quarta-feira, 31 de outubro de 2012

Celebra-se hoje o Halloween ou o céltico Samhain,

 
Celebra-se hoje o Halloween ou o céltico Samhain, conectado com o Dia de Todos os Santos e com o Dia de Finados da cultura cristã. Tradicionalmente esta é uma noite onde se abrem as portas que separam os mundos visíveis e invisíveis e estes comunicam entre si, permitindo que seres e forças estranhas rompam os frágeis muros do mundo e da racionalidade humana, sempre em busca de se fechar e isolar por medo de conviver com as potências cósmicas do sagrado selvagem, manifestas na forma de animais, demónios e deuses.

Hoje foi também o dia em que a maioria dos deputados eleitos pelos portugueses, esquecidos de que nos representam e não aos partidos nem às corporações económico-financeiras, abriram as portas à maior violência fiscal da nossa história e deram mais um passo para a destruição do país.

Hoje muitos andarão disfarçados de bruxas, demónios e vampiros, mas as verdadeiras forças das trevas reuniram-se na Assembleia da República, vestidas de fato e gravata, chegando e partindo em BMWs e Audis, para antecipar a votação e fugir dos protestos da tarde. Este foi o verdadeiro horror deste dia. Não o desejo, porque sou pela não-violência, mas temo que estejam a juntar achas para a grande fogueira que um dia destes, num imenso Halloween, vai incendiar este sistema podre.



Em Portugal não há nenhum tipo de liderança politica e reina a mais absoluta aridez no plano público da governação e do estado!

Temos apenas rapazes medíocres, que se destacam pela sua argumentação de puros tecnocratas, técnicos de ideias gerais sem qualquer qualificação que não seja a de razoáveis oradores e aprendizes de demagogos.

Impera uma aridez sórdida e a incompetência reina no meio da mediocridade instalada no país.

Esperar algo do futuro nacional nestas condições é o mesmo que esperar que uma semente lançada à terra em pleno verão sem ser regada, possa vingar!

Aos portugueses resta emigrarem e para bem longe deste pardieiro mal frequentado.
via FB

Miguel Veiga. "A destruição da classe média é para mim o mais terrível" | iOnline

Miguel Veiga. "A destruição da classe média é para mim o mais terrível" | iOnline


«Há um decréscimo da qualidade dos políticos.»

 

terça-feira, 30 de outubro de 2012

SOLIDARIEDADE


Publicado no Jornal de Oeiras desta data

Casais desempregados pedem ajuda a Igreja

Casais desempregados pedem ajuda a Igreja




São cada vez mais as pessoas que dormem nas ruas do AlgarveFamílias carenciadas aumentam no Algarve

Casais desempregados pedem ajuda à Igreja

O número de famílias com casais desempregados a pedirem ajuda às instituições ligadas à Igreja Católica, sobretudo para comerem, está a aumentar, alertou esta terça-feira Luís Galante, responsável por dois centros paroquiais no Algarve.

(...)

domingo, 28 de outubro de 2012

sábado, 27 de outubro de 2012

Da Agressão Cívica


É um fenómeno curioso: o país ergue-se indignado, moureja o dia inteiro indignado, come, bebe e diverte-se indignado, mas não passa disto.
Falta-lhe o romantismo cívico da agressão.
Somos, socialmente, uma colectividade pacífica de revoltados.
                                                         Miguel Torga, Diário IX,
 

"Privatizado"


Bertold Brecht

Privatizaram sua vida, seu trabalho,
sua hora de amar e seu direito de pensar.
É da empresa privada o seu passo em frente,
seu pão e seu salário.
E agora não contentes, querem
privatizar o conhecimento,
a sabedoria,
o pensamento,
que só à Humanidade pertence.



quarta-feira, 24 de outubro de 2012

domingo, 21 de outubro de 2012

Um iluminado - Opinião - DN

Um iluminado - Opinião - DN


«Caso contrário, talvez o País não sobreviva a tanta gratidão.»

sábado, 20 de outubro de 2012

Do Jornal da Região - Oeiras


Edição 318 – 17/30 Outubro 2012


Carta anexa


Desde há muito tempo que muitos Munícipes se têm manifestado contra a  “aparente” inércia da CMO em encontrar melhorias nos transportes públicos neste Município de “excelência”.  E até as paragens não estão identificadas com a designação da sua localização, e muitas nem têm qualquer informação dos percursos e horários. Em 1985 existiu uma informação das carreiras e até um mapa indicando o “espraiamento” dos transportes existentes. Depois de 1985 … Não seria já tempo da CMO se preocupar e encontrar soluções para melhores transportes para as pessoas que vivem e trabalham neste Município?
 



