segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

Reabilitação urbana: começar pelo princípio

Nos últimos tempos, revistas e suplementos de jornais dedicados ao imobiliário, publicam cada vez mais artigos sobre a urgência de se centrar esta “indústria” na reabilitação urbana, área da construção esquecida e abandonada face à apetência das grandes construtoras de fazerem “novos”. Claro que esta política que parecia ir resolver os problemas do País depressa se mostrou limitada pelo número de fogos que estão sem compradores, fruto da oferta excessiva, estagnação da população, endividamento das famílias, etc. tendo-se, entretanto, abandonado a manutenção do edificado criando-se verdadeiras cidades fantasmas de prédios a cair, opção que até serviu de suporte ao deferimento de novos empreendimentos.

Porém e face aos clamores de defesa da reabilitação, é urgente – em alguns casos já está muito atrasado – que todos os proprietários sejam obrigados a manter em bom estado de conservação o seu património, criando-se mecanismos fiscalizadores e interventivos para que a legislação sobre a conservação da propriedade seja uma prioridade. Assim, a pintura periódica das fachadas, a pronta resolução das roturas internas, os telhados, a vistoria das condutas de gás, a segurança dos elevadores e muitas outras vertentes incluindo o correcto funcionamento da administração dos condomínios, tem de ser uma prioridade não só dos proprietários privados mas também das entidades públicas, e da fiscalização para que as nossas vilas e cidades não tenha o aspecto de catástrofe e se transformem em espaços apelativos fixadores de população.



Maria Clotilde Moreira / Algés



Artigo publicado nas Cartas à Directora do jornal Público desta data.

1 comentário:

Anónimo disse...

E também aqui em Oeiras. Há muitos prédios a cair e ninguém foi ou é responsabilizado pelo abandono
De Tercena