Cartas à Directora - Jornal Público 16.6.2010
Sempre estivemos na Europa mas há uns tempos resolveram assinar uns papeis a confirmar que estamos aqui. Depois começámos a receber ordens: tomem um subsídio e mandem queimar os barcos de pesca. Querem peixe? A Europa dá. Depois mais ordens: arranquem as vinhas, as oliveiras, abandonem os campos e tomem lá um subsídio. E os governos aceitaram e disseram: que bom; estamos todos de férias, importamos e ainda recebemos pagamento. E muito mais coisas aconteceram até que um dia a Europa disse: acabaram os subsídios! Fazem favor de nos pagarem estes tempos de nada fazerem. E os governantes voltaram-se para o povo e criaram o PEC.
Sempre estivemos na Europa mas há uns tempos resolveram assinar uns papeis a confirmar que estamos aqui. Depois começámos a receber ordens: tomem um subsídio e mandem queimar os barcos de pesca. Querem peixe? A Europa dá. Depois mais ordens: arranquem as vinhas, as oliveiras, abandonem os campos e tomem lá um subsídio. E os governos aceitaram e disseram: que bom; estamos todos de férias, importamos e ainda recebemos pagamento. E muito mais coisas aconteceram até que um dia a Europa disse: acabaram os subsídios! Fazem favor de nos pagarem estes tempos de nada fazerem. E os governantes voltaram-se para o povo e criaram o PEC.
Agora estão alguns muito indignados porque um comissário da tal Europa começou a ditar “leis” que nos castigam por os nossos governos terem feito o que eles queriam. Parece confuso? Não. Os portugueses têm andado enganados e apesar da liberdade que têm, estavam cheios de ilusões e acreditaram nas balelas que lhe impingiram. É tempo de acordarmos e dizer que quem manda no rectângulo são os Portugueses e retomarmos o que é nosso.
Maria Clotilde Moreira / Algés
3 comentários:
Clotilde;
Nestas coisas gosto sempre de falar das Vaquinhas que também não podem dar leite a mais nem a menos. E quando dão a mais pagam-se coimas e derramam-se quilolitros do precioso líquido.
Isto num país com fome, com asilos de velhos e crianças geridos com orçamentos apertadíssimos, com crianças que vão para a escola tomar a primeira refeição do dia.
(Fico revoltada. Dá-me vontade de escrever uma coisa feia...!)
Isabel,
Também já uma vez escrevi no jornal Público a minha revolta por essa do leite. Lembra-se daquele Josué que quís comprar o trigo que os USA tinham a mais para levar para Africa? Eles disseram que não por causa de não baixar o preço e queimaram-no. Isto foi talvez há 50 anos.
Clotilde
Dessa não me lembro. À época só lia 'Patinhas' e Contos de Fadas.
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