IMI - Uma informação

Senhorios de arrendamentos antigos: veio na VISÃO de 11/17 de Outubro um artigo chamando a atenção da possibilidade de reduzir o IMI para senhorios com arrendamentos antigos. Para beneficiar deste regime especial o proprietário tem até ao fim deste mês de Outubro para entregar ao Fisco cópia do contrato de arrendamento e dos recibos da renda (canhotos) – Portaria 240/2012. Nas finanças terá ainda de preencher impresso de declaração de renda e o modelo 1 (vetustez) 


quinta-feira, 18 de outubro de 2012

Isaltino Morais. Juíza rejeita suspensão de processo e nova prescrição | iOnline

Isaltino Morais. Juíza rejeita suspensão de processo e nova prescrição | iOnline

Isaltino Morais. Juíza rejeita suspensão de processo e nova prescrição

 Por Sílvia Caneco, publicado em 18 Out 2012 - 03:10 | Actualizado há 8 horas 6 minutos 

Autarca insistiu na prescrição dos crimes – desta vez de 2003. Juíza e Souto de Moura também recusaram


A juíza do Tribunal de Oeiras indeferiu dois pedidos de Isaltino Morais. Num despacho de 10 de Outubro, a juíza Carla Cardador rejeitou a suspensão do processo pedida pelo autarca por este estar a tentar impugnar, no Tribunal Administrativo e Fiscal de Sintra, a liquidação tributária que serviu de base à sua condenação por fraude fiscal. Noutro, de 19 de Setembro, a juíza recusou apreciar a questão da eventual prescrição do crime de fraude fiscal, praticado em 2003.

(...)

quarta-feira, 17 de outubro de 2012

O selo do carro em Algés



Já me tinham falado de problemas na Tesouraria das Finanças de Algés mas só nos apercebemos quando fomos pagar, como normalmente fazemos em Outubro,  o selo do carro nas Finanças de Algés. Uma tentativa: ao tirar a senha verificou-se que havia 60 pessoas para pagamentos e muitas pessoas já cansadas de esperar. Nova tentativa noutro dia e outra meia centena de pessoas à nossa frente.
Quando tentámos perceber esta quantidade de pessoas para efectuarem pagamentos e só dois balcões abertos, ficámos a saber que dada a dimensão destes Serviços de Finanças em Algés só estão previstas duas Caixas para o fazer o que, de uma maneira geral tem sido suficiente.
Porém foram emitidas pelas Finanças uns milhares de notificações (parece que referentes a vários pagamentos) o que tem obrigado muitos cidadãos a dirigirem-se às Finanças para regularização das mesmas e não foram accionadas medidas que respondam a esta excepcional procura. Parece, também, que muitas das notificações não têm razão de ser pois dizem respeito a actos já devidamente cumpridos nas respectivas datas.
 Ao emitirem estes milhares de notificações os “responsáveis” deviam ter dotado as respectivas repartições de Finanças de maior número de balcões para este fim. Assim, confirma-se o desencontro, o desconhecimento dos responsáveis das realidades dos Serviços sobrecarregando os Funcionários e dando uma má imagem quando, afinal, tudo se resolvia se o estado fosse pessoa atenta às realidades do País. AH! mas pode sempre recorrer à net – e os muitos milhares de pessoas que ainda não sabem destas modernidades e alguns que nem casa têm?  


Maria Clotilde Moreira / Algés


Artigo publicado no Jornal de Oeiras de ontem 
 

terça-feira, 16 de outubro de 2012

A poesia em Eça de Queiroz



Livraria-Galeria Municipal Verney, em Oeiras

Às 16h00 do dia 18, recomeçam as 5ªs feiras culturais do Clube de Poetas de Paço de Arcos e o tema será a poesia na obra do escritor Eça de Queiroz. Será também lançado o nº 8 da revista Lança.
 
 

Auxiliares de memória



Leiam e revoltem-se!

Andam a gozar com o cidadão pagante. Mais 45,9M€!
 
