quinta-feira, 19 de abril de 2012

Melhor preso que doente

Melhor preso que doente



 
18 Abril 2012
Correio Director

Melhor preso que doente

 

 

O número de reclusos nas cadeias portuguesas ultrapassa, pela primeira vez desde 2004, os 13 mil. A larga maioria, para cima de dez mil, está a cumprir pena: têm cama e mesa – e só não têm roupinha lavada porque ainda nenhuma alma caridosa se lembrou de a reclamar em nome da dignidade de quem está privado da liberdade.


Por: Manuel Catarino, Subdirector


A população reclusa custa diariamente meio milhão de euros aos contribuintes. Mal por mal, mais vale na cadeia do que no hospital. E é verdade. Um doente internado num hospital público é obrigado a pagar a taxa moderadora. Um criminoso à sombra nada paga: tem tudo à borla, dormida e comida, e até direito a assistência médica de graça.

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