quarta-feira, 11 de abril de 2012

Que futuro?





   Isto está mesmo a aborrecer o mais pacífico do português. Além de dizerem para encolhermos o número de Freguesias determinando os prazos e parâmetros, determinam os feriados que a história de Portugal deve assinalar. Depois determinam o número de funcionários que cada organismo oficial pode ter e até os ordenados, e se podem ter subsídio de Natal e de férias. Obrigam também a aumentar os impostos tornando alguns serviços básicos completamente obscenos como a factura da luz. Quando alguém reclama são mandados calar porque foi, é a troika que manda.
   Se alguém fez asneira e vendeu mesmo o nosso País a uma entidade que de vez enquanto pode vir (?) cá controlar e dar ordens porque lhe devem dinheiro, não se poderia pagar essa dita divida entregando os asneirentos para irem trabalhar para esses tais agiotas?
   Por enquanto este País só tem livre o Sol e o acesso às praias até porque o campo tarda em estar mesmo aproveitado atraindo gerações mais novas. E em nome, não sabemos de que progresso, todos os dias a comunicação social nos informa dos muitos serviços públicos que são encerrados tornando muitas terras em desertos.
   Todos sabemos que reduzir por reduzir desta maneira não leva a lado nenhum senão à pobreza. É necessário que os mentirosos, neuróticos, alucinados, esquizofrénicos e com transtornos de personalidade que nos estão a impingir desculpas para aceitarmos as desgraças, se transformem em decisores conscientes e que oiçam as propostas que existem para darmos um futuro melhor aos nossos jovens. E era bom que com insistência, se tornasse público, os bons exemplos – no meio rural e empresarial -  que apesar de toda a crise conseguem singrar para serem seguidos e darmos a volta a este estado de coisas.

Maria Clotilde Moreira / Algés


Artigo publicado no JO de ontem
 

4 comentários:

Isabel Magalhães disse...

O acesso às praias não será - exactamente - livre. Os municípios trataram de ocupar o terreno e instalar parkimetros.

Isabel Magalhães disse...

Sobre as facturas: No mês passado a minha factura Galp Gás tinha 30% de consumo. Os restantes 70% destinavam-se a taxas e impostos.

Uma das taxas era a velhinha 'aluguer do contador' que foi proibida mas ressuscitou com um outro palavrão qualquer.

Clotilde Moreira disse...

Isabel
Tem toda a razão com a afctura do gás. Também a da água.
Se eles descobrem que o Sol que nos entra pela janela nos sabe bem... poderão inventar uma taxa ao nascer para pagarmos o Sol.
Clotilde

Isabel Magalhães disse...

Sim, de facto, a factura da água vem sobrecarregada de encargos para o consumidor. Só não a mencionei porque estou à espera de arranjar tempo para escrever umas linhas. Aqui no meu sítio a limpeza urbana ficou reduzida à expressão mais ínfima - varrem uma vez por semana ou pouco mais - porque se vê o mesmo lixo dias e dias consecutivos.