 
 
 
 
Pérolas do Orçamento (na página 146 do mesmo):

"O acréscimo fica a dever-se, essencialmente, ao aumento da dotação específica destinada à Assembleia da República, (+56,2%), que se traduz num acréscimo de 45,9M€ relativamente à estimativa de execução para o corrente ano, para assegurar os encargos com as subvenções estatais aos partidos políticos e à campanha eleitoral a realizar no próximo ano."


segunda-feira, 15 de outubro de 2012

Social Laranjinha: Coincidências Oeirenses

Social Laranjinha: Coincidências Oeirenses

Não deixa de ser curioso que, no último número da Revista da Câmara Municipal de Oeiras "Oeiras em Revista", de 30 de Setembro, o entrevistado principal seja o seu Vice-Presidente, na mesma altura (2 de Outubro), em que o mesmo anuncia a sua candidatura a Presidente da Câmara de Oeiras. Mera coincidência ou será o primeiro capítulo de uma campanha eleitoral em que os meios da Câmara, que deveriam estar à parte e ser isentos relativamente às diversas candidaturas, vão tomar partido por uma delas?

As "TECNOFORMA"

O jornalista José António Cerejo tem conduzido um trabalho de investigação jornalística sobre a empresa TECNOFORMA, onde terá trabalhado Pedro Passos Coelho como administrador e que terá tido tratamento preferencial quando Miguel Relvas era Secretário de Estado da Administração Local no Governo Barroso/Portas.
Sobre este assunto não me alongo, até porque José António Cerejo é um jornalista que pela sua seriedade me merece o maior respeito. Investigou Sócrates quando este era Ministro do Ambiente, constituiu-se assistente no caso "Freeport", em que Sócrates está envolvido.
As últimas notícias, até ao momento não desmentidas, seja pela administração da TECNOFORMA, seja pela Autoridade Tributária, é que a empresa estará em processo de falência, por dívidas à Fazenda Pública. Até aqui tudo normal: são tantos e tantas as empresas e particulares a quem os governantes  e administração fiscal destruíram a vida que qualquer cidadão ou empresa é um potencial arguido ou incumpridor.
Onde "não bate a bota com a perdigota" é a constituição da TECNOFORMA II - Consultoria & Recursos Humanos, Lda. no dia 20 de Maio de 2010, 2 meses após a entronização de Pedro Passos Coelho como líder do PSD. Coincidências? Talvez sim, talvez não.
Quem são os sócios desta TECNOFORMA II? Nem mais, nem menos, que os mesmos da Tecnoforma - Formação e Consultoria, S.A. - Sérgio Manuel Alves Porfírio e Manuel António Nunes Cardoso Castro - e uma tal Plurimpera, SGPS, S.A., cujos accionistas são os mesmos Sérgio Porfírio e Manuel Castro!
Ora, onde é que as TECNOFORMA e TECNOFORMA II mamam? Na teta dos contribuintes, na teta da Administração Pública, com projectos de treta, apenas para afinfarem umas dezenas de milhar de euros, como é o caso do ajuste directo que foi atribuído à TECNOFORMA pela Associação de Municípios da Cova da Beira!
A mama da TECNOFORMA II também não fica atrás: o Município de Oleiros entregou-lhe em 19 de Maio de 2011 e 12 de Julho de 2012, por ajuste directo, a "Implementação e acompanhamento do Sistema Integrado de Avaliação de Desempenho (SIADAP)", quando o mesmo tipo de ajuste e prestação de serviços já fora adjudicado em 2009 e 2010 à Tecnoforma!
O SIADAP está em constante implementação no Município de Oleiros?
Para que servem as CIM - Comunidades Intermunicipais? Não foram criadas para partilharem recursos? Não há técnicos de recursos humanos no Município de Oleiros que ao longo destes anos tenham aprendido como se implementa anualmente o SIADAP?
Há empresas que só conseguem viver à custa dos contribuintes, como fica claro nestes exemplos.
Passos Coelho e os seus secretários de Estado, Hélder Rosalino e Paulo Júlio, na sua sanha contra os trabalhadores da Administração Pública (AP) tentam esconder aquilo que é por demais evidente: a contratação de empresas de consultoria, de assessoria técnica, jurídica e política são as verdadeiras "gorduras do Estado"!

