domingo, 7 de fevereiro de 2010

Parque (pouco) Urbano do Alto de Algés








As trapalhadas no Alto de Algés estão a chegar a um limite que após conversas com alguns moradores concluímos que isto só lá vai com uma ida do bairro à bruxa.

Para mim não era preciso tanto.

Apenas que a CMO nos deixasse em paz!

Senhores VAG (Vereadores de Alto Gabarito) da CMO não façam nada por nós, mesmo nada! Esqueçam-nos, por favor! Cobrem os nossos impostos, gastem-nos onde quiserem mas deixem-nos em paz!

Parem de tentar fazer Obra aqui!

Tento explicar o porquê do desespero...

Algumas das Obras emblemáticas aqui no Alto nos últimos anos:

Construíram a rotunda do Alto de Algés há cerca de 7/8 anos e lembro-me perfeitamente de ter visto no site da CMO o projecto e o custo (100.000€). Anunciava-se a colocação de diversas "espécies arbóreas" como elementos decorativos.

Hoje quem aqui passa e observa a rotunda o que vê são 4 árvores, que de diverso têm o mau aspecto, algumas, coitadas, raquíticas de mau plantio e mau tratamento. Mal plantadas e mal escoradas deficientemente cresceram. Básico.

A factura já está paga.

Siga.

Alteração do sistema de recolha de RSU no Alto de Algés.

Ainda hoje ninguém percebe o porquê da alteração. Desperdiçaram-se milhares e milhares de euros de recursos públicos para trazer o lixo para a rua. Aguardam-se os estudos que justifiquem este retrocesso.

A factura já está paga.

Siga.

Sigam-me.

Inaugurado em plena campanha eleitoral autárquica/2009 e bem em cima do protesto que eu e grupo de moradores estávamos a iniciar contra a instalação dos Molocs e mais tarde das "Ilhas Ecológicas" no Alto de Algés por contraponto à desactivação da recolha de RSU via "casas-do-lixo", inaugurado em plena campanha eleitoral, dizia, o PARQUE URBANO DO ALTO DE ALGÉS (ver OeirasNet e CMO) foi palco de uma cerimónia com todas as forças vivas do Concelho e as damas de honor do costume (nem todas de saias).

Passaram-se uns meses e como diz o velho ditado: - "Depressa e Bem Não Há Quem".

Aí está o resultado.

Quem conhece Algés e a zona sabe que há anos que os terrenos ameaçavam aluir tendo mesmo parte já derrocado nos anos anteriores até aos limites dos edifícios que rodeiam a encosta.

Era só fazer o trabalho de casa. Mas que interessava? A Festa tinha de se fazer e a Obra inaugurada.

Alguém transpôs do estirador e directo (o cartaz da CMO anuncia 45 dias para obra...)para aquela terra pouco firme uns caminhos, umas árvores e até uns candeeiros.

Vieram as chuvas, fortes sem dúvida, excepcionais até (mas teriam de estar previstas no projecto de construção) e aí está o resultado.

Análise à estabilidade dos solos? Quem a fez?

A factura já está paga.

Siga.

Agora todos aqui no bairro receamos que se iniciem as obras na envolvente à rua Victor Duarte Pedroso e que nos trará um novo Espaço Verde (com 7 anos de atraso) a que chamei a atenção ao estado degradado e em tom de brincadeira em post dedicado no OL (ver Aqui).

Se algum dos responsáveis da CMO perder o seu tempo, precioso, a dedicar uns minutos que sejam a espreitar o OL e falo apenas enquanto morador, deixo aqui um apelo:

POR FAVOR NÃO FAÇAM NADA! DEIXEM ESTAR COMO ESTÁ! ADORO O PARQUE NATURAL DO ALTO DE ALGÉS!

Gostaria de passar a revelar problemas da Baixa de Algés e serão muitos (que a Clotilde, felizmente e de forma exemplar traz semanalmente ao nosso conhecimento) mas o disparate e a incompetência dos VAG que decidem estas coisas não me deixam sair aqui do Alto...

Quem nos salva?

12 comentários:

Isabel Magalhães disse...

UAU!

Ver para crer!

E há quanto tempo é que a "paisagem" está assim? E vedações, avisos de perigo, essas coisas... não há?

AFS disse...

Não percebo estes posts... É pura má-vontade.

João:
Isaltino promete um parque urbano para o Alto de Algés, mas na verdade faz um parque aventura. E grátis, ao contrário de outros aqui na zona. E o João ainda se queixa? Francamente...

O seu a seu dono: Isaltino faz mais do que aquilo que promete.

Clotilde Moreira disse...

João
Há anos fui com mais pessoas de camioneta dar uma volta pelo Alto de Algés e fiquei aflita porque estando em princípios de construção dos imóveis, os arruamentos traçados, já aprovados e "prontos" não previam a sua utilização plena por camioneta. Então pensei; se fôr necessário um carro grande dos Bombeiros como será. Nunca mais lá voltei mas parece-me pelas fotos um susto. E isto é uma zona nova onde se podia planear antes de fazer asneira. Não será só ganância mas também muita estupidez e falta de saber.

