sexta-feira, 25 de março de 2011

A salvação está nas batatas

A próxima reforma da PAC está em discussão. Há cerca de vinte e cinco anos foram aceites e tomadas decisões que conduziram a um desequilíbrio grave que resumidamente se pode dizer que foi morta e enterrada a agricultura portuguesa. Aquelas opções liquidaram um número apreciável de explorações rentáveis reduzindo a superfície agrícola e o número de postos de trabalho e o País tornou-se um importador compulsivo aumentando a nossa divida externa. Esta política também contribuiu para a desertificação de muitos Municípios e o aumento da pobreza por falta de planos de escoamento do pouco que alguns teimaram em produzir.

Porém, as muitas reclamações e o finca pé de algumas estruturas em demonstrar os erros do passado, a consciencialização de que é necessário garantir o acesso a produtos nacionais com preços justos e a oportunidade de fixar as populações nas suas terras, criando-se postos de trabalho e reconhecendo-se o direito de organizar a produção de acordo com as necessidades, estão a obrigar a repensar novos caminhos para uma agricultura sustentável e sustentada que conduzirá a um independência alimentar.

Ao percorrermos a história de Portugal deparamos com muitas leis que tendiam à obrigação dos proprietários de cultivarem ou darem a cultivar as terras, mas pouco ou nada foi cumprido e as terras continuam abandonadas. Parece estar na hora de uma politica agrícola portuguesa. Eu tento comprar português, e vocês?



Maria Clotilde Moreira / Algés


Artigo publicado hoje nas Cartas à Directora do Público.

Em itálico a parte não publicada no jornal.


2 comentários:

Isabel Magalhães disse...

Eu também tento. O problema surge quando só encontro laranjas de Espanha, maçãs de França, limões não sei de onde...

Anónimo disse...

E PERGUNTAR AO GRANDE CULPADO, O SR. PRESIDENTE DA REPÚBLICA????