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sexta-feira, 18 de junho de 2010
Morreu um escritor
E Portugal ficou mais pobre !
11 comentários:
Helder Sá
disse...
Já agora não se esqueçam de branquear os saneamentos e perseguições políticas que este defunto fez durante o Gonçalvismo, nomeadamente no Diário de Notícias. Tou mesmo a ver: biltre durante a sua vida, santo após a morte!
Durante o PREC e enquanto Director Adjunto do Diário de Notícias José Saramago saneou jornalistas colegas seus apenas porque não seguiam a linha 'politico-editorial soviético-albaneza' que defendia para Portugal. Consta até que bateu records de saneamentos...
Hoje é um dia triste o país ficou mais cinzento, o mundo também, Saramago era demasiado grande para um país tão pequeno. Um homem íntegro que não se vendeu, viverá para além da sua morte, porque a sua obra será eterna e a sua vida um exemplo para os amantes da liberdade. Como portuguesa estou orgulhosa por este filho de Portugal, que o governo saiba prestar a devida homenagem que se decrete luto nacional. Termino com uma das suas frases:"Não tenhamos pressa, mas não percamos tempo. Catarina PS-O Sr. Helder deve ser uma pessoa muito amargurada, tanto azedume nas suas palavras coitado!
«Durante o "Verão Quente", o jornal transforma-se em palco de saneamentos por motivos puramente políticos. Muitos jornalistas queixam-se de serem obrigados a relatar tudo o que se passava no PCP e outras forças progressistas e que os artigos são passados a pente fino. As repreensões verbais sucediam-se. O processo ficou conhecido pelo "Manifesto dos 24", quando um conjunto de jornalistas resolveu organizar-se para denunciar o clima interno. Vinte e duas pessoas foram afastadas sem indemnizações.»
Volto a repetir o que a Tiazoca disse: Morreu um escritor e Portugal ficou mais pobre.
Saramago, por muito que doa aos "Sousas Laras nacionais e fundamentalistas", será sempre reconhecido pela sua obra. Mais, será elementar reconhecer que este fez mais pela cultura portuguesa e língua portuguesa, que um qualquer secretário de estado ignorante .
Meus caros, talvez fosse bom reconhecerem que o período período histórico citado foi conturbado e houve imensos problemas tanto à direita e à esquerda. Mas isso, por mais que tentem, não apaga que Saramago tem uma obra e que Portugal está mais pobre culturalmente.
(Podem não gostar do Nobel, mas Saramago foi o primeiro Nobel português da literatura )
Meus amigos; Foi o primeiro Nobel português graças à PRISA, que o escritor recompensou devidamente como se sabe . Por se tratar de um Iberista falta a bandeira espanhola .
Na verdade, por muito que alguns não gostem da figura, morreu um Escritor. Para além de escritor - e pese embora os excessos que cometeu num período em que a norma era cometer excessos - foi um cidadão, uma pessoa preocupada com o destino da Nação e dos Portugueses, um homem incomodado com as desigualdades de Portugal e do mundo, com a neutralidade de muitos perante as injustiças nacionais e mundiais, que se indignou com o caminho que este País tomou: o caminho da "chico-espertice", da valorização do ter e m detrimento do ser, da ocupaçao do poder público por muitos que não vale, de facto, "dez reis de mel cuado". Cometeu erros, foi injusto por vezes, mas ninguém pode dizer que não amou o seu País e que nada fez por ele. Quanto à escrita, ou melhor, ao modo de escrever - porque do conteúdo, ninguém deve ter dúvidas da grandeza -perdoem-lhe a falta das vírgulas...como terão de perdoar a outros grandes escritores. Ou ainda não leram, por exemplo, António Lobo Antunes, também um grande dos nossos? Inês
11 comentários:
Já agora não se esqueçam de branquear os saneamentos e perseguições políticas que este defunto fez durante o Gonçalvismo, nomeadamente no Diário de Notícias. Tou mesmo a ver: biltre durante a sua vida, santo após a morte!