Aumento de 81 euros

Estes auto-aumentados podiam ter um bocadinho de pudor, de receio de dar nas vistas, de respeito pelo cidadão pagante cada vez mais sufocado com a política de austeridade e resistirem à tentação de empochar mais uns euros que para eles - face ao que ganham - pouco ou nada significam mas que para muitas famílias chega para pôr comida na mesa um mês inteiro. :(


Aumento de 81 euros


domingo, 14 de outubro de 2012

A vingança sobre a Função Pública

A vingança sobre a Função Pública 

http://www.inverbis.pt/2012/artigosopiniao/jpp-vinganca-funcao-publica

  • PDF
José Pacheco Pereira - Uma das mais injustas fórmulas, sabiamente explorada por este Governo, é a que "substituiu" as medidas mais gravosas de austeridade por "cortes na despesa pública". Treta. Substituiu algumas medidas de austeridade genérica por outras de austeridade dirigida. Para quem? Surpresa! Para os funcionários públicos. Fê-lo, como faz tudo, de forma pontual e aos arranques e recuos, conforme o medo de Portas, do PSD, da rua e da opinião pública.
De há um ano para cá que uma das linhas de continuidade da actuação deste Governo tem sido uma hostilidade profunda dirigida contra os trabalhadores da função pública, que encontra mais uma vez expressão nas medidas do actual orçamento. Começou por ser hostilidade, patente logo no dia seguinte ao primeiro anúncio dos cortes dos subsídios de Natal e de férias, faz agora um ano, quando Passos Coelho incitou claramente ao confronto entre trabalhadores privados contra os "privilegiados" da função pública. Depois da decisão do Tribunal Constitucional, a atitude do Governo, a começar pelo primeiro-ministro, passou de hostilidade à vingança, como se todos os meios, "custasse o que custasse", fossem usados para evitar que os trabalhadores da função pública "escapassem" aos cortes. Os próprios juízes foram enxovalhados com a acusação entre dentes de que tinham decidido em causa própria, para proteger os seus subsídios, exactamente porque eram... funcionários públicos. As mesmas insinuações foram dirigidas ao Presidente, ele próprio também funcionário público, como professor e funcionário do Banco de Portugal.
A palavra "equidade" tornou-se quase um insulto e as medidas governamentais são cada vez mais punição e vingança. "Cortar as despesas do Estado", esse "enorme esforço" que o Governo tem andado a fazer nos últimos dias, assim revelado mais uma vez como impreparadas e inconsistentes são as medidas que anuncia, não significa outra coisa que não seja passar cada vez mais o peso do défice para os trabalhadores da função pública. Procede-se, aliás, com dolo, quebrando todos os contratos feitos já por este Governo, despedindo na função pública dezenas de milhares de trabalhadores contratados, e estipulando medidas muito mais gravosas do que as que conhece quem tem emprego no sector privado. Como se verá, muitas são ilegais e transformam o Estado no mais selvagem e prepotente dos patrões, roçando algumas medidas o puro cinismo, como seja a atribuição das condições de reforma aos trabalhadores não na base da situação existente quando a pediram, mas quando a administração lhes entende responder: basta a administração atrasar burocraticamente os processos quanto tempo for preciso, para que os trabalhadores recebam apenas o que o Estado quer e não aquilo a que tem direito à data do seu pedido. Isto no privado, tão adulado por alguns próceres governamentais, seria um crime.
O par que controla o poder político em Portugal - e saliento que não digo o poder tout court - não é constituído por funcionários públicos, nem a maioria dos governantes teve essa carreira. Há excepções, como é o caso dos professores, como Crato, mas Passos Coelho, Miguel Relvas, Aguiar Branco, Miguel Macedo, Paula Teixeira da Cruz, o núcleo duro partidário do PSD, tem carreiras de dois tipos: ou na advocacia, ou num "privado" muito especial, aquele que vive da dependência do Estado e das decisões políticas seja a nível central, seja a nível autárquico.
Os casos de Passos e Relvas são típicos, porque uma parte fundamental da sua carreira é feita dentro dos partidos, nas "jotas", passam pelos cargos mais ligados ao controlo político "distributivo" no Governo (Relvas) e são empregados por terceiros em empresas em que as redes de ligação com o poder político são fundamentais para aceder aos "negócios". Uma frase esquecida de Ilídio Pinho quando dizia que ter acesso ao poder político valia um milhão de contos traduz bem a utilidade dos políticos para os seus patrões privados. As contas ainda eram em escudos, mas toda a gente percebeu de que é que ele falava.
Essas áreas incluem a formação, no tempo áureo dos fundos, e depois nos sectores como o ambiente, energias renováveis, resíduos e construção, tudo áreas que conheceram grande expansão com dinheiros públicos nos últimos anos. O caso da Tecnoforma, envolvendo Passos e Relvas, é típico de uma espécie de empresas "jota", em que pessoas com carreiras políticas interdependentes entre si se organizam para aproveitar as oportunidades que o acesso ao poder político cria. Este tipo de processos é transversal aos dois partidos, PS e PSD, e acentuou-se nos momentos em que o dinheiro fácil, com os fundos comunitários e com um Estado gastador, permitiram todo o tipo de "negócios". Uns são gigantescos, como as PPP, e outros medíocres, como o das empresas de "formação", mas são da mesma natureza e têm o mesmo perfil de protagonistas.
