo Costa é um político igualmente fraco, que só existia como "pessoa" pelo facto de ser uma criação de Isaltino.
Quando deixou de depender do seu criador desapareceu, não antes de "aceitar integrar a administração da empresa intermunicipal COLEU, com respectiva remuneração, de forma espontânea e imediata, numa assinalável disponibilidade para continuar a servir o concelho".
Desta forma pôs a nu a "credibilidade" que tanto pregou na campanha eleitoral, hipotecando qualquer espaço que eventualmente pudesse trazer para si na oposição a Isaltino nos próximos quatro anos.
Rui Soeiro é mais uma criação de Isaltino, sem força nem carisma suficientes para se afirmar como "oposição" a qualquer coisa, mostrando também muito desconforto em abordar certos assuntos.
Pedro Simões é a excepção à regra, sendo o único vereador do PSD com estatuto político nas estruturas do PSD local, e o único que não fez parte do anterior executivo, pelo que não é de estranhar que seja o único que verdadeiramente desenvolve alguma oposição nas reuniões do executivo.
O seu futuro passará inevitavelmente pela aceitação ou não de pelouros.
Caso aceite, na minha opinião, perderá espaço politico e de intervenção interna e externa, que o poderá condicionar na alternativa futura do PSD para Oeiras.
Quando o PS aceitou pelouros, deixou de ter a pressão e de fazer sentido politico aceita-los.
Resistirá à tentação ou pensará no futuro?
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Fazendo uma analise rápida e transversal, chegamos à conclusão que o PSD em Oeiras está doente e ferido de morte. Não tem condições políticas objectivas de ser oposição a Isaltino e ao PS, correndo o risco de perder o capital que construiu durante tantos anos.
Não se pode esquecer que todo o sucesso eleitoral e político dos últimos 20 anos se deve a Isaltino mas também ao PSD, que de uma forma decisiva e activa sempre contribuiu para o bem-estar e desenvolvimento do nosso Concelho.
A Distrital de Lisboa liderada por Paula Teixeira da Cruz chamou para si a oposição em Oeiras, tomando uma posição política corajosa e frontal, mas ao mesmo tempo deixando para trás os actuais dirigentes e representantes do PSD no Concelho.
Pessoalmente estava à espera que Paula Teixeira da Cruz interviesse e dissesse de sua justiça (falaremos mais tarde sobre isso), mas quem o diz aqui em Oeiras?
Na secção de Oeiras a presidente da distrital não colhe simpatias, na Secção de Algés é a nulidade e ausência política que penosamente se arrasta há demasiado tempo.
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Continua...
Municípios de Futuro - Oeiras
Junta de Freguesia de
Linda-a-Velha
Sociedade civil mobilizada
Durante as décadas de 60 e 70, começaram a instalar-se em Linda-a-Velha pessoas que aí queriam iniciar a sua vida. Agora têm idades compreendidadas entre os sessenta e os setenta anos. O presidente da Junta de Freguesia de Linda-a-Velha, José Pedro Barroco, explicou ao “O Primeiro de Janeiro” como, num curto espaço de tempo, a freguesia viu cerca de uma terço da sua população envelhecer, sem que se tivessem desenvolvido equipamentos e infraestruturas apropriadas. Um espaço onde estas pessoas possam passar o tempo e conviver é a grande lacuna da freguesia. Por outro lado, a sociedade civil está mobilizada. O Banco de Voluntariado e a Quinta pedagógica são um bom exemplo disso.
Linda-a-Velha
Sociedade civil mobilizada
Durante as décadas de 60 e 70, começaram a instalar-se em Linda-a-Velha pessoas que aí queriam iniciar a sua vida. Agora têm idades compreendidadas entre os sessenta e os setenta anos. O presidente da Junta de Freguesia de Linda-a-Velha, José Pedro Barroco, explicou ao “O Primeiro de Janeiro” como, num curto espaço de tempo, a freguesia viu cerca de uma terço da sua população envelhecer, sem que se tivessem desenvolvido equipamentos e infraestruturas apropriadas. Um espaço onde estas pessoas possam passar o tempo e conviver é a grande lacuna da freguesia. Por outro lado, a sociedade civil está mobilizada. O Banco de Voluntariado e a Quinta pedagógica são um bom exemplo disso.
