segunda-feira, 21 de junho de 2010

Câmara de Oeiras incapaz de vender terrenos

Câmara de Oeiras incapaz de vender terrenos - JN

2010-06-18

A Câmara Municipal de Oeiras não conseguiu vender nenhum dos dez terrenos que estavam ontem em hasta pública, que trariam à autarquia liderada por Isaltino Morais, no mínimo, cerca de 24,7 milhões de euros, Grandes Opções da autarquia.

Em declarações à agência Lusa, o presidente da Câmara de Oeiras admitiu baixar a base mínima de licitação dos terrenos, de modo a colocar estes imóveis novamente à venda em hasta pública, o que deverá acontecer em Setembro.

“É um montante importante para a Câmara e obviamente que se não fizermos estas vendas, temos de questionar as Grandes Opções do Plano (GOP, porque este dinheiro [quase 25 milhões de euros] é essencial para as realizarmos”, disse o autarca Isaltino Morais.

O presidente do Município disse ainda que esta foi a primeira vez, numa hasta pública realizada pela autarquia, que “não se vendeu um único imóvel”.

“Isto revela uma de duas coisas: ou os lotes estão caros, ou as pessoas não têm dinheiro”, disse Isaltino Morais, lembrando a crise económica que o país atravessa.

(...)

6 comentários:

Anónimo disse...

Tanto mais que a divida aos fornecedores é mais que 50 milhões de euros.
De Tercena

Zé Alves disse...

Foi o regabofe de 2008 e 2009 para ganhar as eleições, custe o que custasse. Deu tudo a alguns, lançou obras para eleitor ver, foi enchendo o traseiro aos construtores. Eram inaugurações todos os dias, até 5 ou 6 de Outubro, quando inaugurou a nova sede da Junta da Cruz Quebrada-Dafundo pensando que era para o desertor do PSD Carlos Jaime. Agora há que pagar o despesismo, procurando vender-se os anéis.

Isabel Magalhães disse...

Viver numa freguesia cara é chique. Cerca de 1,5 ha no Almarjão por mais de 20 milhões de euros deve dar umas habitações com o m2 a preço catita!

Entretanto consta que alguém tentou registar, com recurso ao usu capião, o terreno entre a mata e a Av Duque de Loulé que deve ter mais ou menos o dobro dessa área.

Continuo na expectativa de lá ver construídas umas 'vivendas' de 7º andar.

Anónimo disse...

A situação financeira da CM Oeiras é estável. Existem disponibilidades suficientes para que a Câmara continue a garantir o cumprimento das obrigações assumidas. Assim sendo, o comentário efectuado pelo Sr. de Tercena é completamente falso. O resultado líquido da Câmara em 2009 foi de 22 milhões de euros. Em 2008 foi de 17 milhões de euros. Se a Câmara não conseguiu vender os terrenos é devido à crise financeira actual. É melhor esperar por uma conjuntura melhor para vender os terrenos.

Zé Alves disse...

Sr. Anónimo: o resultado líquido da CMO em 2009 foi de 22 milhões? Não me faça rir! A haver essa rubrica ela é virtual, ou seja, não existe, foi manipulada. O problema, grosso modo falando, é que a Câmara gastou 190 milhões e só conseguiu 150 milhões de receita. Vou-lhe dar um exemplo VERDADEIRO, não é virtual: no orçamento para 2009 Isaltino tinha previsto gastar 3 milhões de euros com os festejos dos 250 anos e quando o relatório e contas foi apresentado no passado mês de Abril acabou por gastar mais 519 mil euros, ou seja, a derrapagem foi de 17,3%. Desminta-me também que Isaltino andou a fazer campanha com o dinheiro da CMO...Até no mês de Setembro decidiu perdoar quem tinha água em atraso e rendas em bairros sociais, sendo que alguns dos incumpridores pediram o pagamento em prestações. Pergunto: por que não fez isso no mês de Janeiro de 2009 levando em linha de conta os recibos de água e de renda até ao final de 2008? Por quê no mês que antecedeu as eleições? Em 2005, Teresa Zambujo quis regularizar as centenas (e olhe que eram centenas) de trabalhadores com vínculo precário há 5, 6, 7, 8, 9 e 10 anos abrindo concursos. O que fez Isaltino em 2005 após a vitória? Anulou todos os concursos...para os relançar em Maio de 2009! Coincidência? Não! Ano de eleições e os papalvos foram a correr votar nele! Portanto, tal como em relação a Sócrates, não se queixem, cada um tem o que merece. Tenho pena é de quem vier em 2013, chame-se Paulo Vistas, Santana Lopes ou David Justino, pois tal como Rui Rio quando recebeu a Câmara do Porto das mãos do PS/Nuno Cardoso estava completamente delapidada e durante 4 anos foi amealhar para pagar os calotes socialistas. Em Oeiras vai acontecer-nos o mesmo. Infelizmente.

Anónimo disse...

Sr. Zé Alves,

É preciso ter em conta vários aspectos quando analisamos as contas de uma câmara municipal. Uma delas é que o valor orçamentado é quase sempre superior ao executado. Vejamos os dados do Relatório de Contas da CMO para o ano de 2009. O orçamento inicial da receita foi de 185 milhões de euros. O final foi de 189 milhões de euros. No entanto, se olharmos para a receita executada vemos que se cifrou em cerca de 133 milhões de euros. A despesa executada foi cerca de 129 milhões de euros. Isso dá um saldo de gerência de 3,7 milhões de euros. O que significa que a câmara gastou menos do que o que arrecadou com receitas. Mais, se olharmos para a estrutura das receitas podemos verificar que grande parte das receitas são correntes. Isto significa que a câmara não se está a endividar ou a alienar património, caso contrário a rubrica das receitas de capital teria muito mais peso. Isso também demonstra que é através da poupança corrente que as despesas de capital são financiadas.

Agora, no que respeita ao facto de o Isaltino utilizar os recursos da CMO para fazer campanha concordo totalmente consigo. Não venha é dizer que a câmara é mal gerida financeiramente. Não se esqueça da quantidade de profissionais que existem nesta casa e que trabalham todos os dias para garantir que esta é a melhor câmara do país.