Não é por acaso que o "privado" que encontramos nos curricula governamentais, como estes de que falamos, é sempre do mesmo tipo. Não encontramos nunca nenhum genuíno empresário que já estivesse "feito" antes de ir para o Governo. Embora não haja nenhuma área empresarial que não dependa de decisões estatais com alto grau de discricionariedade, um dos piores sinais do nosso atraso, o "privado" que chega ao Governo não tem ninguém do sector agro-pecuário, nenhum empresário industrial, nenhum da panificação, nenhum proprietário de restaurante, nem sequer nenhum verdadeiro pequeno empreiteiro, que tantos os há hoje na miséria. Não há razão nenhuma para estes empresários não terem a mesma vontade de intervenção política do que os juvenis político-gestores, mas por muito amor ao privado da retórica ideológica, a verdade é que estas pessoas não sobrevivem nos partidos, porque são demasiado independentes do jogo permanente de carreiras que, das "jotas" ao topo, marca hoje os partidos.
Por isso, nunca temos no topo do poder partidário e governamental outro tipo de privado que não seja o fortemente dependente do poder e das redes de conhecimentos pessoais, assentes na interdependência e na confiança. É por isso que não adianta dizer que tudo se passou de Barroso a Sócrates, umas vezes com o PS e outras com o PSD, como se isso atestasse a lisura dos processos, porque a única coisa que muda é o peso relativo dos partidos no bolo, mas estão sempre os dois representados e os mecanismos eficazes são sempre de "bloco central".
O caso da função pública em Portugal não é muito diferente do que acontece noutros países, em que a regra é que não haja condições de inteira equivalência entre o privado e o público. Em parte, porque a qualificação média no público é superior ao privado, logo os salários tendem a ser mais altos. Depois, porque nos países com burocracias independentes, como no caso inglês, a mais direitos correspondem mais deveres. E em Portugal, em períodos de expansão, houve idêntico trade off: os salários da função pública permaneciam muito baixos, como contrapartida às garantias de emprego. Depois, houve um período de esbanjamento e facilitismo por responsabilidade clientelar do poder político, que dá hoje o flanco da função pública ao ressentimento social.
Tem a função pública pessoas a mais? Tem certamente e, acima de tudo, mal distribuídas, mas a racionalização desses recursos para poupar despesas não foi feita nem está a ser feita. Despedir e cortar direitos é mais fácil do que saber "gerir", como diz Teodora Cardoso, que não é conhecida por ser meiga quanto à consolidação orçamental.
É a função pública politizada e, nos últimos anos, partidarizada? É e muito, mas não é isso que estas medidas combatem. Pelo contrário, o Estado vai ficar ainda mais dependente do poder político, mesmo nas áreas que tinham alguma autonomia como as forças armadas. A politização da função pública em Portugal não começou com a democracia. O Estado Novo salazarista e caetanista institucionalizou essa relação, obrigando os funcionários públicos a assinar uma declaração "anticomunista", e punindo com a expulsão todos os oposicionistas, desde a Ditadura Militar até ao caetanismo na Capela do Rato. A cunha política e o patrocinato eram uma regra generalizada e a União Nacional funcionava como uma enorme máquina de distribuir favores e prebendas através de lugares, de contínuos a directores-gerais.
Depois do 25 de Abril, este processo democratizou-se e os partidos tomaram conta do Estado, um processo acentuado nos últimos vinte anos. Não tenho dúvidas em afirmar que este é um dos problemas mais graves da nossa democracia, mas nenhuma destas medidas diminui esse poder, bem pelo contrário. Veja-se como decorreu o processo de privatizações, como são feitas as nomeações de "sempre os mesmos", como a acesso ao poder político permanece sempre nos mesmos círculos, da banca aos grandes escritórios de advogados, da consultadoria económica à intermediação, para perceber que, em períodos de crise, pelo menos os de cima continuam na mesma a mandar e a ganhar. Numa altura de crise económica, é natural que muitos desempregados olhem com algum ressabiamento para os funcionários públicos que lhes parecem privilegiados, e nalguns casos são-no. Mas alimentar este tipo de atitudes como o Governo faz é muito perigoso para a democracia, porque um Estado estragado e ineficaz é pasto livre para haver ainda mais partidocracia.
Também por isso, a noção de Estado e de serviço público, fundamental num Estado democrático, assente em burocracias de mérito, deveria ser preservada se houvesse "sentido de Estado", o que não há.
José Pacheco Pereira | Público | 13-10-2012

sábado, 13 de outubro de 2012

Para quem tem a memória curta! Como é possível?