Como caracteriza a freguesia de Linda-a-Velha?
Linda-a-Velha é uma zona dormitório da Grande Lisboa, localizada no interior do Concelho, sem qualquer contacto directo com o Rio Tejo, cujas confrontações são a Norte com a freguesia de Carnaxide, a Oeste e Sul com as freguesias da Cruz Quebrada e Dafundo e a Este por Algés.
Esta freguesia comporta na sua estrutura geográfica, a conjugação de diferentes espaços, designadamente o Urbano e o Urbanizável, com um núcleo de formação histórico. Compreende também locais de interesse histórico, tais como a Quinta dos Aciprestes, a Capela de Nossa Senhora do Cabo e o Coreto de Linda-a-Velha.É considerada, desde a década de 50, como uma zona preferencial para se viver. Na altura, era vista como um espaço agradável, campestre, onde os preços da habitação eram baixos. Um apartamento na zona das Avenidas Novas de Lisboa custava mais do que uma moradia em Linda-a-Velha. O grande “boom” dá-se entre as décadas de 60 e 70. O 25 de Abril trouxe um leque enorme de pessoas a Linda-a-Velha, mas também de construção. Na década de 80, houve um grande desenvolvimento na zona da Avenida Carolina Michaelis e, mais recentemente, no princípio do milénio, construiu-se numa zona que é hoje designada de alto de Santa Catarina. É um promontório que fica por cima da Cruz Quebrada e do Dafundo e que tem uma vista privilegiada sobre a barra do Tejo. Linda-a-Velha é constituída por um segmento de população médio e médio-alto. Segundo os últimos censos, é a freguesia do País com mais automóveis per capita, o que origina problemas de tráfego e de estacionamento. Ainda segundo os últimos censos, em trinta anos, Linda-a-Velha cresceu de 12 mil habitantes para 36 mil habitantes, triplicando a sua população residente. Calcula-se que neste momento esteja com cerca de 40 mil habitantes, que representam cerca de 19 mil eleitores. Essa população está, de certa maneira dependente da capital, porque é aí que trabalha e faz muita da sua vida social e cultural, não esquecendo o comércio e as compras que os habitantes de Linda-a-Velha fazem em Lisboa. Para melhor exemplificar, na elaboração do estudo que precedeu a construção do Carrefour, em Oeiras, chegou-se à conclusão que 12 por cento da população que frequentava o Centro Comercial Amoreiras, à entrada de Lisboa, era oriunda das zonas da antiga Freguesia de Carnaxide que, até há treze anos atrás, incluía Linda-a-Velha no seu território. Posteriormente, foi decidido fazer a compartimentação administrativa da Freguesia de Carnaxide (Algés, Cruz Quebrada, Dafundo, Linda-a-Velha, Carnaxide e Queijas). (...)
sexta-feira, 4 de agosto de 2006
DO JORNAL DE OEIRAS DE 1.8.2006
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Carreiras urbanas com benefícios sociais
Vêm aí transportes mais baratos
Uma proposta de deliberação de novas carreiras urbanas de transportes colectivos, com preços sociais, deixa prever transportes mais baratos no concelho de Oeiras a partir de Janeiro de 2007. O serviço vai começar em Linda-a-Velha, Carnaxide e Queijas, e prevê alargamento a todas as freguesias do concelho. Pág. 3
__________________________________________Vêm aí transportes mais baratos
Uma proposta de deliberação de novas carreiras urbanas de transportes colectivos, com preços sociais, deixa prever transportes mais baratos no concelho de Oeiras a partir de Janeiro de 2007. O serviço vai começar em Linda-a-Velha, Carnaxide e Queijas, e prevê alargamento a todas as freguesias do concelho. Pág. 3
Carnaxide, Linda-a-Velha e Queijas
Novas carreiras urbanas com benefícios fiscais
Uma proposta de deliberação de novas carreiras urbanas de transportes colectivos, com benefícios fiscais e alargadas a todas as freguesias do concelho, vai ser apreciada pelo executivo camarário no próximo mês de Setembro. Carnaxide, Linda-a-Velha e Queijas figuram na primeira fase do projecto, que tem arranque previsto já para Janeiro de 2007.
