domingo, 15 de agosto de 2010

Uma labiríntica aventura na Educação

Cartas à Directora do Jornal Público




Um labirinto é sempre um problema porque se conhece a entrada mas desconhece-se as muitas voltas e contravoltas do seu interior e não sabemos se chegaremos à saída. Na área da Educação não devia haver labirintos: todos devemos saber onde começa, os vários degraus que tem e como devemos e podemos subi-los e tentar sempre ir mais além, ir mais alto. Porém, nos últimos anos nem educadores nem educandos e famílias sabem os caminhos que estão traçados tais são as alterações que são introduzidas a todo o momento.

Uma das últimas novidades é acabar com os chumbos inspirando-se na Finlândia e arredores. Assim a frio até parece que a Ministra está bem informada e é tu cá tu lá com os bons exemplos do norte europeu. Porém lá as escolas são próximo dos seus utentes e as turmas têm 12 alunos por professor. Aqui não há espaço para fazer toda a análise das idiotices que o Ministério da Educação vem acumulando como seja o fecho escandaloso das últimas 700 escolas obrigando pequenos portugueses a fazerem longos trajectos diários de camioneta para chegarem à noite às suas casas cansados; dos mega-agrupamentos concentrando milhares de alunos em unidades enormes e descaracterizadas; da degradação e desautorização do corpo docente, da falta de pessoal auxiliar devidamente habilitado para acompanhamento dos alunos no meio escolar. Era bom que esta Ministra da Educação se empenhasse em conhecer o que de exemplar existe no Mundo e implantasse Uma Boa Aventura na Educação.



Maria Clotilde Moreira

3 comentários:

Isabel Magalhães disse...

A sra. ministra parece querer começar a casa pelo telhado.

Afonso de Melo e Cunha disse...

Uma anedota.
Este país não tem futuro.

Isabel Magalhães disse...

Não tem furturo, o presente é o que se sabe, e o passado (salvo casos pontuais) foi aquilo que se viu!