No Público de 2 de Novembro no artigo “FMI pede prioridade para a criação de empregos” é mais uma vez assinalado que no quadro da nova globalização as três primeiras prioridades são o emprego. O emprego não é só o salário ao fim do mês, é também a utilidade do individuo na sociedade, a aplicação dos seus saberes, a riqueza criada pelo seu trabalho e a sua distribuição por outros cidadãos e a espiral que o seu salário ocasiona na criação, manutenção e expansão de outros empregos e também o seu equilíbrio emocional.
Apesar da crise, dos tais PEC, da novela mexicana do orçamento, existem possibilidades de emprego que o governo teima em negar. Ninguém entende que continuem por preencher as vagas existentes nas escolas, deixando muitas crianças sem o acompanhamento necessário de pessoal não docente, que continue a carga horária de muitos professores, a autorização da continuação das horas extraordinárias em muitas empresas desgastando os efectivos e até potenciando a possibilidade de acidentes e negando a criação de mais postos de trabalho.
Não é com pessoas sem salários que a economia pode avançar. É necessário que haja empregos e salários para que o cidadão possa comprar aos menos os bens essenciais, dar oportunidade a outros para os produzirem e até criar mais postos de trabalho e, sobretudo, era bom que os nosso governantes apostassem em apadrinhar a produção portuguesa, no lugar de deixarem entrar toda a “inqualidade” de produtos estrangeiros. Claro que me irão gritar: é a globalização, sua analfabeta económica!
Maria Clotilde Moreira / Algés
(Cartas à Directora do jornal Público de hoje)
1 comentário:
É verdade que o Pingo Doce de Paço de Arcos vai fechar?
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