O documento, a que o “JO” teve acesso, elaborado pela Divisão de Trânsito e Transportes e assinado pela vereadora do pelouro, Madalena Castro, será apresentado em próxima reunião do executivo, depois das férias de Agosto. A proposta refere que o novo serviço se articula em forma de parceria com o concessionário do transporte público, Vimeca, e prevê que numa primeira fase serão instituídas três carreiras, que servirão as Freguesias de Carnaxide, Linda-a-Velha e Queijas, fazendo também aprovar “a intenção de expandir este serviço a todas as freguesias do concelho”, numa calendarização que aponta Algés e Cruz-Quebrada/Dafundo para Junho de 2007; Porto Salvo e Barcarena, para Janeiro de 2008, e Oeiras, Paço de Arcos e Caxias, previstos para Junho de 2008.
Vocacionado para “estratos mais carenciados da população do Concelho”, no que diz respeito aos critérios sociais, a proposta introduz a isenção de pagamento, para munícipes com rendimento inferior ao salário mínimo nacional, e reduções no custo de títulos de transporte, de cinco e dez euros para utentes com mais de 60 anos, ou menores cujo agregado familiar aufira mensalmente menos de três ou dois salários mínimos respectivamente.
O esquema tarifário prevê ainda o bilhete de bordo de 50 cêntimos ou de 75, para viagens que incluam duas carreiras urbanas. Os horários a praticar desenvolvem-se entre as 8 e as 19 horas, em dias úteis, das 8 às 13 horas, aos sábados, não se efectuando qualquer serviço aos domingos e feriados. Quanto ao material circulante, o projecto prevê a utilização de veículos novos, adaptados a utentes de mobilidade reduzida, com capacidade de 25 lugares e elevados padrões de conforto.
C.A.S.
c-saraiva@hotmail.com
Novas carreiras urbanas com benefícios fiscais
Uma proposta de deliberação de novas carreiras urbanas de transportes colectivos, com benefícios fiscais e alargadas a todas as freguesias do concelho, vai ser apreciada pelo executivo camarário no próximo mês de Setembro. Carnaxide, Linda-a-Velha e Queijas figuram na primeira fase do projecto, que tem arranque previsto já para Janeiro de 2007.
O documento, a que o “JO” teve acesso, elaborado pela Divisão de Trânsito e Transportes e assinado pela vereadora do pelouro, Madalena Castro, será apresentado em próxima reunião do executivo, depois das férias de Agosto. A proposta refere que o novo serviço se articula em forma de parceria com o concessionário do transporte público, Vimeca, e prevê que numa primeira fase serão instituídas três carreiras, que servirão as Freguesias de Carnaxide, Linda-a-Velha e Queijas, fazendo também aprovar “a intenção de expandir este serviço a todas as freguesias do concelho”, numa calendarização que aponta Algés e Cruz-Quebrada/Dafundo para Junho de 2007; Porto Salvo e Barcarena, para Janeiro de 2008, e Oeiras, Paço de Arcos e Caxias, previstos para Junho de 2008.
Vocacionado para “estratos mais carenciados da população do Concelho”, no que diz respeito aos critérios sociais, a proposta introduz a isenção de pagamento, para munícipes com rendimento inferior ao salário mínimo nacional, e reduções no custo de títulos de transporte, de cinco e dez euros para utentes com mais de 60 anos, ou menores cujo agregado familiar aufira mensalmente menos de três ou dois salários mínimos respectivamente.
