Dia a dia
O adeus ao Magalhães
O Magalhães morreu. Paz à sua alma!
O pequeno computador azul não tinha objectivos pedagógicos de qualquer espécie, mas isso não impediu José Sócrates de vender mais de um milhão de unidades a professores e alunos dos ensinos básico e secundário. E foi tão eficaz no marketing que até no estrangeiro a engenhoca foi vendida como uma espécie de viagra tecnológico-pedagógico para todas as bolsas.
Isto prova à sociedade que, embora tenha deixado muito a desejar enquanto primeiro-ministro, José Sócrates foi um excelente vendedor. E foi amigo do seu amigo, co-mo podem testemunhar os responsáveis da JP Sá Couto.
Mas a felicidade de uns quantos parceiros teve o seu preço. O azulinho custou mais de 260 milhões de euros ao Estado, e a fundação criada para gerir o programa e.escola deixa atrás de si uma dívida de 70 milhões.
Por tudo isto, o fim do Magalhães não merece luto. A decisão de fechar a torneira a esse escoadouro de dinheiro mal aplicado não poderá ser considerada vital para a recuperação do País, mas ao acabar com a anedota sem graça de um negócio de contornos duvidosos é, pelo menos, uma medida de bom senso e bom gosto.
3 comentários:
Concordando com a barraca que foi o concurso e o óbvio compadrio com a J.P. Sá Couto, discordo no entanto que os computadores não tenham servido o seu objectivo pedagógico.
Só quem não teve filhos pequenos na escola nos últimos anos é que desconhece que aquelas maquinazinhas não estimularam as crianças e não permitiram a muitas famílias a possibilidade de proporcionarem um computador aos seus filhos.
Por isso, 260 milhões de euros investidos na modernização tecnológica das escolas e na estimulação das crianças pequenas para a informática há-de dar os seus frutos daqui a uns anos.
Para alguns deu logo frutos... Compraram-nos a custo zero e foram vendê-los na Feira da Ladra e outros lugares semelhantes...
eu quando vi o comentário ao Magalhães eu pensava que era mais um funcionário a abandonar o barco como a Dt Zalinda com os bolsos cheios hi.hi.hi
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