Para quem tem a memória curta! Como é possível?
Pedro Passos Coelho, o «best of» um ano depois
aventar.eu
 
Há cerca de um ano, compilei cerca de 10 minutos de mentiras de Pedro Passos Coelho enquanto líder do PSD na Oposição. Um ano

COISAS QUE O PEDRO ANDOU A DIZER NO TWITTER



Supremo confirma prisão de Isaltino Morais - Renascença

Supremo confirma prisão de Isaltino Morais - Renascença


Supremo confirma prisão de Isaltino Morais

Expresso avança que Souto Moura recusou liminarmente o recurso do autarca de Oeiras.
13-10-2012 11:11






O Supremo Tribunal de Justiça confirmou a prisão de Isaltino Morais e recusou o recurso do autarca.

Segundo avança o semanário Expresso, Souto Moura, o conselheiro a quem foi sorteada a análise do recurso, recusou-o liminarmente.

No entanto, tal como a Renascença já tinha avançado, Isaltino já tem preparado o recurso para o Tribunal Constitucional, o que o impede para já de começar a cumprir os dois anos de prisão a que foi condenado por fraude e branqueamento de capitais. 

Podiam ir todos de carrinho...


Por uma questão de cortesia, fizemos-lhe a vontade.
Comente esta situação!

Portugal sem Prozac
Procuramos gente positiva e feliz
http://www.facebook.com/portugalsemprozac
 
Foto: Por uma questão de cortesia, fizemos-lhe a vontade.
Comente esta situação!

Portugal sem Prozac
Procuramos gente positiva e feliz
http://www.facebook.com/portugalsemprozac

Pires de Lima - "O aumento de impostos roça a violência do ponto de vista fiscal".
 
 

«LIVRE»

Sempre Presente

Nestes tempos que vão decorrendo, às vezes é bom lembrar palavras de Liberdade

 

 

«Livre»

Não há machado que corte
a raiz ao pensamento
não há morte para o vento
não há morte.
Se ao morrer o coração
morresse a luz que lhe é querida,
sem razão seria a vida,
sem razão.
Nada apaga a luz que vive
num amor, num pensamento,
porque é livre como o vento,
porque é livre.

De: Carlos de Oliveira
 

terça-feira, 9 de outubro de 2012

PPC deveria dedicar-se apenas a fazer o que faz bem... Cantar!

SÓCRATES - CONTINUAMOS A NÃO GOSTAR DE TI

Filosofia Sócretina

(para aqueles que acham que Coelho é pior e que não vale a pena marcar uma posição contra o 1º ministro que "usou" Portugal em benefício próprio, diferente de Coelho que é incompetente e se deixa manobrar pelos neoliberais).

A licenciatura domingueira do ex-primeiro-ministro José Sócrates continua a dar que falar. Mas desta vez dá que falar em francês. Rima e é verdade: a entrada de Sócrates no Instituto de Estudos Políticos de Paris, mais conhecido como Sciences Po da Sorbonne, foi por duas vezes recusada. Isto porque o currículo académico em Engenharia não terá sido considerado à altura da instituição francesa, que tem todos os anos 35 mil candidatos para 3500 lugares.

À terceira lá foi aceite nos estudos de Filosofia, mas para isso teve de entrar em acção o diplomata Francisco Seixas da Costa, embaixador de Portugal na capital francesa, que mexeu e remexeu os cordelinhos necessários para permitir a entrada do ex-chefe de g
overno na universidade.
Seixas da Costa esteve também na cerimónia de atribuição do doutoramento honoris causa ao ex-presidente brasileiro Lula da Silva, de que o Correio indiscreto deu conta aqui na edição da semana passada.
Nesse dia ficou provado, a quem ainda tivesse dúvidas, que José Sócrates aceitou o convite que lhe foi endereçado por Lula e pela sua sucessora Dilma para ser uma espécie de representante especial dos interesses do Brasil na Europa.
Sem terem de passar por Portugal, uma das portas de entrada dos brasileiros no Velho Continente, grandes empresas do país-irmão, como a gigante petrolífera Petrobras ou a cimenteira Camargo Correia, vão dispor de Sócrates como cartão--de-visita na UE.
Os serviços prestados não se ficam por aqui: o famoso ex-assessor de imprensa Luís Bernardo vai ser a lança de José Sócrates – e do Brasil de Dilma Rousseff – na África lusófona, de Angola a Moçambique.
 

domingo, 7 de outubro de 2012

Ainda o 5 de Outubro



Firmeza

Poema de João José Cochofel e
Música de Fernando Lopes-Graça

Sem frases de desânimo,
Nem complicações de alma,
Que o teu corpo agora fale,
Presente e seguro do que vale.

