terça-feira, 30 de novembro de 2010

Combater a crise

A situação é grave e as notícias não nos dão perspectivas de melhorar. Por outro lado vão aparecendo apelos para nos empenharmos na alteração de alguns comportamentos no sentido de ajudarmos a recuperação. Muitos dos apelos centram-se na compra de produtos portugueses. Deixando de lado recordar que a tal mudança das nossas escolhas foram impostas pelas políticas superiormente seguidas, é tempo de mudar.


Vamos comprar português todos os dias, sejam os legumes e as frutas, ou as batatas, e se possível ao pé da nossa porta para ajudar também o comércio local. E devemos comprar preferencialmente os produtos da época pois cada estação do ano tem um sabor especial. E temos guloseimas como bolachas e chocolates das nossas fábricas. E a fava frita dos aperitivos precisa de vir do Egípto? E os brinquedos? As nossas crianças precisarão de coisas tão estapafúrdias feitas do outro lado do mundo? E as prendas do Natal não poderão ser um bom vinho ou uma garrafa de azeite ou até umas boas conservas ou compotas artesanais? Há muita coisa boa feita em Portugal. É só gastarmos uns poucos segundos a ver a origem e escolhermos com a cabeça e com o coração. Se importarmos menos a indústria portuguesa terá certamente um maior desenvolvimento e estaremos a diminuir a crise.


Maria Clotilde Moreira / Algés

in Correio dos Leitores, JO desta data

2 comentários:

Isabel Magalhães disse...

Clotilde;

Estou muito de acordo consigo no que respeita à selecção dos produtos que levamos para casa mas, gostaria de acrescentar que, quem tem de mudar de comportamento - e muito - é também e principalmente o governo, os que nos desgovernam e que nos esfolam até ao tutano e depois praticam uma política de despesismo, de compadrio, de abertura de mais e mais PPP geridas pelos amigos e compadres. E ainda o colocar em locais estratégicos - apressadamente, antes que a BOMBA faça PUMMM! - de uma caterva de amigos, conhecidos, afilhados e amantíssimas... ou amantíssimos.

Depois ainda nos pedem que pratiquemos a poupança. Esta então é para RIR. Rir Muito! Com cortes nos vencimentos, menos deduções fiscais e mais impostos vamos poupar onde? Sem ser a poupança obrigatória por falta de verba onde iremos poupar, não nos dirão?

Anónimo disse...

De acordo, D. Clotilde. Eu tento SEMPRE comprar NACIONAL e sempre que não é possível procuro produtos de países da CPLP, como o cajú e o chá de Moçambique e o café de Timor.