A chantagem - Opinião - Correio da Manhã
27 Março 2010 - 00h30
A voz da razão
'Mudar'. ‘Ruptura’. ‘Unir’. Três palavras, três candidatos à liderança do PSD. Curiosamente, a palavra essencial é outra. ‘Chantagem’. Deve o PSD aceitar a ‘chantagem’ do PS? Ferreira Leite aceitou-a, abstendo-se na resolução sobre o PEC. Porque acreditou que o chumbo laranja atiraria o país para eleições.
Alguém devia ter explicado à dra. Ferreira Leite que essa possibilidade é parte da chantagem. Mesmo que o governo deseje, como efectivamente deseja, bater com a porta, isso não depende da vontade do eng. Sócrates. Depende da vontade do Presidente da República. E, claro, da apresentação de uma moção de censura, ou de confiança, no Parlamento. Como Cavaco não está disposto a comprometer a sua reeleição, e como o PSD não parece interessado em suicidar-se na brincadeira das moções, o PS só terá fuga se, precisamente, fugir. Uma proeza que o eleitorado não costuma premiar.
O próximo líder não precisa de mudar, romper ou unir. Precisa de devolver a ‘chantagem’ à procedência, separando as águas. Se o PS fez a cama, o PS que se deite nela. Sozinho, lentamente e até ao fim.
27 Março 2010 - 00h30
A voz da razão
'Mudar'. ‘Ruptura’. ‘Unir’. Três palavras, três candidatos à liderança do PSD. Curiosamente, a palavra essencial é outra. ‘Chantagem’. Deve o PSD aceitar a ‘chantagem’ do PS? Ferreira Leite aceitou-a, abstendo-se na resolução sobre o PEC. Porque acreditou que o chumbo laranja atiraria o país para eleições.
Alguém devia ter explicado à dra. Ferreira Leite que essa possibilidade é parte da chantagem. Mesmo que o governo deseje, como efectivamente deseja, bater com a porta, isso não depende da vontade do eng. Sócrates. Depende da vontade do Presidente da República. E, claro, da apresentação de uma moção de censura, ou de confiança, no Parlamento. Como Cavaco não está disposto a comprometer a sua reeleição, e como o PSD não parece interessado em suicidar-se na brincadeira das moções, o PS só terá fuga se, precisamente, fugir. Uma proeza que o eleitorado não costuma premiar.
O próximo líder não precisa de mudar, romper ou unir. Precisa de devolver a ‘chantagem’ à procedência, separando as águas. Se o PS fez a cama, o PS que se deite nela. Sozinho, lentamente e até ao fim.
João Pereira Coutinho, Colunista
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