domingo, 17 de junho de 2007

Regresso de Férias

Praga - Vista da Ponte dos Santos ou Ponte Carlos IV


Estou de volta depois de uns curtos doze dias de férias por Budapeste e Praga com um pequeno desvio de três dias a Paris para ver Arte e regalar os olhos nas montras da cidade luz. Chegada ao início do dia de hoje julgo ser próprio dizer que estou completamente "a leste" da blogosfera, já que durante a viagem nem na net entrei para ler o correio, apesar das facilidades disponíveis nos hoteis.



Aproveitei a viagem para percorrer de comboio a distância de 650 kms que separa Budapeste de Praga e conhecer a paisagem da Eslováquia via Bratislawa. Nas cidades, e durante os vários circuitos turísticos com guia, em autocarro, e também de barco nos rios Danúbio e Moldava, tomei conhecimento do muito que tem sido feito para recuperar as cidades da devastação perpretada pelos ocupantes e retirar das águas dos rios tudo o que durante anos lá foi lançado, desde lixo a sucata industrial.



Estas cidades, renascidas das cinzas do bloco de leste, estão em franca recuperação e extremamente voltadas para o Turismo, com um enorme aproveitamento do potencial da sua paisagem ao longo de rios de reduzida largura, por comparação com o nosso Tejo. Em qualquer das duas, não há um espaço que não tenha uma esplanada, café, bar, ou restaurante, e a animação é total. O custo das refeições nos restaurantes é elevadíssimo e tem incluído o serviço que varia entre 15 e 20%, e mesmo o preço dos alimentos num pequeno supermercado onde entrei por curiosidade e para comprar água, é também muito superior ao nosso. Ao longo dos rios proliferam os espaços de lazer e gastronomia onde se pode marcar encontro com a cozinha típica. Os violinos estão quase sempre presentes e contribuem para um clima de cenário de outros séculos. Nas Igrejas há diariamente concertos de música clássica e actuação de grupos corais, na sua larga maioria com admissão paga.



Apesar de membros de pleno direito da União Europeia desde 2004, a Hungria e a República Checa tem moeda própria. A língua inglesa, embora não desconhecida, é falada por poucos. Face à necessidade de um taxi é preferível entrar num hotel e pedir que chamem um e negociar o preço já que na rua a recusa de ligar o taximetro é uma constante.

7 comentários:

Ruvasa disse...

Viva, Isabel!

Espero que tenham sido férias agradáveis... e produtivas, porque não basta que sejam agradáveis, não é verdade?

Ora aí estão duas cidades que estão nos planos familiares visitar, tão logo termine a saga oriental e do hemisfério ocidental extremo.

É que estamos a guardar estes países um pouco mais perto, para quando for melhor poupar-nos a esforços sempre "esforçados" lá mais para longe.

Além destas duas, Budapeste e Praga, há mais algumas que muito nos seduzem, a saber: Viena, Moscovo e S. Petersburgo, está última por causa dela própria e da sua história e mais também pelo grande Hermitage.

[]

Ruben

Isabel Magalhães disse...

Viva Ruben;

Foram férias de lazer e que considero produtivas sempre que se adquirem conhecimentos como foi o caso.

Budapeste e Praga são duas cidades muito grandes e planas com excepção do lado BUDA (vuda, wasser, water, água, vida) situado numa colina, que estão bem servidas de eléctricos e autocarros urbanos e de turismo para poder apreciar a vista. As viagens de barco no Danúbio, com percursos e duração diferenciadas, são uma boa alternativa. Pode-se, inclusivé, apanhar um com destino a Viena, uma opção ao comboio ou ao avião. Soube posteriormente que também há barcos que sobem o rio em direcção a Praga.

San Petersburgo e Moscovo visitei no ano 2000, de barco, pelos lagos, rios e canais, ao longo de um percurso de 2.000 kms, assim como alguns pontos inportantes entre as duas cidades. (Rota dos Csares). Confesso que gostei muito mais de San Petersburgo e não só por causa do Hermitage onde, e infelizmente, nos "dão" pouquíssimo tempo para admirar as obras.

Viena é um deslumbre e está ali "ao virar da esquina", (faz-se perfeitamente de carro) mas a Austria tem muito mais para ver além da capital. Tive a sorte de lá poder ir várias vezes quer de verão quer de inverno para aproveitar a neve.

[]

I.

O Cu de Oeiras disse...

12+3= 15 Dias de Férias

Não dexa nenhuma dúvida! Nós os ricos somos assim! e depois dizem que o Pinto de Sousa não tem razão; Com o País em crise e o pessoal em férias!

Pena eu ser dos "Nós os pobres somos assim", mas!!!!

Abraço
Boavida Pires

Isabel Magalhães disse...

Olá Boavida;

Temos que ir beber um café para trocar impressões das viagens, da tua e da minha...


Um abraço desta 'pobre'. :)))

I.

Anónimo disse...

Um blog de viagens??
Ficarei atento!!

contradicoes disse...

Pelo que se depreende do post foram umas interessantes férias vividas no roteiro previamente escolhido. A filosofia utilizada para a promoção turística, a avaliar pelo auto custo na restauração, faz-me lembrar o erro cometido pelos operadores turísticos do Algarve, que por causa da sua ganância fazem com que este destino seja preterido e escolhidas outras ofertas espanholas muito mais acessíveis.

Isabel Magalhães disse...

Caro 'contradições';

No balanço final Budapeste é uma cidade ainda mais cara que Praga. Num vulgar restaurante de rua ou esplanada, uma garrafa pequena de água, 1/4l ou 33 dl custa entre 3 e 4 euros e se for 'francesa' quase duplica.
Num MacDonalds em Praga, 33 dls de água lisa custava 4,5 euros. (Escusado dizer que ficou lá!) :)
Ao pedir um copo com água da torneira recebe-se a resposta que a Lei não permite.
No entanto, a cidade estava cheia de turistas e a oferta de locais ligados à industria da restauração é enorme. Sobre o total da factura incide sempre o serviço de 15 a 20%.
Os circuitos guiados também são caros e os bilhetes para os Concertos custam entre 30 e 40 euros.
Mesmo assim, são cidades a não perder. :)

Saudações.

I.