Há tempos estando a falar nos problemas que o mau estacionamento aqui para cima da Calç. do Rio pode ocasionar por não ser possível um carros dos bombeiros acudir fui informada que até há um carro pequeno para passar nestas vias. Claro que as vias já lá estavam e ainda bem que há um carro pequeno. Mas este não deve ser só a solução. Também precisa de largura.

AH! Agora lembrei-me: Não preciso de estar aflita com a falta de largueza do Alto de Algés como tenho estado desde a tal visita - há um carro pequeno dos bombeiros.
Clotilde

Oeiras Net disse...

Sem comentários. As imagens mostram tudo.

João Salgueiro disse...

Isabel;

Não há qualquer aviso. Existem junto às habitações e apenas no zona sul do bairro, umas fitas da polícia municipal que tentam limitar o acesso à zona.

Perguntei a alguns moradores dos prédios que estão junto à encosta, que está na eminência de derrocar em definitivo se continuar a chover com a violência das últimas semanas, se existem danos visíveis nas caves/garagens ou se já foram contactados pela CMO ou Junta de Freguesia para avaliarem potenciais riscos, mas até ao momento não.

Existe o muro que podem ver nas imagens e que já deixou de cumprir a sua função há muito tempo. A decorativa, porque de escoramento se era essa a intenção só mesmo para rir.

Não tenho contactos no IST mas se os tivesse convidava uma turma de potenciais engenheiros civis em início de curso para verem in loco o resultado de começar a obra pelo telhado...

Anónimo disse...

Mandem para o Nós por cá da sic

Unknown disse...

Oeiras sempre à frente no ambiente ...

Isabel Magalhães disse...

João;

Face às imagens o meu pensamento primeiro foi para os prédios das encostas... comecei mentalmente a ver milhares de toneladas de terra a engolirem os andares mais térreos.

Aqui no Alto de Santa Catarina, com uma situação geográfica semelhante, fala-se no risco em caso de tremor de terra.

Anónimo disse...

O engenheiro de obras de algés(salgueiro) é que devia ter feito a obra..o salgueiro a presidente!

Clotilde Moreira disse...

Concordo com o AFS. Viva a aventura.
Viva se não fossem imagens preocupantes como diz a Isabel.
Como diz o anónimo das 00.30 mandem para o Nós por Cá?
Clotilde

Anónimo disse...

Palavras para quê? O problema está á vista e agora tem é de ser resolvido, mas não é atamancado, esperemos que a Junta de Freguesia esteja atenta a estas situações e faça força junto da Câmara Municipal para que não se eternizem estes problemas, quer pelo mau aspecto, quer essencialmente pelos riscos que comportam.

Anónimo disse...

Meu caro João, tiro-lhe o chapéu pelo seu empenho e perseverança em zelar pelo local onde vive e tudo fazer junto das entidades competentes e responsáveis com vista à melhoria da qualidade de vida, designadamente ao nível ambiental. Só é lamentável que estando Algés integrada no dito (pelo presidente do município) concelho de excelência, se confronte com situações anómalas que ou levam demasiado tempo a sanar ou nunca chegam a ser resolvidas. Penso que se esqueceu de referir o arranjo do piso supostamente projectado para um quiosque mesmo no centro do espaço público/lazer da urbanização da Quinta da Formiga. Quantas crianças e até mesmo adultos se expuseram a perigos relacionados com a higiene pública, pois o espaço era propício e utilizado pelos cães para as suas necessidades fisiológicas, para além da concentração das águas pluviais, provocando igualmente outro tipo de problemas passando pela estagnação das águas, etc. ? Mas voltando ao parque em questão, durante diversos meses foi palco de inúmeras cerimónias de plantação de árvores para constar das inúmeras e excessivas publicações com que a Câmara publicita com o dinheiro de todos nós, o que faz, o que se propõe fazer, não referindo jamais o que de mau ainda vai havendo no concelho dito de excelência. O amigo João, porventura calcula em quanto terá importado o parque ? São igualmente os nossos dinheiros que por ali andam e não seria de contestar se efectivamente as obras tivessem sido feitas e fiscalizadas com o rigor necessário, evitando-se desta forma os efeitos nefastos advindos ainda no decurso do primeiro inverno, após a conclusão da obra (ainda a procissão vai no adro). João,não desespere e continue com essa garra e dinamismo a zelar pelos interesses da nossa freguesia. É um grande exemplo de cidadania e pena é não sermos mais a engrossar essa equipa. Da minha parte, esforçar-me-ei para colaborar. E a junta de freguesia, será que já tomou alguma providência junto da câmara ? Seria óptimo que o seu presidente desse conhecimento público dos factos.