sexta-feira, 12 de março de 2010

Professor que vivia mau ambiente na escola suicidou-se - TSF

Professor que vivia mau ambiente na escola suicidou-se - TSF



Sintra
Professor que vivia mau ambiente na escola suicidou-se
Hoje às 07:15

Um professor que trabalhava numa escola em Sintra suicidou-se e deixou uma mensagem onde afirmava não suportar mais o mau comportamento dos estudantes.

O caso está, esta manhã, nas primeiras páginas dos jornais I e Público. O professor em causa deixou uma mensagem explicando porque decidiu pôr termo à vida.

As palavras foram encontradas no computador deste professor de uma escola de Fitares, em Sintra.

«Se o meu destino é sofrer, dando aulas a alunos que não me respeitam e me põem fora de mim, não tendo outras fontes de rendimentos, a única solução... apaziguadora... será o suicídio.»

A frase foi escrita em Novembro, no início de Fevereiro, o professor de música atirou-se ao Tejo, na ponte 25 de Abril.

O psicólogo que acompanhava o professor admite que este tinha «fragilidades» psicológicas que se terão agravado com a colocação na escola de Sintra e conflitos com um grupo de alunos do 9º ano.

Os jovens chamavam-lhe nomes, como «cão», «careca» e impediam o funcionamento das aulas.

Vários professores testemunharam a humilhação do colega, que de acordo com o jornal I, fez pelo menos 7 queixas escritas à direcção da escola de que não resultou qualquer processo disciplinar.

Uma familiar ouvida pelo jornal Público admite que o professor era uma pessoa “frágil” e “complicada”, mas garante que a escola ignorou os apelos para que se resolvessem os casos de indisciplina.

3 comentários:

Isabel Magalhães disse...

Um momento de pesar pelo professor.


(Porque será que esta triste notícia levou mais de um mês a chegar aos jornais?)

AFS disse...

Profundamente chocante.

Acrescento apenas, para quem não saiba, que se trata de Luís Vaz do Carmo, cronista do Oeiras Actual.

Isabel Magalhães disse...

É profundamente chocante, sim. É sempre pior quando se trata de alguém que conhecemos ainda que seja só pela escrita.

Quando li a notícia no último 'Oeiras Actual, dada pelo presidente da CMO, estava longe de imaginar...