Durante o PREC e enquanto Director Adjunto do Diário de Notícias José Saramago saneou jornalistas colegas seus apenas porque não seguiam a linha 'politico-editorial soviético-albaneza' que defendia para Portugal.
Consta até que bateu records de saneamentos...
Hoje é um dia triste o país ficou mais cinzento, o mundo também, Saramago era demasiado grande para um país tão pequeno. Um homem íntegro que não se vendeu, viverá para além da sua morte, porque a sua obra será eterna e a sua vida um exemplo para os amantes da liberdade. Como portuguesa estou orgulhosa por este filho de Portugal, que o governo saiba prestar a devida homenagem que se decrete luto nacional. Termino com uma das suas frases:"Não tenhamos pressa, mas não percamos tempo.
Catarina
PS-O Sr. Helder deve ser uma pessoa muito amargurada, tanto azedume nas suas palavras coitado!
Diário de Notícias, 1975
«Durante o "Verão Quente", o jornal transforma-se em palco de saneamentos por motivos puramente políticos. Muitos jornalistas queixam-se de serem obrigados a relatar tudo o que se passava no PCP e outras forças progressistas e que os artigos são passados a pente fino. As repreensões verbais sucediam-se. O processo ficou conhecido pelo "Manifesto dos 24", quando um conjunto de jornalistas resolveu organizar-se para denunciar o clima interno. Vinte e duas pessoas foram afastadas sem indemnizações.»
in Google
Meus Caros :
Volto a repetir o que a Tiazoca disse: Morreu um escritor e Portugal ficou mais pobre.
Saramago, por muito que doa aos "Sousas Laras nacionais e fundamentalistas", será sempre reconhecido pela sua obra. Mais, será elementar reconhecer que este fez mais pela cultura portuguesa e língua portuguesa, que um qualquer secretário de estado ignorante .
Meus caros, talvez fosse bom reconhecerem que o período período histórico citado foi conturbado e houve imensos problemas tanto à direita e à esquerda. Mas isso, por mais que tentem, não apaga que Saramago tem uma obra e que Portugal está mais pobre culturalmente.
(Podem não gostar do Nobel, mas Saramago foi o primeiro Nobel português da literatura )
Disse !
Esqueci-me de dizer:
Tiazoca: Excelente montagem.
Meus amigos; Foi o primeiro Nobel português graças à PRISA, que o escritor recompensou devidamente como se sabe .
Por se tratar de um Iberista falta a bandeira espanhola .
Tiazoca;
Não percebi que era uma montagem. Sorry! ;)
Assumi como original a foto com a bandeira; a face vermelha a lembrar a cor partidária... etc. etc.
De facto, só depois do comentário da leitora Anunciação é que vi a foto a preto e branco.
Tiazoca;
Gostei do (subtil) título do postal: "Morreu um Escritor".
Deveria ter sido suficiente para evitar alguns comentários mas não foi.
Na verdade, por muito que alguns não gostem da figura, morreu um Escritor. Para além de escritor - e pese embora os excessos que cometeu num período em que a norma era cometer excessos - foi um cidadão, uma pessoa preocupada com o destino da Nação e dos Portugueses, um homem incomodado com as desigualdades de Portugal e do mundo, com a neutralidade de muitos perante as injustiças nacionais e mundiais, que se indignou com o caminho que este País tomou: o caminho da "chico-espertice", da valorização do ter e m detrimento do ser, da ocupaçao do poder público por muitos que não vale, de facto, "dez reis de mel cuado". Cometeu erros, foi injusto por vezes, mas ninguém pode dizer que não amou o seu País e que nada fez por ele. Quanto à escrita, ou melhor, ao modo de escrever - porque do conteúdo, ninguém deve ter dúvidas da grandeza -perdoem-lhe a falta das vírgulas...como terão de perdoar a outros grandes escritores. Ou ainda não leram, por exemplo, António Lobo Antunes, também um grande dos nossos?
Inês
João: Tirou-me o comentário das teclas, e nem toda a gente consegue . Ocas Ocas de beijocas
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