Pedra em que a vida se alicerça,
Argamassa e nervo,
Pega-lhe como um senhor
E nunca como um servo.

Não seja o travor das lágrimas
Capaz de embargar-te a voz;
Que a boca a sorrir não mate
Nos lábios o brado de combate.

Olha que a vida nos acena
Para além da luta.
Canta os sonhos com que esperas,
Que o espelho da vida nos escuta.
 

sábado, 6 de outubro de 2012

O ESCÂNDALO DO IMI

Aqui


(Cont.)


  • Gostaria de esclarecer (...) que está a ser feito em Cascais (redução das taxas) e em outros municípios, que já o anunciaram publicamente. O facto de não ter referido Cascais ou qualquer outro município, em nada invalida a minha sugestão e apelo, que é geral e não particularizada. Essa referência a Cascais está feita e abundantemente pela Câmara. De qualquer modo não deixo de referir que ainda não vi qualquer Presidente de Câmara, incluindo o Dr. António Costa no discurso de ontem (omitiu tudo o que respeitava ao Poder Local), a manifestarem o seu desacordo e protesto perante esta ofensiva indecorosa do Governo contra o contribuinte em matéria de IMI e lesiva dos mais elementares princípios da autonomia do Poder Local. Veremos se ao menos a ANMP (se é que ainda existe) vem a terreiro comentar a abolição da cláusula de salvaguarda. Veremos se o PSD e os seus Deputados têm a coragem de retomar essa cláusula aquando do debate e votação do orçamento. Se isso não suceder, acredito que poderá surgir um movimento de desobediência civil generalizada ao pagamento do imposto.

Isto é uma historieta



   Alguém aqui neste Município à beira mar plantado resolveu copiar as PPP e em Algés e em Porto Salvo propuseram-se construir escolas de excelência – a de Algés é grande e enorme lá para cima onde estavam a surgir mais construção de prédios e era… é preciso atrair pessoas para as adquirir. Desactivam-se escolas no meio de antigos agregados e levam-se filhos para estes “agrupamentos” modernaços. Também com a falta de crianças que alguns políticos já começaram a dar por isso…
   Depois o Município ou o Estado iria pagar este empate de capital… Mas entretanto parece que um dos sócios desse “alguém” saiu do grupo… mas os alunos entraram nas escolas. Mas as escolas não são de ninguém. Não são de quem estava a construir porque um se foi embora; e os outros? Não são do Estado porque esta entidade não as recebeu e não são da CMO: mas as crianças estão lá com professores e algum pessoal.  
   Isto não deve ser bem assim, mas ainda não percebi o que se passou. Porém deve ser parecido com esta confusão acima, pois na última Assembleia Municipal ocorrida em 3 do corrente, um Senhor Professor da escola de Porto Salvo no tempo destinado ao Público pediu que alguém interviesse urgentemente naquela escola pois continuava fechada uma porta que dava acesso correcto a uma parte das instalações e obrigava os alunos a utilizarem umas escadas que não estavam acabadas e serem escorregadias, etc, etc.
   Afinal estão lá alunos mas a escola não está acabada? É ilegal? E segundo percebi aqui em Algés também há muitas imperfeições…
 

