Ainda não consegui perceber se temos um presidente e respectivo executivo à frente da Junta de freguesia de Algés (JFA) ou um agrupamento de pessoas… simpáticas e que gostam acima de tudo de uma boa festa para esquecer as desgraças…
A propósito do estado da freguesia provocado pelas condições climatéricas excepcionais que temos vivido nos últimos meses procurei alguma informação no site da JFA e o que vi foi notícias de festas e mais festas.
Consulto o site da JFA à procura de notícias ou alertas aos Algesinos, nomeadamente os do Alto de Algés sobre o que se está a programar para suster o deslizamento de terras junto à rua da Eira que ainda não sofreu qualquer intervenção e… nada!
O site, pobre, nada atractivo ou interactivo só fala de festividades passadas e anuncia as próximas. Ou seja a minha freguesia está permanentemente em festa. Festa no Carnaval dos seniores, Algés em festa no Carnaval dos juvenis, etc, etc (ver fotos). Festas que também mereceram páginas centrais e a cores num jornalito independente local mas de focal curto. Os problemas sobre o que se está a passar nas colinas do Alto de Algés não são notícia.
Procuro in-loco evidências de reparação nos inúmeros buracos nas ruas provocados pelas chuvas e devidamente sinalizados pelas placas “Obra a Cargo da Junta de Freguesia” e… zero!
Onde Pára o sr. Joaquim?
Há precisamente um mês trouxe ao O.L. as fotos do primeiro deslizamento de terras no Alto de Algés. Não existiu qualquer reacção visível por parte da Junta de Freguesia. Passados uns dias novo deslizamento no lado contrário da encosta e este, mediático (pateticamente comentado pela porta-voz de serviço da CMO aligeirando responsabilidades), já está a ser alvo de intervenção por parte da autarquia.
Onde Pára o sr. Joaquim?
Esta intervenção dos serviços da CMO junto do condomínio denominado “Páteo da Colina” ter-se-á revestido de maior urgência pela dimensão da derrocada (falta apurar responsabilidades públicas ou privadas, ou seja, quem vai pagar o pato) mas a ausência de intervenção em simultâneo com o que aconteceu junto dos edifícios da rua da Eira (responsabilidades claramente públicas e não comentadas pela responsável do pelouro e porta-voz de serviço neste tema) revela uma incompetência e um laxismo que não são dignos da excelência que enche a boca de quem dirige os destinos da autarquia quando se referem ao concelho. O resultado está à vista.
Onde Pára o sr. Joaquim?
As terras (decorreu um mês) já deslizaram até aos terraços das residências conforme se pode confirmar pelas fotos e a continuarem os níveis de pluviosidade como até aqui teremos nos próximos dias as terras a invadirem as habitações e porventura a própria circulação na rua da Eira.
Ver o impressionante avanço das terras decorrido um mês em que nada foi feito e precisamente no mesmo local pela comparação da foto 3 e 4.
Depois da derrocada na ribeira de Algés onde o sr. Joaquim (ainda sem as responsabilidades actuais) se colocou em bicos de pés e só faltou dar entrevistas para a CNN, sempre pensei que - face ao conhecimento demonstrado sobre o tema - tivesse algo a dizer aos Algesinos sobre o que se está a passar nas colinas do Alto de Algés e para quando a solução ou o que se projecta fazer. Nada, ninguém o vê ou o ouve.
Onde Pára o sr. Joaquim?
5 comentários:
João Salgueiro;
Muito bem perguntado.
Será que o sr. Joaquim vai responder? Ou melhor, vai fazer perguntas à CMO?
João Salgueiro,
Pelas fotos vê-se que está pior do que quando andei dois sábados seguidos a ver aquela zona.
Na Assembleia Municipal de 1/3 o assunto foi referido mas ... talvez a chuva não permita. Também há outro deslize na zona do Colégio das Irmãs Irlandesas nas traseiras da Av dos Bombeiros e haveria 6ªf. uma reunião com técnicos da CMO.
Esperemos que o site da Junta informe qualquer coisa brevemente.
Clotilde
Li, há dias, penso que num dos jornais locais, um artigo sobre as verbas que a CMO deu às juntas de freguesia para os festejos de carnaval de 2009 e 2010. Se encontrar o artigo não deixarei de o publicar.
João, são interrogações pertinentes.
Permita-me apenas uma pequena correcção: são condições atmosféricas excepcionais e não climatéricas.
O clima é a média; o estado de tempo (atmosférico) é a excepção, neste caso.
André;
Agradeço a correcção.
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