O esquema tarifário prevê ainda o bilhete de bordo de 50 cêntimos ou de 75, para viagens que incluam duas carreiras urbanas. Os horários a praticar desenvolvem-se entre as 8 e as 19 horas, em dias úteis, das 8 às 13 horas, aos sábados, não se efectuando qualquer serviço aos domingos e feriados. Quanto ao material circulante, o projecto prevê a utilização de veículos novos, adaptados a utentes de mobilidade reduzida, com capacidade de 25 lugares e elevados padrões de conforto.
C.A.S.
conferências e visitas - síntese
Caros Munícipes,
O tempo tem sido escasso e por isso não me tem sido possível dar notícias atempadas sobre o decorrer das actividades do Programa Verão 2006 da Associação Cultural de Oeiras - Espaço e Memória.
Por isso, venho agora fazer uma síntese, muito sumária, dos dois últimos eventos.
No sábado, 29 de Julho, tivemos oportunidade de acompanhar a interessante Visita Guiada ao CENTRO HISTÓRICO DA VILA DE OEIRAS, conduzidos pelo inefável Dr. Jorge Miranda que, dotado de um imenso saber, nos proporcionou um conhecimento mais profundo das origens remotas do núcleo original da povoação, da sua evolução, e dos seus contornos actuais.
Ficámos a saber que Oeiras teve a sua origem na Rua das Alcássimas. A qual felizmente ainda existe e ainda é habitada. A partir desta se expandiu e cresceu a povoação, num emaranhado de ruas, becos e pátios, que o Terramoto de 1755 iria 'rectificar' e 'limar' para dar origem àquilo que hoje conhecemos, ruas muito mais regulares. Curioso também pelo que atesta sobre a mentalidade da época foi saber que a 'bitola' usada para a reconstrução/rectificação das ruas foi a largura das procissões.
Foram tantas as histórias a respeito desta ou daquela rua, desta ou daquela habitação, desta ou de outra família, que pouco nos foi possível reter na memória.
Sem dúvida Oeiras é um livro e as suas ruas são como páginas que contam as histórias dos seus habitantes. Histórias que reclamam ser contadas para que não desapareçam na voragem do tempo. Histórias que pedem para não as esquecermos, para que nunca deixemos de compreender e amar esta maravilhosa terra.
Nesta segunda-feira, 31 de Julho, assistimos à palestra "E OS ROMANOS JÁ MORRERAM?", proferida pelo Prof. Dr. José d' Encarnação.
Uma apresentação fascinante, apoiada num diaporama deveras esclarecedor cheio de imagens encantadoras.
Encantou-nos a simplicidade linguística do orador, a grande capacidade de comunicar e prender a atenção, na medida em que temíamos ser confrontados com uma linguagem obscura e indecifrável, visto que o orador é SÓ o maior especialista português de Epigrafia.
Mas não. O Prof. Dr. José d' Encarnação, professor na Universidade de Coimbra, maravilhou-nos com a sua enorme facilidade de comunicar e transmitir aquilo que achou importante para a nossa compreensão do papel dos Romanos, quer na Península, quer na região de Oeiras.
Ficámos, por exemplo, a saber da existência de um achado importantíssimo em Laveiras. Trata-se de uma lápide funerária para um mausoléu "com caramanchão e tudo" feita em vida por um habitante romano local, de seu nome Flavius Quadratus...
Coisas fantásticas e fascinantes!
Também muito aprendemos sobre a Arqueologia e a Numismática, para além da dita Epigrafia. Foi uma noite maravilhosa, cheia de ensinamentos, na agradável esplanada da Casa das Queijadas de Oeiras, sob um ameno e luminoso luar de Verão a convidar-nos a regressar na próxima segunda-feira.
imagens: © cv comunicação visual 2006
nota: A visita programada para amanhã, sábado, 05 Agosto, às 10:00, "A IGREJA MATRIZ DE OEIRAS", será conduzida pelo Prof. José Meco. A concentração é no adro da própria Igreja e a entrada é livre. A conferência programada para segunda-feira, 7 Agosto às 21:30, "AZULEJOS DA VILA DE OEIRAS", será também proferida pelo Prof. José Meco, e todos ficam convidados a assistir.
