01h47m
O militante socialista Rómulo Machado quebrou o discurso de unidade em torno do secretário-geral do partido, José Sócrates, acusando-o de levar Portugal à bancarrota, o que lhe valeu os primeiros assobios do XVII Congresso Nacional do PS.
"Entendo que, e tenho pena que não esteja aqui o nosso secretário-geral, porque gosto de dizer estas coisas na presença das pessoas, o primeiro-ministro que nos conduziu a esta situação e que conduziu Portugal a uma situação de bancarrota não tem condições para nos fazer sair dela", afirmou o militante socialista, resultando as suas palavras num coro de assobios dos poucos congressistas que ainda resistiam na Exponor, em Matosinhos, já ao início da madrugada deste domingo.
No final da intervenção, o responsável pelos trabalhos e presidente do partido, Almeida Santos, disse apenas: " Não faço nenhum comentário porque o camarada tem como militante socialista o direito à sua opinião".
Mal subiu ao púlpito, o militante fez questão de "protestar" contra a forma como decorreram os discursos, com "muitíssimas" intervenções de camaradas da "nomenclatura com uma chocante desigualdade na atribuição dos tempos".
"O congresso não pode ser transformado num comício. Um congresso de um partido democrático deve ser sobretudo um momento alto de debate e confronto de ideias e não de aclamação de um líder", criticou.
Poucos minutos depois, Almeida Santos encerrava o segundo dia de congresso, cumprindo a promessa, à 1 hora da madrugada.
1 comentário:
Nem todos usam palas e muitos têm devolvido o cartão.
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