domingo, 4 de setembro de 2011

Contra o abate de árvores em Santo Amaro de Oeiras


Tenho recebido de vários Amigos a informação de que a “Câmara Municipal de Oeiras ordenou o abate de 90% das árvores de Santo Amaro. Ou seja, todas as árvores que durante anos fizeram parte do nosso dia-a-dia e que tornavam Santo Amaro tão giro vão desaparecer…”, com o pedido de mostrarmos a nossa tristeza por tal atitude. Eu protestei enviando o e-mail abaixo também para as várias forças politicas.

Noticias mais recentes sobre contactos já havidos por parte dos moradores com a CMO, esclarecem que a Autarquia justifica este abate pelos “danos causados nas infra-estruturas e passeios pela maior parte das árvores" e ainda o facto de “a iniciativa da CMO ter correspondido aos pedidos de vários munícipes que se queixavam de estragos causados pelas ditas árvores nos seus muros e jardins”.

Mas estes moradores não aceitam estas justificações e diligenciaram para que a CMO convoque uma reunião urgente para a semana que se avizinha. Sabemos também que os moradores estarão a afixar cartazes de alerta.



Exmos. Senhores



Como sabem desde há muito que venho reclamando pelo abate de árvores que tenho visto aqui em Algés (anexo da av. Bombeiros Voluntários) . E ainda por cima tardam muito em replantarem quando dizem que as árvores estariam doentes.

Agora pessoas amigas fizeram-me chegar uma informação sobre o abate que está a ocorrer em Santo Amaro de Oeiras considerada a zona mais antiga de Oeiras, e que é marcada por edifícios históricos e zonas habitacionais muito bem harmonizadas, desde há muitos anos, por árvores de grande porte que lhe atribuem uma qualidade de vida única.

Grave, dizem os meus Amigos, é que o abate destas árvores está a ser feito sem que os moradores tenham sido informados das razões de tão violenta acção.

Desta forma apresento o meu protesto e gostaria que prestassem esclarecimentos sobre o que está a ser feito a esta zona de Oeiras. Quando vão ser as árvores substituídas?

Maria Clotilde Moreira - Algés

22 comentários:

Anónimo disse...

Tem toda a razão. Já enviei para a CMO um mail com foto dum cartaz da CMO em que dizem: "Vá de comboio, o Ambiente agradece", e em que eu acrescento: NAO ABATAM AS ARVORES O AMBIENTE AGRADECE E OS MUNÍCIPES TAMBÉM.
Alexandra

Anónimo disse...

Agradecíamos conhecer a data e o local da reunião proposta pema CMO sobre o abate de árvores

Fialho Barata disse...

É dificil comentar com moderação, conforme nos é pedido pela blogger a quem desde já agradeço em nome dos indignados residentes de Stº Amaro de Oeiras, mas vou tentar:
O vandalismo que se abateu sobre uma das mais bonitas zonas urbanas da grande Lisboa é de arrepiar. A gana destrutiva das árvores desta freguesia de Oeiras é indefensavel!
Quando os serviços responsaveis argumentam com o estado sanitário das árvores, não convencem ninguém, até porque não foi tornado público qualquer estudo avalisado e independente sobre o estado fitossanitário deste arvoredo urbano.A argumentação, também usada, de que a acção prevê a criação de mais estacionamento, também não colhe, nunca ouvi um residente da zona queixar-se da falta de estacionamento e também ninguem entende como é que ele aumenta com o corte das árvores. Outro argumento dos responsaveis é de que as árvres destroiem com as suas raizes muros e casas. Esta é de cabo de esquadra, sem ofensa nem para os cabos, nem para as esquadras! A destruição do arvoredo nesta freguesia vai causar muitos mais danos do que aqueles, muito poucos, que as raizes das árvore poderão eventualmente ter causado. Na realidae as arvores existentes têm servido para fixar um solo fortemente instavel sobre o qual foram contruidas muitas das moradias aqui existentes e que apesar da acção fixadora das raizes daquelas sofrem com quedas de rebocos e abertura de rachas em muros e paredes. Finalmente vou finalizar (o pedido de moderação pode ser para a qualidade e quantidade do comentário) perguntando: é solução tentar resolver alguns males criando males muito maiores (aumento de poluição, degradação do ambiente em todos os seus componentes, degradação da paisagem urbana, perdas patrimoniais, sociais e culturais) que vão causar danos irreparaveis ??? Apelo aos responsaveis: façam as coisas com bom senço e moderação!