O tempo tem sido escasso e por isso não me tem sido possível dar notícias atempadas sobre o decorrer das actividades do Programa Verão 2006 da Associação Cultural de Oeiras - Espaço e Memória.
Por isso, venho agora fazer uma síntese, muito sumária, dos dois últimos eventos.
No sábado, 29 de Julho, tivemos oportunidade de acompanhar a interessante Visita Guiada ao CENTRO HISTÓRICO DA VILA DE OEIRAS, conduzidos pelo inefável Dr. Jorge Miranda que, dotado de um imenso saber, nos proporcionou um conhecimento mais profundo das origens remotas do núcleo original da povoação, da sua evolução, e dos seus contornos actuais.
Ficámos a saber que Oeiras teve a sua origem na Rua das Alcássimas. A qual felizmente ainda existe e ainda é habitada. A partir desta se expandiu e cresceu a povoação, num emaranhado de ruas, becos e pátios, que o Terramoto de 1755 iria 'rectificar' e 'limar' para dar origem àquilo que hoje conhecemos, ruas muito mais regulares. Curioso também pelo que atesta sobre a mentalidade da época foi saber que a 'bitola' usada para a reconstrução/rectificação das ruas foi a largura das procissões.
Foram tantas as histórias a respeito desta ou daquela rua, desta ou daquela habitação, desta ou de outra família, que pouco nos foi possível reter na memória.
Sem dúvida Oeiras é um livro e as suas ruas são como páginas que contam as histórias dos seus habitantes. Histórias que reclamam ser contadas para que não desapareçam na voragem do tempo. Histórias que pedem para não as esquecermos, para que nunca deixemos de compreender e amar esta maravilhosa terra.
Nesta segunda-feira, 31 de Julho, assistimos à palestra "E OS ROMANOS JÁ MORRERAM?", proferida pelo Prof. Dr. José d' Encarnação.
Uma apresentação fascinante, apoiada num diaporama deveras esclarecedor cheio de imagens encantadoras.
Encantou-nos a simplicidade linguística do orador, a grande capacidade de comunicar e prender a atenção, na medida em que temíamos ser confrontados com uma linguagem obscura e indecifrável, visto que o orador é SÓ o maior especialista português de Epigrafia.
Mas não. O Prof. Dr. José d' Encarnação, professor na Universidade de Coimbra, maravilhou-nos com a sua enorme facilidade de comunicar e transmitir aquilo que achou importante para a nossa compreensão do papel dos Romanos, quer na Península, quer na região de Oeiras.
Ficámos, por exemplo, a saber da existência de um achado importantíssimo em Laveiras. Trata-se de uma lápide funerária para um mausoléu "com caramanchão e tudo" feita em vida por um habitante romano local, de seu nome Flavius Quadratus...
Coisas fantásticas e fascinantes!
Também muito aprendemos sobre a Arqueologia e a Numismática, para além da dita Epigrafia. Foi uma noite maravilhosa, cheia de ensinamentos, na agradável esplanada da Casa das Queijadas de Oeiras, sob um ameno e luminoso luar de Verão a convidar-nos a regressar na próxima segunda-feira.
imagens: © cv comunicação visual 2006
nota: A visita programada para amanhã, sábado, 05 Agosto, às 10:00, "A IGREJA MATRIZ DE OEIRAS", será conduzida pelo Prof. José Meco. A concentração é no adro da própria Igreja e a entrada é livre. A conferência programada para segunda-feira, 7 Agosto às 21:30, "AZULEJOS DA VILA DE OEIRAS", será também proferida pelo Prof. José Meco, e todos ficam convidados a assistir.
terça-feira, 1 de agosto de 2006
3 imagens da Fundição de Oeiras
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