Caso Figo. Administrador do Taguspark soube do negócio mas esqueceu-se
Vítor Castro, administrador indicado pela câmara de Oeiras, declarou não ter conhecimento do contrato. Recuou um dia depois
Vítor Castro, administrador indicado pela câmara de Oeiras, declarou não ter conhecimento do contrato. Recuou um dia depois
Quando andam no ar suspeitas de crime, há uma reacção natural por parte de quem possa ser associado ao caso: não fui eu. Na comissão executiva do Taguspark, o administrador indicado pela Câmara de Oeiras protagonizou um episódio caricato de demarcação do caso Figo. A 24 de Fevereiro, Vítor Castro solicitou que fosse apensa à acta uma declaração assegurando nunca lhe ter sido pedida opinião sobre o contrato com o ex-futebolista Luís Figo. No dia seguinte retirou a declaração, invocando “razões de saúde” para não se recordar de ter participado na reunião em que os contratos promocionais do parque empresarial foram discutidos.
Em causa estão suspeitas de que o contrato estabelecido entre o Taguspark e a Lunastar Limited, empresa que representa Luís Figo, possa ter sido uma contrapartida pela participação do ex-futebolista na campanha de José Sócrates, nas últimas legislativas. A investigação está a ser conduzida pelo Departamento de Investigação e Acção Penal (DIAP) de Lisboa, que já deverá ter em mãos uma acta da reunião em que, a 25 de Junho de 2009, terá sido discutido e aprovado o “plano de promoção de curto prazo” do Taguspark, acta em que consta o nome dos três administradores executivos – incluindo Vítor Castro.
A 24 de Fevereiro, um dia depois de Isaltino Morais, presidente da Câmara de Oeiras, manifestar surpresa pelos valores que o contrato com Figo poderia atingir e de declarar a intenção de não o renovar, Vítor Castro pediu que fosse apensa à acta do conselho de administração uma declaração demarcando-se da iniciativa com o jogador. Na declaração, a que o i teve acesso, o administrador assegura que não assinou o contrato com Figo nem “nunca em momento algum” lhe foi pedida “opinião sobre os seus termos e o seu modelo”. Acrescenta ainda não ter participado na reunião em que foi decidido o contrato de comodato com a Dream Factory Network, escola virtual de futebol a que Figo está ligado.Logo no dia a seguir o administrador envia aos presidentes do conselho de administração e da comissão executiva um pedido – com conhecimento para Isaltino Morais – para anular a declaração da véspera. A justificação é simples: apesar de “por razões de saúde” não se recordar de ter participado em reuniões em que os contratos promocionais tenham sido discutidos, essa participação “é confirmada pelas actas da empresa”.
O i tentou perceber os motivos para as tomadas de posição contraditórias, mas Vítor Castro não respondeu às questões apresentadas. Também o presidente da Câmara de Oeiras não esclareceu se houve algum desentendimento entre este accionista e o seu representante que possa ter originado as declarações. (...)
3 comentários:
Desentendimento ???
O Vítor Castro é o marido da Vereadora Madalena Castro, ex-secretária pessoal do Isaltino, como pode não ter a sua confiança ?
O "homem" tentou demarcar-se, mas o Isaltino deve-o ter obrigado a voltar atrás... A maçonaria tem muito poder, em termos de acordos.....
A criatura depende do Isaltino para ter bons lugares de administrador (primeiro na Parque Expo, depois na Tratolixo e agora no Tagus Park)!!!
Coitado, um joguete nas mãos do Isaltino!!!
Não foi Isaltino que disse que votaria Sócrates/PS? Alguém duvida que Isaltino ajudou Sócrates para que este o ajudasse/ajude? É claro que o Vitor Castro é que vai pagar as favas.
A ex-secretáeria devia deixar de ser vereador e ir para casa tratar o litle Castro pois deve estar gravemente doente da tola, quando se esquece do que se passa na véspera numa empresa que administra. Mias um boy do Isaltino - Politicodependente
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