Anónimo disse...

Já assisti a uma fúria anti-árvore idêntica há cerca de 25 anos em Carcavelos e igualmente c/ o argumento da doença das ditas.Os moradores apanhados de surpresa quando saíam de casa para trabalhar ou para as escolas (e tb nao avisados) opuseram-se ao abate agarrando-se cada um a uma árvore. As arvores doentes ainda lá estão.Se gastassem dinheiro público com outras coisas ....
Alexandra

Clotilde Moreira disse...

Face ao escandalo que é abater árvores como está a acontecer - esta minha luta em Algés vem de 2005 pelo menos - é dificil sermos moderados nas palavras que nos saltam do peito. Mas como principio deste espaço devemos tentar não utilizar as tais palavras ofensivas.
Espero sinceramente que ainda se possam salvar algumas e que a CMO reponha as que já cortaram. Fico também à espera de saber quando será a reunião para tentar também estar presente
Obrigada a todos
Clotilde

Anónimo disse...

Aqui em Santo Amaro já há uma rua sem árvores. Também em Caxias cortaram árvores. Porquê?
Anabela

Anónimo disse...

É preciso não esquecer que as árvores têm raizes, que as raizes das árvores se expandem pelo subsolo e danificam condutas de água, gás levantam passeios, estradas quendo não impedem mesmo a normal circulação dos peões pelos passeios. Não estou com isto a querer defender o corte de todas as árvores de Santo Amaro, mas casos particulares com certeza. Também considero alarmista a percentagem de 90%, com certeza que não seram tantas. Mas ainda em relação às árvores é preciso não esquecer que elas crescem e muito, uma coisa é serem árvores pequenas com um diâmetro de tronco aceitável, outra é quando se tornam adultas e demasiado grandes. Porque não fazer uma trasladação destas árvores para jardins públicos no Concelho e no lugar delas plantar árvores jovens e pequeninas?

Análio da Silva

pedro vasconcelos disse...

Alguém devia por uma providencia cautelar contra a CMO por atentado ao ambiente.
Eles nunca mais vão voltar a plantar as arvores.
É uma vergonha!!!!!

Anónimo disse...

Faz parte da política de contenção...de qualquer forma,os espaços verdes em Oeiras andam há algum tempo em roda livre, porque os seus dois principais responsáveis foram alvo de processos disciplinares e agora andam à procura de outra situação que não na CMO.

Anónimo disse...

Sobre o abate de árvores
Qualquer processo de Planeamento nacional ou municipal, tanto por imposição legal, como em cumprimento das mais elementares regras de participação pública, carece de prévia e alargada divulgação junto dos interessados, de molde a permitir a participação das populações nas decisões que lhes digam respeito. O que in casu não se verificou

Anónimo disse...

Assunto: Abate de árvores.
Soube que provavelmente na próximaa semana haverá uma reunião ( presumo que na Junta de Freguesia)sobre este caso. Indicarei aqui a data e a hora da mesma.
Alexandra

Anónimo disse...

Alguma coisa tem de ser feita.
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Nas ruas José Diogo da Silva e Dr José Joaquim de Almeida as árvores (acácias do Japão, freixos e lódãos) impedem os peões de circular nos passeios e encontram-se em muito mau estado. Não há inverno em que não caia uma. Estas espécies nunca deviam ser plantadas a ladear ruas e arruamentos devido ao comportamento das suas raízes e à envergadura que os troncos e as copas podem atingir.
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É também verdade que os passeios nestas duas ruas se encontram em péssimo estado e existem situações de partes de lancil completamente levantados pelas raízes.
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Talvez não 90%, mas muitas devem ser abatidas.
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AS preocupações estéticas e paisagistas não devem ser o único critério para a apreciação destas situações.
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Com critério mas sem fundamentalismos , abatam as que tem de ser abatidas.

Isabel Magalhães disse...

