quarta-feira, 24 de março de 2010

ESTÁDIO NACIONAL

O Estádio Nacional está na Cruz Quebrada mas também em Linda-a-Velha.

Em Portugal haverá mas não conhecemos, uma área tão privilegiada, que reúna em tão curta distância um património e infra-estruturas ímpares.

A proximidade a um estuário e a um oceano, com uma geografia e um clima também ímpares, deveria levar todos nós a perceber que a defesa desta riqueza, deveria ser um desígnio nacional.

Existir uma Universidade, existir uma Capela do Séc. XXVIII, existir um Rio, são motivos de salvaguarda de uma paisagem, que não deve ser descaracterizada.

Não sei se conhecem ou já leram a Convenção Europeia da Paisagem. O Estado Português assumiu-a e subscreveu-a.

Tem que haver responsabilidade para assumir, respeitar e contribuir para tal compromisso.

Existe por via daquela Natureza uma Biodiversidade que deve ser preservada e enriquecida.

A águia que ainda aparece, a perdiz, o salmão e outras espécies, não podem desaparecer.

Os campos desportivos que existem, de Futebol e de Ténis são suficientes, só faltará áreas polivalentes de lazer e desportivas abertas à fruição popular como encontramos em Londres.

No rio pode existir nas suas margens “miradouros” de contemplação, lazer, leitura e de merendas, percursos pedonais e cicláveis.

A pesca e actividades náuticas poderiam ser compatibilizadas.

Por essa Europa há bons exemplos.

O que pretendemos?

Que através deste belo blog não se deixe de falar e acompanhar a iniciativa que os Amigos do Estádio Nacional “meteram” em ombros.

Portugal inteiro tem que saber, que o que pretendem fazer da Alta Segurança em Caxias ao Alto de Santa Catarina, é contrário ao interesse nacional.

Violação da RAN, da REN, PDM, Convenção Europeia da Paisagem e de outros instrumentos de ordenamento do território, talvez irão caber aos Tribunais apreciar, já que a opinião dos mais abalizados técnicos não foram levados em linha de conta até à presente data.

Por último o “encavalitar” a Nave do Jamor entre a Avenida e a Pista de Tartan (n.2), já está a “violar” aspectos vários, independentemente da utilidade que venha ter. A necessidade de construir aquela infra-estrutura teria que levar em consideração o local e os vários impactos.

Será que o desaparecimento da velha bancada era fundamental e agora não há necessidade de bancadas?

Agradecemos os contributos que possam dar a esta Causa.


Isabel Cascão


*****
NB - A capela não é do séc. XVIII, é dos anos 40. Só a lápide é que é do século XVIII.

2 comentários:

Anónimo disse...

Isabel,
Agradecemos muito o seu apoio, bem como o de todas as pessoas que nos têm ajudado nesta difícil tarefa de remar contra a corrente da "obra" a qualquer custo e em qualquer lugar. Neste momento, estamos a preparar um requerimento para o tribunal (mais um!) para nos tentarmos opor (mais uma vez!) a esta política de facto consumado e do mais puro e duro dos desprezos pela legalidade, pelo ambiente e pelos direitos dos cidadãos.
Continuamos a contar consigo!

Isabel Magalhães disse...

Caros Amigos do Estádio Nacional;

Eu, como portuguesa e utente do E.N. é que agradeço o vosso trabalho em prol da comunidade.
Disponham.
IM