Greve vai custar 150 milhões de euros e destruir num dia esforço feito num ano
O secretário de Estado dos Transportes alegou hoje que a greve dos transportes convocada para quinta-feira vai custar 150 milhões de euros à economia portuguesa e destruir num dia o esforço de poupança feito num ano.
Numa declaração política no Parlamento, Sérgio Monteiro disse também que as empresas de transportes públicos tiveram prejuízos superiores a 30 milhões de euros com o conjunto de greves de 2011 e quis deixar "uma palavra" a todos aqueles que "verão a sua mobilidade condicionada" pela greve desta quinta-feira.
"As greves põem em causa o serviço público e colocam-nos mais longe do objetivo para o setor e para o país e obrigam-nos a todos a mais sacrifícios", considerou o secretário de Estado dos Transportes, rejeitando que os protestos que se têm realizado por todo o país representem a opinião da generalidade da população e associando a sua promoção a "alguns partidos" da oposição.
"Os protestos por todo o país, eu não os sinto. E não os sinto porquê? Porque eles não representem a opinião da generalidade da população, representam a opinião de alguns, através das comissões de utentes, que não são mais que do que extensões de alguns dos partidos que hoje aqui mais vociferaram contra a política do Governo", afirmou Sérgio Monteiro, depois de ter ouvido duras críticas da parte do PCP, BE e PEV.
Questionado pelo deputado do PSD Luís Menezes, que quis saber o custo da greve de quinta-feira, o secretário de Estado dos Transportes respondeu que esta vai ter "um impacto nas empresas públicas que é igual à poupança que o Estado vai fazer ao reduzir o número de administradores" dessas empresas.
"Aqueles que tão corretamente protestam para que o Governo seja rigoroso no número de administradores, nas suas regalias, nas suas remunerações, com um dia de greve matam o esforço que o Governo tem num ano ao racionalizar o custo dos gestores públicos", lamentou.
Aplaudido pelas bancadas da maioria PSD/CDS-PP, Sérgio Monteiro acrescentou que "a economia sofre um impacto de 150 milhões de euros" com a greve de quinta-feira, "porque a mobilidade não está assegurada, porque o absentismo aumenta".
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