18 Abril 2012
Correio Director
Melhor preso que doente
O  número de reclusos nas cadeias portuguesas ultrapassa, pela primeira  vez desde 2004, os 13 mil. A larga maioria, para cima de dez mil, está a  cumprir pena: têm cama e mesa – e só não têm roupinha lavada porque  ainda nenhuma alma caridosa se lembrou de a reclamar em nome da  dignidade de quem está privado da liberdade.
A  população reclusa custa diariamente meio milhão de euros aos  contribuintes. Mal por mal, mais vale na cadeia do que no hospital. E é  verdade. Um doente internado num hospital público é obrigado a pagar a  taxa moderadora. Um criminoso à sombra nada paga: tem tudo à borla,  dormida e comida, e até direito a assistência médica de graça. 
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