Aqui está um comentário que eu subscrevo:

"Com critério mas sem fundamentalismos, abatam as que têm de ser abatidas."

E acrescento:

Na minha freguesia gostaria que continuassem a abater uma espécie que deita uns algodões horríveis e que é prejudicial à saúde das pessoas com problemas alergo-respiratórios.

Clotilde Moreira disse...

Claro que há casos em que as árvores devem ser podadas, tratadas, e mesmo abatidas. Mas podiam antes disso ao nivel das Juntas de Freguesia informar a população porque vão abater e se vão substituir e porque não. Acontece é que quando menos se espera vai tudo ao chão.
Para umas coisas falam falam falam. Para outras impõem.
Clotilde

Isabel Magalhães disse...

Clotilde;

Podar e tratar custa dinheiro e a CMO parece andar demitida de muitas funções. As tílias da minha zona estão doentes há "séculos"; deitam uma goma horrorosa que encharca os passeios e deixa tudo imundo e nunca foram tratadas, apesar das vezes em que aqui se falou do assunto e das vezes em que se escreveu ao geral da câmara.

Clotilde Moreira disse...

Isabel
Essa doença das Tilias é – Cigarrinha da fluorescência dourada e Cochonilha algodão, males que podem e devem ser tratados com Confidor e Zolone. Já no passado informei a CMO e eles dizem que andam a tratar mas como é aqui num estacionamento informaram que é " dificultado por existirem vários carros estacionados sobre as mesmas, impossibilitando "
Clotilde

Isabel Magalhães disse...

Clotilde;

Pois, seja ela qual for - a doença - eu também já informei os Espaços Verdes e algumas pessoas da CMO que aqui vieram em visita no final do ano passado. Facto é que este ano, mal começou a aparecer a nova folhagem surgiu de imediato a doença.

Anónimo disse...

Alguém comentou o facto de as árvores impedirem a passagem dos peões nos passeios. Presumo que, pela mesma razão, também seja apologista do abate dos candeeiros e dos sinais de transito, ( tb estão em cima dos passeios).
alexandra

Clotilde Moreira disse...

Em esclarecimento que recebi "há um estudo de 1995, que já alertava os serviços da Câmara Municipal para o mau estado das árvores ali plantadas e um estudo mais recente (2009) indicava que 80% delas já se encontravam com graves problemas fitossanitários." O que faltou - reconhecem - foi falta de envolvimento da população o que parece vão fazer.
Clotilde

Isabel Magalhães disse...

Resposta [8 de Setembro de 2011 20:09];

Parece que se esqueceu das pessoas com deficiência; os cegos, os que têm deficiência motora, os idosos de mobilidade reduzida, os que empurram carrinhos com bebés... Nos países ditos civilizados - e a bem da mobilidade - não há obstáculos nos passeios. Iden iden para os contentores do lixo.

Anónimo disse...

DATA, HORA E LOCAL DE REUNIÃO SOBRE O ABATE DE ÁRVORES:

Na próxima 3ª feira, dia 13 de Setembro às 17h00 no Auditório da Biblioteca Minicipal de Oeiras.
Alexandra

Anónimo disse...

Alexandra,

Não confundamos aquilo que não é confundivel. As árvores plantadas à 30 anos cresceram entretanto, temos que perceber que o espaço publico não foi dimensionado para árvores de grande porte, já que quando se faz alguma coisa em Portugal nunca se pensa no longo prazo mas sim no imediato. Um passeio que há 30 anos tinha metro e meio de largo com uma árvore plantada na sua extremidade hoje, em muitos casos essa árvora tem um diâmetro superior a 1 ou 2 metros, ora como o espaço publico se mantem o mesmo isso causa problemas, a que se somam raizes que danificam canalizações etc. Também no caso das amoreiras as amoras que caiem sujam o chão completamente e danificam a pintura dos carros, e outras árvores libertam grandes quantidades de algodão que é péssimo para as alergias. Eu sou a favor da trasladação das árvores muito grandes para parques próprios, do corte das árvores velhas e doentes e da plantação de novas árvores mais pequenas e que tenham em conta o espaço publico em que estão inseridas.

Análio da Silva