sexta-feira, 5 de outubro de 2012

O ESCÂNDALO DO IMI


  • O ESCÂNDALO DO IMI

    Uma das medidas deste novo “pacote” de austeridade que mais me repugnou prende-se com a inqualificável abolição da cláusula de salvaguarda que limita o aumento do imposto ao máximo de €75.
    Ora, as taxas máximas do IMI subiram uma décima para 0,5 (prédios avaliados) e 0,7 (não avaliados), o que representa, à partida, agravamentos de 25% e de 17%, respectivamente. Entretanto estão em avaliação até ao final do ano cerca de 5,3 milhões de fogos. Estas medidas provocarão aumentos brutais do imposto (três, quatro vezes ou mesmo mais sobre o valor pago no antecedente)!
    Apesar de anunciado um regime especial de protecção às famílias de mais baixos recursos, a verdade é que a maioria dos proprietários vai ser confrontado com valores simplesmente insuportáveis e imorais.
    Trata-se de uma receita municipal, mas creio este “brinde” às autarquias não passa de um presente envenenado. De facto, o Governo prepara-se para reduzir a seu favor pelo menos o valor correspondente ao aumento potencial do imposto em cada Município, retendo para o efeito outras prestações devidas pela administração central às Câmaras. E suspeito que o saldo não será neutro pois o Governo tenderá a subtrair o equivalente à subida potencial do IMI em cada Município e é evidente que o valor efectivamente cobrado será muito inferior face ao previsível aumento generalizado dos incumprimentos. As famílias preocupam-se prioritariamente, como se compreende, com as contas da alimentação, do ensino, da farmácia, da energia, da água, deixando para as calendas o IMI.
    Perante esta situação escandalosa fica a exigência, se o Governo não recuar, de que a maioria na Assembleia da República reponha a cláusula de salvaguarda e alargue o regime especial de protecção às famílias de mais baixos recursos. Por seu lado, as Câmaras devem repudiar a taxa máximo e aplicar a taxa antes em vigor ou mesmo inferior a esta, se possível, em ordem a atenuar a monstruosidade da carga fiscal sobre os seus residentes. É o mínimo que se espera daqueles representantes dos cidadãos!
     
    Via FB

ISTO É UM ASSALTO!





  • Isabel Magalhães partilhou a foto de Marcos Sa.

    Os Metralhas [Coligação governamental e Câmara Municipal de Oeiras (IOMAF e PSD)] decidiram limpar de vez as carteiras dos Munícipes de Oeiras.
    Vejamos: Ontem ao mesmo tempo que o Governo anunciava o aumento de 34,6% no IRS, Paulo Vistas, candidato à Câmara Municipal de Oeiras aumentava também (com o apoio do PSD) o IRS do próximo ano retirando o benefício concedido nos últimos anos aos munícipes por proposta da PS (esta medida vai afectar milhares de famílias e representa cerca de 1 milhão de Euros). Mas há mais! Na semana passada o PS propôs uma diminuição do IMI em Oeiras, pois sabíamos que as receitas deste imposto vão aumentar significativamente devido à reavaliação patrimonial de todos os prédios urbanos efectuada pelo fisco em Oeiras. Não quiseram, e a este brutal aumento decidido pelo actual Executivo Camarário o Governo somou ontem mais um escandaloso aumento do IMI!
    A Câmara Municipal de Oeiras decidiu não ser solidária com os seus munícipes neste momento difícil! Optou antes por somar à austeridade do Governo, a sua própria austeridade municipal.
    Dizem-se independentes mas afinal estão juntos na receita e nas políticas. E juntos, estão a ser políticos completamente irresponsáveis. Isto já não é austeridade, mas sim uma tentativa de "assassinato" das nossas famílias!



  • quinta-feira, 4 de outubro de 2012

    A propósito de...A NÃO REFORMA AUTÁRQUICA DE OEIRAS

    Postei aqui a minha posição sobre a Lei n.º 22/2012, de 30 de Maio, popularmente conhecida por lei da RATA (Reforma Administrativa Territorial Autárquica), tendo vindo a saber via Facebook que tal tinha merecido a atenção do PS local, que me acusou de publicamente defender o contrário do que defendi na Assembleia de Freguesia de Queijas. Cujas reuniões são públicas.
    Ora, eu não mudei de posição: mantenho que, no caso de Oeiras, as 10 freguesias não devem ser agregadas.
    O que é que mudou: uma lei que, OBRIGATORIAMENTE, nos impõe, enquanto decisores políticos a nível autárquico, a proposição de uma mapa dentro dos parâmetros fixados pelo Parlamento. E, não havendo proposta do Executivo, não haverá pronúncia da Assembleia Municipal.
    Fazer como os meninos e meninas mimados, repetir que não fazemos, que não nos pronunciamos, que não apresentamos uma proposta consensual, é atirar para terceiros responsabilidades que são nossas. Ainda que discordemos da lei. Ainda que finjamos, ou finja o Partido Socialista, que a redução do número de autarquias não está no acordo que o PS assinou com a denominada troika.
    Estamos a tempo de corrigir o NÃO, estamos a tempo de evitar danos mais graves, assim o queiram o Executivo e a Assembleia Municipal de Oeiras.