terça-feira, 17 de maio de 2011

Paço de Arcos: de mal a “mais” pior

Já referi este assunto mais de uma vez, mas o problema está tão “mais” pior, que não será demais voltar a ele. Refiro-me à entrada/saída de Paço de Arcos pela Av. Miratejo: é uma ligação da Marginal que dá acesso à Rua Costa Pinto a seguir ao Quartel e, por exemplo, à Escola Náutica.

Por terem colocado pilaretes no lado do Passeio Marítimo o estacionamento selvagem ficou muito reduzido e assim, na passada 5ª feira 12 de Maio pelas 17h30, com uma bela tarde de sol e calor, os carros estavam estacionados não só no separador central mas invadindo cantos e recantos, mesmo o passeio quase na Marginal. Agora pensem como será ao fim de semana ou quando chegarmos ao Verão.

Ninguém fala em encontrar uma solução para esta falta de estacionamento, mas apenas que o Passeio Marítimo vai ser prolongado até à Cruz-Quebrada. Antes desta obra de prolongamento não seria mais sensato resolver o perigo em Paço de Arcos? E o que dizem as autoridades da Protecção Civil, da Segurança, dos Bombeiros? E os Responsáveis Autárquicos?

Se calhar não sabem resolver este problema. Quase me atrevo a sugerir que consultem uma “troika” que trate de garantir a segurança dos cidadãos. Assim como assim, se é preciso chamar estrangeiros para coisas económicas, talvez também haja uns especializados em segurança rodoviária.


Maria Clotilde Moreira / Algés


Publicado hoje no Correio dos Leitores do JO

23 comentários:

Anónimo disse...

Já não há responsáveis autárquicos. Esqueça.

Isabel Magalhães disse...

Clotilde;

O estacionamento que menciona, sob a marginal, é caótico, arrisco mesmo a dizer 'selvagem', conforme constatei nos dois últimos sábados 7 e 14 de Maio corrente.

Anónimo disse...

Experiências péssimas com o estacionamento selvagem tenho eu tido vezes sem conta. É incrivel a falta de civismo (e no fundo a falta de educação base) que muito boa gente tem. Clotilde, adoro a sua escrita, a sua dedicação merece o meu veemente elogio. Continue com essa escrita e essa acutilância capaz de levar as pessoas a aprofundar um pouco mais a reflecção de certas questões mais pertinentes.

João Viegas

outro de oeiras disse...

Não sei se já repararam que junto das praias do nosso concelho só há estacionamento pago. É um verdadeiro roubo esta empresa municipal dos parques.

Clotilde Moreira disse...

Obrigada pelo Vosso apoio
Clotilde

Oeiras disse...

E sugestões, não há? Onde é que podia ser construído esse estacionamento? Até os especialistas rodoviários têm dificuldade em inventar parques de estacionamento, quando não há áreas disponíveis...

Ricardo Ferreira disse...

O problema é que as pessoas continuam a insistir em utilizar o carro para tudo e mais alguma coisa.
A UTILIZAÇÃO DO CARRO PARTICULAR NÃO É UM DIREITO!
Só neste país é que a maior parte dos condutores acha que tem direito a ocupar o espaço público com o seu automóvel, e sem pagar.
O problema de Paço de Arcos, bem como de quase todo o país, não é falta de estacionamento mas, sim, de carros a mais!

Isabel Magalhães disse...

Essa do "e sem pagar" dava pano para mangas. Sou contra o estacionamento selvagem, tenho saudades de ver os passeios sem automóveis mas convém não esquecer tudo o que é imposto sobre veículos. Não esquecer também o "Imposto Único de Circulação" que seria suposto proporcionar ruas sem buracos e com remendos minimamente bem feitos...
Ah! e também devolver aos condóminos os estacionamentos dos edifícios posteriormente transformados em lojas, armazéns e fabriquetas.

Anónimo disse...

O Ricardo Ferreira é mesmo engraçadinho. Os automobilistas pagam impostos mais do que suficientes para ter direito a estacionar sem pagar. Nada, repito absolutamente nada justifica a empresa dos tachos...é a mesma coisa que os arrumadores toxicodependentes...

Isabel Magalhães disse...

Nos locais onde há parquímetros há também - normalmente - 'arrumómetros' que 'convidam' os automobilistas a dar-lhes a moeda ao invés de a pôr na máquina. Chegam a assegurar que caso venha a Polícia irão meter a moeda e tirar o talão...

Anónimo disse...

Sugestões senhor Oeiras? Temos que pergunatr á senhora Clotilde

Anónimo disse...

Ao anónimo das 19:28

A Senhora Clotilde não é autarca nem me parece que seja especialista em questões técnicas relacionadas com a matéria em questão. Ela é uma cidadã com sentido critico e acutilante que denuncia situações como as que nos encontramos a discutir. Sugestões podemos todos nós dar, mas de treinadores de bancada está o pais cheio e felizmente que a Senhora Clotilde não segue esse caminho fácil que é o do palpite.

João Viegas

Isabel Magalhães disse...

João Viegas;

Gostei. O meu aplauso.

Anónimo disse...

Cara Isabel,agradeço o apluauso mas não o mereço, simplesmente certos comentários mais irónicos são dispensaveis, como foi o caso daquele anónimo. Remeto portanto o seu aplauso, ao qual acrescento o meu, para a Senhora Clotilde por tudo o que de mais positivo tem feito neste espaço. Tenho estado a ler os artigos que ela tem escrito e tenho ficado positivamente surpreendido e deveras admirado pela qualidade da sua prosa...

Bem Haja
João Viegas

Anónimo disse...

este Joao Viegas é o que veio a semana passada numa entrevista no JO?

Isabel Magalhães disse...

Caro João;

Seja bem-vindo à realidade do Oeiras Local em que há comentadores especialistas em maltratar quem aqui escreve e que prescinde de algum tempo livre para denunciar o que está mal ou menos bem.

Quanto à minha amiga Clotilde, mais uma vez de acordo; nós sabemos que é uma mais valia neste espaço e que muito tem contribuído com a sua escrita.

Continue connosco.

Ricardo Ferreira disse...

Não sei qual é a receita pelos impostos aqui mencionados. Mas também não sei qual é o custo de manutenção da rede viária nacional.
Mas um custo de que se tem falado frequentemente, é o das auto-estradas e as contas não são difíceis: 3000 kms de auto-estrada a 5 milhões de Euros cada, são 15 000 000 000 de Euros!!! E fiz as contas por baixo pois este ano já vamos ultrapassar os 3000 kms, e cada km da nova CRIL custou mais de 30 milhões.
Mas isto até é um pouco fora da questão aqui debatida, e que vai muito além dos custos económicos. O que me incomoda mais é ter o espaço público das vilas e cidades deste país ocupado por carros.
Espaço que devia ser para as pessoas circularem a pé, para ter esplanadas, para as crianças poderem brincar ao ar livre.
O outro de oeiras queixa-se que o estacionamento junto das praias é pago. Mas porque é que há de ser gratuito? O espaço junto das praias é um bem escasso e, consequentemente, tem de ser pago. A menos que ele queira sugerir que se arrase com o jardim de Paço de Arcos para criar mais estacionamento.
Porque é que as pessoas insistem em ir para as praias da linha de cascais de carro? A exigência deveria ser por mais transportes públicos, melhores e mais acessíveis.

Isabel Magalhães disse...

Caro leitor das 11:46;

Ora aí está algo com que eu também concordo e aplaudo: mais transporte público mas a preços que o utente possa pagar. Lembro que um bilhete Vimeca Linda-a-Velha / Algés, custa quase 2 euros para uns escassos 1.300 metros. Também sei que há bilhetes pré-comprados e passes mas o viajante esporádico está a ser demasiado onerado. Quanto custa um bilhete Carris para um percurso igual?

João Viegas disse...

Caros concidadãos, lamento dizer mas deve haver alguém com o mesmo nome que eu, embora concorde com os comentários feitos por João Viegas, não fui eu (também João Viegas) que os fiz
Bem Hajam
João Carlos Viegas
PS: Passo a acrescentar o Carlos

Isabel Magalhães disse...

De facto o assunto dos impostos sobre os automóveis é colateral mas serviu para contrapor a afirmação "e sem pagar". O proprietário de um veículo é demasiado onerado e merece, pelo menos, ruas sem buracos e lugar para estacionamento o que, no entanto, não lhe dá o direito de açambarcar o espaço que por direito é dos peões. Digo eu!

Isabel Magalhães disse...

João Carlos Viegas;

É o problema de comentar sem registo. Permite a uns quantos 'freaks' virem comentar com recurso a nome de terceiros. E nem o facto de lhe acrescentar o seu segundo nome resolve o assunto... acredite.

Anónimo disse...

Caro João Carlos Viegas, parece-me que tenho um homólogo de nome! Não é o João Carlos dos Viegas de Arruda dos Vinhos?
João Viegas

Clotilde Moreira disse...

Disse Ricardo Ferreira: Porque é que as pessoas insistem em ir para as praias da linha de cascais de carro?
Noutros tempos as pessoas vinham de combóio até P.Arcos e iam a pé até à Praia Nova. Havia quem chegasse sábado à noite (não havia semana inglesa)e ficasse na praia até domingo ao pôr do sol. Tempos em que as pernas serviam para alguma coisa.
Clotilde